Uma mãe, muito ranhosa e com mau aspecto, vira-se para o filho imberbe (ou pouco e erraticamente-berbe), igualmente ranhoso e com mau aspecto (com o acréscimo do buço mal aparado):
- Oh "não-sei-quantos"... gostavas de trabalhar neste hospital, não gostavas?!... - a sorrir-se
- Não me importava!... - retorquiu o não-sei-quantos com ar alarve.
Passados alguns segundos percebi que este diálogo se devia à minha passagem.
Acho que a minha auto-estima já terá tido melhores dias, uma vez que quase que esta cena me arrancou um sorriso e ganhou direito a posta...
dezembro 15, 2009
dezembro 06, 2009
Em qualquer obra no geral...
novembro 24, 2009
novembro 03, 2009
In Holter we trust
1 (não 2, não 3, não - esconjuro - 30 mil) batimento anómalo em 24h... mais um milagre da Medicina!
O desespero dá a clareza de um pontapé nos rins alheios
Boa tarde,
fui em tempos (há mais de 2 anos) vossa cliente.
Pedi cancelamento do envio de fascículos. Relutantemente, passados alguns meses do pedido inicial, cessaram o envio de fascículos.
Depois desse episódio, de tempos a tempos contactavam-me telefonicamente para me informar de novas campanhas, novas colecções, que fui sempre recusando dizendo não estar interessada, como me mantenho até ao momento.
De um momento para o outro, por auto-recriação, recebo novamente os vossos fascículos, sem que em momento algum tenha sido sequer contactada... evidentemente enviam os fascículos por vossa auto-recriação, mas convenientemente juntam notas de pagamento.
Recebi hoje a 2ª carta, referindo que tenho valor em dívida de €3 (da carta anterior) a acumular com €3,45 da actual.
Não sei que mais é preciso fazer para cancelarem o envio de qualquer subscrição em meu nome. Como é por demais óbvio, não vou fazer qualquer tipo de pagamento por serviços que não só não pedi, como estou cansada de pedir que cessem.
Agradeço que não aproveitem o facto de dispor agora de um novo contacto meu, para me aborrecerem novamente.
Com o respeito possível,
fui em tempos (há mais de 2 anos) vossa cliente.
Pedi cancelamento do envio de fascículos. Relutantemente, passados alguns meses do pedido inicial, cessaram o envio de fascículos.
Depois desse episódio, de tempos a tempos contactavam-me telefonicamente para me informar de novas campanhas, novas colecções, que fui sempre recusando dizendo não estar interessada, como me mantenho até ao momento.
De um momento para o outro, por auto-recriação, recebo novamente os vossos fascículos, sem que em momento algum tenha sido sequer contactada... evidentemente enviam os fascículos por vossa auto-recriação, mas convenientemente juntam notas de pagamento.
Recebi hoje a 2ª carta, referindo que tenho valor em dívida de €3 (da carta anterior) a acumular com €3,45 da actual.
Não sei que mais é preciso fazer para cancelarem o envio de qualquer subscrição em meu nome. Como é por demais óbvio, não vou fazer qualquer tipo de pagamento por serviços que não só não pedi, como estou cansada de pedir que cessem.
Agradeço que não aproveitem o facto de dispor agora de um novo contacto meu, para me aborrecerem novamente.
Com o respeito possível,
novembro 02, 2009
E a propósito do fim do mundo
Dia 19 de Outubro já passou... não aconteceu nada. Ainda bem que mantive as minhas poupanças e não me meti a caminho da Polinésia francesa com os amiguinhos...
Próxima data prevista diz que é só em 2012... menos mal!
Próxima data prevista diz que é só em 2012... menos mal!
Finalmente querido diário!
Bom, continuando...
Hoje fui à minha casita, ao meu pardieiro em destroços. Vi-lhe o esqueleto. Tive que decidir posição de tomadas, de interruptores, de spots, de avanço e retrocesso de paredes... o marceneiro e a empresa de caixilharia podem ir lá já na próxima 2ª feira...
Mas isto é sempre assim tudo tão depressa?!?... sinto-me no extreme makeover home edition, que daqui por uma semana dão-me a casa dos meus sonhos...
Hoje fui à minha casita, ao meu pardieiro em destroços. Vi-lhe o esqueleto. Tive que decidir posição de tomadas, de interruptores, de spots, de avanço e retrocesso de paredes... o marceneiro e a empresa de caixilharia podem ir lá já na próxima 2ª feira...
Mas isto é sempre assim tudo tão depressa?!?... sinto-me no extreme makeover home edition, que daqui por uma semana dão-me a casa dos meus sonhos...
outubro 31, 2009
Post em atraso #4
Semana de inferno que não acaba mais... exausta, mas imensamente satisfeita pelo curso hands on de crânio. Pude fazer cirurgias inteiras de grande complexidade, que só teria oportunidade de fazer no vivo daqui por uns anitos... fantástico! Espectacular na verdade... momentos que nos dão a certeza da felicidade de se adorar o que se faz e se fará, dog willing, para o resto da vida....
outubro 28, 2009
Post em atraso #3
As obras começam amanhã... uma loucura! Não estava à espera de toda esta prontidão. Qualquer dia estão-me a dizer que faço uma festa de housewarming e ano-novo ólinuane...
outubro 25, 2009
Post em atraso #2
O padrinho está quase de partida... e eu de volta ao trabalho! Que ricas fériazinhas...
Etiquetas:
Me on holiday,
Me on me,
Me on work
outubro 23, 2009
Post em atraso #1
Hoje fui de manhã, no meu último dia de férias, ainda com a cara inchada como se da metade esquerda d'il padrino me tratasse, até ao cartório de Picoas.
Entre vários pormenores que me remoem as entranhas da alma ávara, passada meia hora de ouvir um relambório no tom de quem já virou muitos daqueles frangos, assinei uma série de papéis que me tornaram efectivamente proprietária de uma casa, além da dívida de que já era proprietária há uns dias... entregaram-me as chaves e os documentos da minha casa, trocámos cumprimentos e lá fui eu.
Passados uns minutos, telefonaram-me... faltava pagar a escritura, e já agora receber uma cópia... ingenuidade minha de pensar que não tinha que pagar mais nada, que não tinha que levar papel algum e que o "sim" de resposta ao meu "Então é tudo?" era real. Aliás ia a pensar nisso quando estava quase a chegar ao carro...
Entre vários pormenores que me remoem as entranhas da alma ávara, passada meia hora de ouvir um relambório no tom de quem já virou muitos daqueles frangos, assinei uma série de papéis que me tornaram efectivamente proprietária de uma casa, além da dívida de que já era proprietária há uns dias... entregaram-me as chaves e os documentos da minha casa, trocámos cumprimentos e lá fui eu.
Passados uns minutos, telefonaram-me... faltava pagar a escritura, e já agora receber uma cópia... ingenuidade minha de pensar que não tinha que pagar mais nada, que não tinha que levar papel algum e que o "sim" de resposta ao meu "Então é tudo?" era real. Aliás ia a pensar nisso quando estava quase a chegar ao carro...
outubro 22, 2009
outubro 20, 2009
Up and date
1. Fui visitar a amiguinha e a sobrinha;
2. Adiamento da escritura devido à ingenuidade de acreditar que se deve ser honesto em todas as situações;
3. Correria por médico e de exames (as we speak, conectada a uma bateria), para obtenção da aprovação do seguro de vida;
4. Aprovação do seguro de vida e nova data de escritura;
5. Remoção de 2 cisos... o pavor, o horror. Cheguei à conclusão que só não sou mariquinhas em dores agudas. Dêem-me a pior das dores agudas, mas livrem-me do horror das dores crónicas... que desespero.
6. Andar a morrer pelos cantos, com dores de dentes, de garganta, de cabeça, no corpo, dopada sem efeito e com gelo na cara. Ainda conseguir desligar um eléctrodo do Holter a tirar a camisola...
Ainda bem que isto são as minhas ferias.
2. Adiamento da escritura devido à ingenuidade de acreditar que se deve ser honesto em todas as situações;
3. Correria por médico e de exames (as we speak, conectada a uma bateria), para obtenção da aprovação do seguro de vida;
4. Aprovação do seguro de vida e nova data de escritura;
5. Remoção de 2 cisos... o pavor, o horror. Cheguei à conclusão que só não sou mariquinhas em dores agudas. Dêem-me a pior das dores agudas, mas livrem-me do horror das dores crónicas... que desespero.
6. Andar a morrer pelos cantos, com dores de dentes, de garganta, de cabeça, no corpo, dopada sem efeito e com gelo na cara. Ainda conseguir desligar um eléctrodo do Holter a tirar a camisola...
Ainda bem que isto são as minhas ferias.
outubro 01, 2009
Citibank
Já há muito que me irritam as mensagens escritas dos Citibank e Cofidis, a oferecer-me dinheiro que à partida não preciso (se precisasse pedi-lo-ia), a pagar com suaves prestações mensais de TAEGs na ordem dos 25%... enviando uma mensagem escrita com um código de 4 letras para um número de 4 dígitos tenho automaticamente €3000 na conta, a par com 3000 facadas nos pulsos...
Sempre me irritou. Acho que é aproveitarem-se da estupidez (que abunda) das pessoas. Da febre de dinheiro sem medir as consequências. Acho imoral na actual conjunctura oferecerem, assim, dinheiro com uma cruz às costas.
Mas nunca tive oportunidade de expressar a minha irritação, exigir-lhes que não me mandassem mais mensagens deste tipo.
Hoje telefonaram-me. Desta feita €6000 euros com suaves prestações mensais (durante uma vida se calhar)...
A raiva não verbalizada durante mais de 2 anos, saiu-me em catadupa. Disse que não estava interessada e que achava obsceno fazer-se uma oferta activa de dinheiro com taxas de juro ridículas como as que eles praticam, na esperança que alguém se encante pela facilidade de um momento para o outro ter €6000 na conta.
É perfeitamente obsceno e imoral. Aproveitarem-se do espírito de facilitismo para passarem o golpe a milhares de pessoas com a corda ao pescoço... deviam ser presos, porque em momento algum, nesta oferta maravilhosa com que fui ostensivamente abordada, fui prevenida das infames taxas de juro praticadas nessas suaves prestações.
Sempre me irritou. Acho que é aproveitarem-se da estupidez (que abunda) das pessoas. Da febre de dinheiro sem medir as consequências. Acho imoral na actual conjunctura oferecerem, assim, dinheiro com uma cruz às costas.
Mas nunca tive oportunidade de expressar a minha irritação, exigir-lhes que não me mandassem mais mensagens deste tipo.
Hoje telefonaram-me. Desta feita €6000 euros com suaves prestações mensais (durante uma vida se calhar)...
A raiva não verbalizada durante mais de 2 anos, saiu-me em catadupa. Disse que não estava interessada e que achava obsceno fazer-se uma oferta activa de dinheiro com taxas de juro ridículas como as que eles praticam, na esperança que alguém se encante pela facilidade de um momento para o outro ter €6000 na conta.
É perfeitamente obsceno e imoral. Aproveitarem-se do espírito de facilitismo para passarem o golpe a milhares de pessoas com a corda ao pescoço... deviam ser presos, porque em momento algum, nesta oferta maravilhosa com que fui ostensivamente abordada, fui prevenida das infames taxas de juro praticadas nessas suaves prestações.
setembro 27, 2009
Am beginn war es kein wort
A morte
Saiu à rua
Num dia assim
Naquele
Lugar sem nome
Pra qualquer fim
Pensava eu. Ao ver o meu liceu cheio como nunca o vi para receber os eleitores em dia de sufrágio, com filas para entrar no próprio recinto, a adicionar às filas de cada mesa de voto, pensei que o português tivesse retirado o rabo aplicado cirurgicamente à cadeira.
Pensei eu e pensaram vários, porque essa sensação repetiu-se em vários locais de voto, em várias freguesias de Lisboa.
Mas não, aumenta.
O PS perde a maioria mas continua com uma larga vantagem, que não permite que o meu sonho de infância de ver as sondagens serem contrariadas pela contagem dos votos se realize.
Deveriam ser identificados os abstencionistas, marcados aqueles que são reincidentes e perderem os seus direitos de cidadania, dado que não exercem o seu mais essencial dever.
Aos votantes no PS votaria a mesma identificação. E cada vez que durante os próximos 4 anos disserem mal da vida, do governo, do estado do país, dever-lhes-iam ser aplicados choques eléctricos nos mamilos e testículos.
Saiu à rua
Num dia assim
Naquele
Lugar sem nome
Pra qualquer fim
Pensava eu. Ao ver o meu liceu cheio como nunca o vi para receber os eleitores em dia de sufrágio, com filas para entrar no próprio recinto, a adicionar às filas de cada mesa de voto, pensei que o português tivesse retirado o rabo aplicado cirurgicamente à cadeira.
Pensei eu e pensaram vários, porque essa sensação repetiu-se em vários locais de voto, em várias freguesias de Lisboa.
Mas não, aumenta.
O PS perde a maioria mas continua com uma larga vantagem, que não permite que o meu sonho de infância de ver as sondagens serem contrariadas pela contagem dos votos se realize.
Deveriam ser identificados os abstencionistas, marcados aqueles que são reincidentes e perderem os seus direitos de cidadania, dado que não exercem o seu mais essencial dever.
Aos votantes no PS votaria a mesma identificação. E cada vez que durante os próximos 4 anos disserem mal da vida, do governo, do estado do país, dever-lhes-iam ser aplicados choques eléctricos nos mamilos e testículos.
Really?!
Sequioso que lhe desse a deixa, bastou perguntar se se importava que abrisse a janela do meu lugar para entabularmos logo uma conversação. 90% ele, 10% eu claro.
Começámos sobre os malefícios do ar condicionado, depois as obras nas imediações do H. S. João no Porto e sua ligação à VCI, com passagem pelo trânsito e condução dos portuenses versus lisboetas e depois a grande revelação.
Disse-me o senhor taxista que os portuenses, aqueles que são mesmo da cidade do Porto, são na sua grande maioria Benfiquistas, corroborando a afirmação com o facto do Rui Rio ganhar as eleições contra os fantoches do Pintinho. Que as regiões vizinhas, arrabaldes do Porto (e isso para o pessoal do Norte é qualquer coisa que fique a menos que 2h de viagem) é que são os "pobrezinhos que gostam daqueles ladrões, mafiosos" (sic).
Achei um mimo... um taxista snob é qualquer coisa de sui generis. Para mim que não os suporto (aos lisboetas, que deste gostei... ainda que me tenha ficado com €1 a mais de gorjeta).
Começámos sobre os malefícios do ar condicionado, depois as obras nas imediações do H. S. João no Porto e sua ligação à VCI, com passagem pelo trânsito e condução dos portuenses versus lisboetas e depois a grande revelação.
Disse-me o senhor taxista que os portuenses, aqueles que são mesmo da cidade do Porto, são na sua grande maioria Benfiquistas, corroborando a afirmação com o facto do Rui Rio ganhar as eleições contra os fantoches do Pintinho. Que as regiões vizinhas, arrabaldes do Porto (e isso para o pessoal do Norte é qualquer coisa que fique a menos que 2h de viagem) é que são os "pobrezinhos que gostam daqueles ladrões, mafiosos" (sic).
Achei um mimo... um taxista snob é qualquer coisa de sui generis. Para mim que não os suporto (aos lisboetas, que deste gostei... ainda que me tenha ficado com €1 a mais de gorjeta).
setembro 24, 2009
No weekends for you!
Este fim-de-semana Porto. Ver uma reunião de microneurocirurgia com o supra-sumo da patologia vascular. Roadtrip com o tutor e o ex-tutorando do tutor, mestres maçons do culto das pilinhas quando juntos... mas ainda assim é capaz de ser engraçado.
Vou aproveitar a tarde de sábado, livre, para estar com duas amigas que não vejo há tempo demais.
Depois volto para casa, saudosa e ao mesmo tempo triste, no último comboio do dia. Cá me esperará uma noite de ramboia e folia... ou nem tanto assim!
Próximo fim de semana algarve. Visitar a amiguinha e seu rebento. Entregar as fotos da ultima visita, ja convenientemente photoshopadas, tirar fotos novas. Esperar que o rebento tenha calma com as cólicas para poder gozar a companhia dos amiguinhos e do seu rebento sem me estalar uma enxaqueca. A promessa de um sushi.
Fim de semana seguinte Aveiro. Curso de internos da sociedade. Festival de pilinhas e pipis, que clamam o seu direito à presença naquele evento. Degladiam-se, pilinhas e pipis (mas mais os pipis, por necessidade de afirmação), pelo respeito dos demais. odeio estas ocasiões, mas nas sessões aprende-se bastante e isso continua a ser o mais importante. Aproveitar uma das noites livres para estar com outra amiga que há não vejo há eras, desta feita em Aveiro.
Voltar para Lisboa para a segunda componente do curso, a mais carniceira, mas a mais apetecível (dependerá das perspectivas).
E dia santo, descansar...
Vou aproveitar a tarde de sábado, livre, para estar com duas amigas que não vejo há tempo demais.
Depois volto para casa, saudosa e ao mesmo tempo triste, no último comboio do dia. Cá me esperará uma noite de ramboia e folia... ou nem tanto assim!
Próximo fim de semana algarve. Visitar a amiguinha e seu rebento. Entregar as fotos da ultima visita, ja convenientemente photoshopadas, tirar fotos novas. Esperar que o rebento tenha calma com as cólicas para poder gozar a companhia dos amiguinhos e do seu rebento sem me estalar uma enxaqueca. A promessa de um sushi.
Fim de semana seguinte Aveiro. Curso de internos da sociedade. Festival de pilinhas e pipis, que clamam o seu direito à presença naquele evento. Degladiam-se, pilinhas e pipis (mas mais os pipis, por necessidade de afirmação), pelo respeito dos demais. odeio estas ocasiões, mas nas sessões aprende-se bastante e isso continua a ser o mais importante. Aproveitar uma das noites livres para estar com outra amiga que há não vejo há eras, desta feita em Aveiro.
Voltar para Lisboa para a segunda componente do curso, a mais carniceira, mas a mais apetecível (dependerá das perspectivas).
E dia santo, descansar...
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Me on friends,
Me on holiday,
Me on work
Ainda a família
Através das ferramentas da globalização, combina-se um encontro... primos desgarrados, unidos por um sentido de self, fazem planos para almoçar juntos.
Algumas pessoas que conheço, outras que conheço apenas de histórias.
Engraçado, o entusiasmo inerente, inclusivamente de conhecer pessoas que pertencem ao lado negro da família e que por isso mesmo não nos merecem a total confiança.
O mesmo tipo de atracção que se tem por algo que nos faz mal, como uma borboleta a voar repetidamente contra uma lâmpada até que cai no chão incapaz de voltar a voar...
Ainda assim, espero poder comparecer... bzzz...
Algumas pessoas que conheço, outras que conheço apenas de histórias.
Engraçado, o entusiasmo inerente, inclusivamente de conhecer pessoas que pertencem ao lado negro da família e que por isso mesmo não nos merecem a total confiança.
O mesmo tipo de atracção que se tem por algo que nos faz mal, como uma borboleta a voar repetidamente contra uma lâmpada até que cai no chão incapaz de voltar a voar...
Ainda assim, espero poder comparecer... bzzz...
setembro 17, 2009
Ervilhinha ibérica
E ainda no mesmo tema, tinha eu 11 anos e estava em Paris numa pool de obstáculos com a S.H.P. (aka Jockey). Por um motivo qualquer alheio a uma criatura de 11 anos, agendado pelo jockey, comparecemos a uma recepção em casa do consul.
Lá, entre outros, encontrava-se o pai de umas das crianças luso-francesas que participavam nas provas. Terá reparado em mim, por motivos que só se tornaram claros um ano depois.
No ano seguinte, foram convidados para o Jockey e para uma nova pool os cavaleiros franceses com que competimos em Paris.
Num encontro de pais (o meu e o das crianças referidas), fiquei a saber que aquele pai era primo da minha mãe, irmão da sobejamente conhecida "Graça" e da "Tete". Mais familiares que apenas conheço de fotografia e de histórias várias...
Pensando nisto lembro-me que tenho que voltar a pressionar a minha mãe a escrever as histórias da família...
Lá, entre outros, encontrava-se o pai de umas das crianças luso-francesas que participavam nas provas. Terá reparado em mim, por motivos que só se tornaram claros um ano depois.
No ano seguinte, foram convidados para o Jockey e para uma nova pool os cavaleiros franceses com que competimos em Paris.
Num encontro de pais (o meu e o das crianças referidas), fiquei a saber que aquele pai era primo da minha mãe, irmão da sobejamente conhecida "Graça" e da "Tete". Mais familiares que apenas conheço de fotografia e de histórias várias...
Pensando nisto lembro-me que tenho que voltar a pressionar a minha mãe a escrever as histórias da família...
Aldeia global
Sempre imaginei que pudesse ter familiares perdidos pelo mundo. Conheço a existência dos sobrinhos da minha mãe (quer do lado da sua meia-irmã quer do lado do irmão)... todos um pouco distantes, uns tanto que não me recordo de alguma vez os ver.
Através de, espante-se, um site como o facebook, descobri que tenho dezenas de primos em vários graus, espalhados pelo globo. Descobri que alguns desses primos, que escrevem o nosso apelido de forma diferente da minha (dadas as variações da transição quase inventada pelo meu avô de um alfabeto para outro), moram ainda na ilha onde nasceu o meu avô.
Ao saber isso senti algo que nunca me passou pela cabeça sentir, que sempre encarei como puro melodrama: ligação às raízes. Descobri que tenho família que conhece a história da minha família, que me poderia dar a conhecer essa história. Descobri que em vários pontos do mundo há pessoas com fotografias do meu avô em jovem e que lhe chamam tio, primo, bisavô, etc...
Coisa estranha a família. Crava-nos as garras na carne e quando menos esperamos sentimos-lhes a presença, queremos senti-la para confirmar que existe.
Através de, espante-se, um site como o facebook, descobri que tenho dezenas de primos em vários graus, espalhados pelo globo. Descobri que alguns desses primos, que escrevem o nosso apelido de forma diferente da minha (dadas as variações da transição quase inventada pelo meu avô de um alfabeto para outro), moram ainda na ilha onde nasceu o meu avô.
Ao saber isso senti algo que nunca me passou pela cabeça sentir, que sempre encarei como puro melodrama: ligação às raízes. Descobri que tenho família que conhece a história da minha família, que me poderia dar a conhecer essa história. Descobri que em vários pontos do mundo há pessoas com fotografias do meu avô em jovem e que lhe chamam tio, primo, bisavô, etc...
Coisa estranha a família. Crava-nos as garras na carne e quando menos esperamos sentimos-lhes a presença, queremos senti-la para confirmar que existe.
setembro 14, 2009
setembro 10, 2009
Lead I tell you, lead!
Estou com uma sinusite que não lembra a ninguém. Parece que tenho chumbo na cabeça...
setembro 09, 2009
Ao menos responde
Há amigos que nos desiludem. Uma e outra vez. Magoamo-nos, ressentimo-nos, afastamo-nos.
Damos-lhes uma nova oportunidade. Voltam ao mesmo, fazem pior...
O dilema é: dizer-lhes na cara o que sentimos em relação ao seu comportamento, quando sabemos à partida que o seu egocentrismo não deixará ver que não, não estão certos? Que o mundo não é como eles querem/crêem, que eles seres soberanos, não são a grande autoridade acerca do que é certo e aceitável numa relação interpessoal... ou simplesmente voltar a afastar, voltar a ignorar e depois logo se vê?
Estou farta de dar de mim a amigos que não têm nada para me dar em troca, nem sequer um agradecimento.
Damos-lhes uma nova oportunidade. Voltam ao mesmo, fazem pior...
O dilema é: dizer-lhes na cara o que sentimos em relação ao seu comportamento, quando sabemos à partida que o seu egocentrismo não deixará ver que não, não estão certos? Que o mundo não é como eles querem/crêem, que eles seres soberanos, não são a grande autoridade acerca do que é certo e aceitável numa relação interpessoal... ou simplesmente voltar a afastar, voltar a ignorar e depois logo se vê?
Estou farta de dar de mim a amigos que não têm nada para me dar em troca, nem sequer um agradecimento.
S. Pedro vai-te catar!
Já estou habituada a chover apenas no único dia que tenho livre e afins mimos... mas trovoada?!?...
Amanhã já está bom, mas amanhã tenho que provar o vestido.
Eu bato-lhe, juro que lhe bato...
Amanhã já está bom, mas amanhã tenho que provar o vestido.
Eu bato-lhe, juro que lhe bato...
setembro 08, 2009
Todos fodidos, estás a ver?!...
I gotta feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x4)
Tonight’s the night night
Let’s live it up
I got my money
Let’s spend it up
Go out and smash it
like Oh My God
Jump off that sofa
Let’s get it get it up
I know that we’ll have a ball
if we get down
and go out
and just loose it all
I feel stressed out
I wanna let it go
Lets go way out spaced out
and loosing all control
Fill up my cup
Mazel tov
Look at her dancing
just take it off
Lets paint the town
We’ll shut it down
Let’s burn the roof
and then we’ll do it again
Lets Do it (x3)
and live it up
i gotta feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x2)
Tonight’s the night
let’s live it up
I got my money
Lets spend it up
Go out and smash it
Like Oh My God
Jump off that sofa
Lets get get crunk
Fill up my cup (Drink)
Mazel tov (l'chaim)
Look at her dancing (Move it Move it)
Just take it off
Lets paint the town
We’ll shut it down
Lets burn the roof
and then we’ll do it again
lets do it (x3)
let’s live it up
Here we come
here we go
we gotta rock
Easy come
easy go
now we on top
Feel the shot
body rock
Rock it don’t stop
Round and round
up and down
around the clock
Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday
Friday, Saturday, Saturday and Sunday
we keep keep keep keep on going
we know what we say
party everyday
p-p-p-party everyday
got a feeling
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good good nighte
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x4)
Tonight’s the night night
Let’s live it up
I got my money
Let’s spend it up
Go out and smash it
like Oh My God
Jump off that sofa
Let’s get it get it up
I know that we’ll have a ball
if we get down
and go out
and just loose it all
I feel stressed out
I wanna let it go
Lets go way out spaced out
and loosing all control
Fill up my cup
Mazel tov
Look at her dancing
just take it off
Lets paint the town
We’ll shut it down
Let’s burn the roof
and then we’ll do it again
Lets Do it (x3)
and live it up
i gotta feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x2)
Tonight’s the night
let’s live it up
I got my money
Lets spend it up
Go out and smash it
Like Oh My God
Jump off that sofa
Lets get get crunk
Fill up my cup (Drink)
Mazel tov (l'chaim)
Look at her dancing (Move it Move it)
Just take it off
Lets paint the town
We’ll shut it down
Lets burn the roof
and then we’ll do it again
lets do it (x3)
let’s live it up
Here we come
here we go
we gotta rock
Easy come
easy go
now we on top
Feel the shot
body rock
Rock it don’t stop
Round and round
up and down
around the clock
Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday
Friday, Saturday, Saturday and Sunday
we keep keep keep keep on going
we know what we say
party everyday
p-p-p-party everyday
got a feeling
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good good nighte
setembro 06, 2009
Frescuras
Eu sabia que ia haver filmes com a casa.
Já começaram. Ainda aqui estamos e já mudei de empreiteiro.
Pobre senhor queixa-se da falta de emprego mas acha normal não aparecer/aparecer de fugida a um encontro marcado, não dizer nada e ir-se embora.. isto enquanto eu esperava por ele dentro da casa.
Não compreendo as pessoas, a sério. Cansam-me na sua estupidez.
Se passasse fome lavava escadas. Se a minha família passasse fome até me prostituía...
Já começaram. Ainda aqui estamos e já mudei de empreiteiro.
Pobre senhor queixa-se da falta de emprego mas acha normal não aparecer/aparecer de fugida a um encontro marcado, não dizer nada e ir-se embora.. isto enquanto eu esperava por ele dentro da casa.
Não compreendo as pessoas, a sério. Cansam-me na sua estupidez.
Se passasse fome lavava escadas. Se a minha família passasse fome até me prostituía...
setembro 01, 2009
Lições de máquina de roupa
Fim do ciclo.
Segue-se em frente, caminho diferente, meio desamparada. Meio perdida. Quase que se perde o entusiasmo por algo que se anseia há muito tempo... os desejos eram diferentes, não era exactamente o que se tinha idealizado, não era este o molde perfeito.
Mas segue-se em frente, é isso que se tem que fazer... entre o stress e a pressão de tudo ter que ser para ontem, mas termos que andar a pedir a um pé para seguir adiante para que possamos pôr o nosso, há-de aparecer a felicidade do novo projecto. É uma questão de não ter tudo por fazer pela frente e de ir derrubando afazeres e obstáculos um a um.
Ontem fiquei uma boa maquia mais pobre. Questão de relatividade certamente, mas a mim o que me mói é a promessa de dinheiro que me sai da conta. Depois disto o orçamento das obras, a decisão por um dos bancos que se degladiam pelo meu sangue (sim sim... um deles até me fez propostas indecentes, verdadeiramente indecentes!), a atribuição do crédito e a escritura. Depois disso as obras, os dissabores nas mesmas (que certamente os haverá), as mudanças...
E o viver sozinha. Numa casa minha. Mais ou menos ao meu gosto, eventualmente completamente ao meu gosto.
Não posso ficar muito tempo às voltas, porque fico enrugada...
Segue-se em frente, caminho diferente, meio desamparada. Meio perdida. Quase que se perde o entusiasmo por algo que se anseia há muito tempo... os desejos eram diferentes, não era exactamente o que se tinha idealizado, não era este o molde perfeito.
Mas segue-se em frente, é isso que se tem que fazer... entre o stress e a pressão de tudo ter que ser para ontem, mas termos que andar a pedir a um pé para seguir adiante para que possamos pôr o nosso, há-de aparecer a felicidade do novo projecto. É uma questão de não ter tudo por fazer pela frente e de ir derrubando afazeres e obstáculos um a um.
Ontem fiquei uma boa maquia mais pobre. Questão de relatividade certamente, mas a mim o que me mói é a promessa de dinheiro que me sai da conta. Depois disto o orçamento das obras, a decisão por um dos bancos que se degladiam pelo meu sangue (sim sim... um deles até me fez propostas indecentes, verdadeiramente indecentes!), a atribuição do crédito e a escritura. Depois disso as obras, os dissabores nas mesmas (que certamente os haverá), as mudanças...
E o viver sozinha. Numa casa minha. Mais ou menos ao meu gosto, eventualmente completamente ao meu gosto.
Não posso ficar muito tempo às voltas, porque fico enrugada...
agosto 29, 2009
Rizível
Há pessoas que não conheço e quero cuspir na cara.
Pela sua labreguice com mania de esperteza, pela transparência dos artifícios que usam sem pudor de se intrometerem na vida alheia, sob uma máscara de preocupação que esconde o feio rosto da inveja e despeito.
Essas pessoas, que transparecem a labreguice da terra pequena, da mente pequena e do horizonte pequeno, reduzem-me os horizontes. Porque tomo-os por labregos porque o são, mas nem todos os seus conterrâneos o serão necessariamente.
Gostava de dizer a essas pessoas (e tenho pena de não o poder fazer agora), provavelmente um dia terei oportunidade de o fazer cara a cara, que as odeio.
Porque são parolas, porque têm a mania que são mais do que são, porque não é bonito meterem-se na vida dos outros e fazer os estragos e fazê-lo sob uma máscara de amizade desinteressada. São tão transparentes que me insultam a inteligência com essas máscarazinhas de papel maché que se desfazem com a lágrima de crocodilo...
Pela sua labreguice com mania de esperteza, pela transparência dos artifícios que usam sem pudor de se intrometerem na vida alheia, sob uma máscara de preocupação que esconde o feio rosto da inveja e despeito.
Essas pessoas, que transparecem a labreguice da terra pequena, da mente pequena e do horizonte pequeno, reduzem-me os horizontes. Porque tomo-os por labregos porque o são, mas nem todos os seus conterrâneos o serão necessariamente.
Gostava de dizer a essas pessoas (e tenho pena de não o poder fazer agora), provavelmente um dia terei oportunidade de o fazer cara a cara, que as odeio.
Porque são parolas, porque têm a mania que são mais do que são, porque não é bonito meterem-se na vida dos outros e fazer os estragos e fazê-lo sob uma máscara de amizade desinteressada. São tão transparentes que me insultam a inteligência com essas máscarazinhas de papel maché que se desfazem com a lágrima de crocodilo...
agosto 21, 2009
agosto 18, 2009
Life in the world of plenty
Estou sempre com estes filmes... não sei porquê mas acontecem-me coisas.
A Via Verde pediu-me há tempos para associar novo cartão. Fê-lo por telefone. Na verdade colocou-me um ultimato por telefone. Não gostei, mas ainda assim lá fui eu tentar associar o cartão, novamente, no multibanco. Não deixaram.
Há dias recebi uma carta reclamando €45 e trocos em dívida, por passagens que apenas têm registo (convenientemente) da estação de saída... não fazem ideia onde eu entrei, mas estranhamente sabem onde saí. Assim cobram-me a taxa máxima possível para a saída que usei.
Agora o engraçado. A Via Verde não está errada, nem é responsabilizável por nada, porque me comunicou o término de contrato... estranhei. Perguntei como. Disseram-me que por carta.
Fiquei a saber que apesar de me conseguirem comunicar o que devo para a morada certa (da qual pedi alteração através de e-mail, como eles exigem), informações irrelevantes como as que levam a eles poderem cobrar tal exorbitância por um percurso de €1 são comunicadas para uma morada da qual já "dei baixa". Assim, os novos ocupantes da minha antiga morada ficaram muito contentes de saber que a honorável desconhecida que sou eu já não tem contrato válido com a Via Verde... eu fiquei na ignorância, mas a culpa e responsabilidade obviamente que não é deles. E isto tudo presente nos registos deles, porque à medida que eu ia falando, o funcionário da Via Verde ia-me dando as peças que faltavam...
Não sei de onde vem a frase "o cliente tem sempre razão" mas deve ser dos filmes ou de telenovelas, porque no mundo real o cliente tem que ter um cinto de castidade à Robin Hood men in tights para salvaguardar-se de sodomizações indevidas e indesejadas.
A Via Verde pediu-me há tempos para associar novo cartão. Fê-lo por telefone. Na verdade colocou-me um ultimato por telefone. Não gostei, mas ainda assim lá fui eu tentar associar o cartão, novamente, no multibanco. Não deixaram.
Há dias recebi uma carta reclamando €45 e trocos em dívida, por passagens que apenas têm registo (convenientemente) da estação de saída... não fazem ideia onde eu entrei, mas estranhamente sabem onde saí. Assim cobram-me a taxa máxima possível para a saída que usei.
Agora o engraçado. A Via Verde não está errada, nem é responsabilizável por nada, porque me comunicou o término de contrato... estranhei. Perguntei como. Disseram-me que por carta.
Fiquei a saber que apesar de me conseguirem comunicar o que devo para a morada certa (da qual pedi alteração através de e-mail, como eles exigem), informações irrelevantes como as que levam a eles poderem cobrar tal exorbitância por um percurso de €1 são comunicadas para uma morada da qual já "dei baixa". Assim, os novos ocupantes da minha antiga morada ficaram muito contentes de saber que a honorável desconhecida que sou eu já não tem contrato válido com a Via Verde... eu fiquei na ignorância, mas a culpa e responsabilidade obviamente que não é deles. E isto tudo presente nos registos deles, porque à medida que eu ia falando, o funcionário da Via Verde ia-me dando as peças que faltavam...
Não sei de onde vem a frase "o cliente tem sempre razão" mas deve ser dos filmes ou de telenovelas, porque no mundo real o cliente tem que ter um cinto de castidade à Robin Hood men in tights para salvaguardar-se de sodomizações indevidas e indesejadas.
agosto 16, 2009
Progresso
Custou, mas passados muitos anos alguém responsável pelas obras públicas percebeu que não era bom cortar a 2ª circular nas 2h antecedentes de um Sporting-Benfica, que fechar o Marquês (antes de haver um túnel sob ele) às 6 da tarde, ou outras ideia de ensandecer qualquer um que se visse apanhado na fila de trânsito resultante.
Essa parte já perceberam... hora de ponta não! Então começaram a fazer os cortes de manhã. Em situações muito especiais vi-os a fazerem obras como gente evoluída, de madrugada... como gente evoluída espero que tenham acabado nessa própria madrugada, mas felizmente não tive que o comprovar e ficarei para sempre na esperança que sim.
Este fim de semana vi algo que me faz pensar que provavelmente não... de Algés ao Dafundo, a Marginal está reduzida a uma faixa para cada sentido, para reabilitação da estrada. Começaram a obra na 6ªfeira de manhã ou assim. Parecer-me-ia um mau dia, mas tendo em conta que esta 6ª feira centenas de pessoas rumaram para longe daqui de férias dei o benefício da dúvida.
Qual o benefício, óbvio, de fazer obras públicas a uma 6ª feira? Evitar complicar a vida aos cidadãos que querem ir trabalhar e já passam por muito nesse processo em condições normais, aproveitando o fim de semana para acabar de alcatroar as estradas... certo? Não, errado. A obra que começou 6ª feira de manhã, está parada durante o fim-de-semana, com o trânsito adequadamente complicado pela existência de menos 2 faixas de trânsito. Português não trabalha ao fim-de-semana.
Mais uma vez, felizmente, não terei que presenciar o trânsito resultante de mais uma inteligente medida que tem princípio e meio e parece não ter fim.
Essa parte já perceberam... hora de ponta não! Então começaram a fazer os cortes de manhã. Em situações muito especiais vi-os a fazerem obras como gente evoluída, de madrugada... como gente evoluída espero que tenham acabado nessa própria madrugada, mas felizmente não tive que o comprovar e ficarei para sempre na esperança que sim.
Este fim de semana vi algo que me faz pensar que provavelmente não... de Algés ao Dafundo, a Marginal está reduzida a uma faixa para cada sentido, para reabilitação da estrada. Começaram a obra na 6ªfeira de manhã ou assim. Parecer-me-ia um mau dia, mas tendo em conta que esta 6ª feira centenas de pessoas rumaram para longe daqui de férias dei o benefício da dúvida.
Qual o benefício, óbvio, de fazer obras públicas a uma 6ª feira? Evitar complicar a vida aos cidadãos que querem ir trabalhar e já passam por muito nesse processo em condições normais, aproveitando o fim de semana para acabar de alcatroar as estradas... certo? Não, errado. A obra que começou 6ª feira de manhã, está parada durante o fim-de-semana, com o trânsito adequadamente complicado pela existência de menos 2 faixas de trânsito. Português não trabalha ao fim-de-semana.
Mais uma vez, felizmente, não terei que presenciar o trânsito resultante de mais uma inteligente medida que tem princípio e meio e parece não ter fim.
agosto 14, 2009
The first of many
Estou farta de fazer consultas. Mas consultas de outros médicos...
Hoje é o meu primeiro dia, oficial, de consulta. É gira a sensação... a minha consulta. Onde sou responsável pela imagem que passo. Onde posso dar aos meus doentes a noção de que nem todos os médicos são atrasados, antipáticos e pouco atenciosos.
Não que goste de fazer consulta, mas acaba por ser uma parte muito importante, de estabelecimento de vínculo com o doente, de confiança.
E enfim, estou de algum modo sensibilizada por esta situação. Já vi a minha primeira doente, pontualmente comme il faut. E agora enquanto espero pelos restantes doentes (tenho poucos) descubro que o meu pc tem acesso à net... é uma agradavel surpresa. Sobretudo para dúvidas a esclarecer, mas também para partilhar este momento in loco e para aceder ao meu mafia wars quando estiver muito tempo à espera... não é o caso agora que já tenho o segundo doente.
Hoje é o meu primeiro dia, oficial, de consulta. É gira a sensação... a minha consulta. Onde sou responsável pela imagem que passo. Onde posso dar aos meus doentes a noção de que nem todos os médicos são atrasados, antipáticos e pouco atenciosos.
Não que goste de fazer consulta, mas acaba por ser uma parte muito importante, de estabelecimento de vínculo com o doente, de confiança.
E enfim, estou de algum modo sensibilizada por esta situação. Já vi a minha primeira doente, pontualmente comme il faut. E agora enquanto espero pelos restantes doentes (tenho poucos) descubro que o meu pc tem acesso à net... é uma agradavel surpresa. Sobretudo para dúvidas a esclarecer, mas também para partilhar este momento in loco e para aceder ao meu mafia wars quando estiver muito tempo à espera... não é o caso agora que já tenho o segundo doente.
É a loucura!!!
Eu até tenho medo...
mas tenho mais vontade de fugir ao trânsito e não ter problemas de estacionamento!
mas tenho mais vontade de fugir ao trânsito e não ter problemas de estacionamento!
agosto 11, 2009
A importância da escolaridade
Não sei bem se lhe deva entregar a chefia do blog, se lhe dar umas aulas de educação visual, noções básicas de perspectiva e referenciais e assim... não sei...
julho 31, 2009
julho 30, 2009
Perspectivar
Um colega de faculdade, amigo, morreu há dias. Um ano mais novo que eu. Católico de devoção fervorosa. Tinha comprado casa há uns meses, depois de anos solteiro e bom rapaz (e nem por isso por escolha) estava feliz ao lado da sua namorada.
Não lhe tinha grande amizade no início. Aliás, quando ele entrou na faculdade não podia com ele. Era irritante, aqueles alunos meio graxistas, sempre a fazer perguntas que poucas vezes eram pertinentes.
Mas mudei radicalmente a minha opinião nos últimos 2-3 anos, em que foi meu colega de trato mais próximo. Percebi que ele, nas suas convicções fortes (e que abrangiam toda a sua vida, como é comum para os católicos) tão díspares das minhas, era uma pessoa querida, preocupada, atenciosa e que respeitava a minha ausência/afastamento de convicções religiosas. Isto para o comum dos católicos fervorosos é uma tarefa hercúlea, e reconheci-lha.
Estava em Barcelona quando falei com ele pela última vez. Convidava-me para ir a casa dele, conhecer a casa nova e celebrar os anos dele. Respondi-lhe que teria imenso gosto mas que infelizmente estava em Barcelona nessa altura... mas que haveria certamente outra oportunidade.
Arrepia-me pensar que não estou com esta conversa porque sim e porque fica bem e porque é giro ter o que escrever, mas porque foi textualmente assim. A minha certeza. E certamente a dele também... talvez o Deus que ele sempre amou não tenha achado piada às nossas certezas sobre algo que não está no nosso domínio.
Acredito que ele e a família acreditam que Deus o quis junto dele. Espero que encontrem conforto, paz e serenidade nessa crença, espero sinceramente.
Eu pessoalmente, não conseguiria sentir nada se não raiva, sentimento de injustiça perante tamanha ironia e provocação... do destino, de Deus, das circunstâncias. Seja o que for, é incompreensível que um jovem, a iniciar a construção da sua vida de adulto, aparentemente saudável, simplesmente morra.
Não lhe tinha grande amizade no início. Aliás, quando ele entrou na faculdade não podia com ele. Era irritante, aqueles alunos meio graxistas, sempre a fazer perguntas que poucas vezes eram pertinentes.
Mas mudei radicalmente a minha opinião nos últimos 2-3 anos, em que foi meu colega de trato mais próximo. Percebi que ele, nas suas convicções fortes (e que abrangiam toda a sua vida, como é comum para os católicos) tão díspares das minhas, era uma pessoa querida, preocupada, atenciosa e que respeitava a minha ausência/afastamento de convicções religiosas. Isto para o comum dos católicos fervorosos é uma tarefa hercúlea, e reconheci-lha.
Estava em Barcelona quando falei com ele pela última vez. Convidava-me para ir a casa dele, conhecer a casa nova e celebrar os anos dele. Respondi-lhe que teria imenso gosto mas que infelizmente estava em Barcelona nessa altura... mas que haveria certamente outra oportunidade.
Arrepia-me pensar que não estou com esta conversa porque sim e porque fica bem e porque é giro ter o que escrever, mas porque foi textualmente assim. A minha certeza. E certamente a dele também... talvez o Deus que ele sempre amou não tenha achado piada às nossas certezas sobre algo que não está no nosso domínio.
Acredito que ele e a família acreditam que Deus o quis junto dele. Espero que encontrem conforto, paz e serenidade nessa crença, espero sinceramente.
Eu pessoalmente, não conseguiria sentir nada se não raiva, sentimento de injustiça perante tamanha ironia e provocação... do destino, de Deus, das circunstâncias. Seja o que for, é incompreensível que um jovem, a iniciar a construção da sua vida de adulto, aparentemente saudável, simplesmente morra.
julho 25, 2009
julho 23, 2009
Tomás aka Cascão
Depois de 16h de agonia a centenas de km de distância e sem nada poder fazer, e mais outras 10h de agonia activamente à procura dele e a responder a todos os boatos e rumores, fomos dar com o Tomás num prédio abandonado perto de casa.
Muito sujo, muito cheio de medo, a miar copiosamente a cada vez que o chamávamos, mas o mesmo mimoso de sempre, que se derreteu em ronrons assim que lhe tocámos.
Obrigada a quem ajudou, a quem quis ajudar e até a quem rezou que se calhar também ajudou!
Muito sujo, muito cheio de medo, a miar copiosamente a cada vez que o chamávamos, mas o mesmo mimoso de sempre, que se derreteu em ronrons assim que lhe tocámos.
Obrigada a quem ajudou, a quem quis ajudar e até a quem rezou que se calhar também ajudou!
Procura-se
O Tomás desapareceu em S. Bento, esta 3ª feira dia 21 de Julho, algures por volta das 5pm. Trancaram-no fora de casa, na varanda. Foi visto essa mesma noite na varanda, a miar e a tentar entrar em casa pela vizinha da frente.
Só se deu pela ausência dele na 4ª de tarde, quando voltou a vir gente a casa para cuidar deles durante as minhas férias.
Há vários testemunhos de gatos semelhantes ou ele mesmo pela rua de S. Bento. Até à data nenhum trouxe o Tomás de volta.
Quem passe por aqui, quem leia o blog, quem o siga, quem o deteste peço encarecidamente que divulgue.
É um gato, terno, mimado e não está habituado aos perigos da rua e dos outros gatos que não os seus manos.
Mais aqui.
julho 15, 2009
Itsy bitsy
De saltinho em saltinho, estas férias prometem...
De volta a Lisboa para pernoitar, rumo a Barcelona pela manhã. Novidades para mais logo.
Boa semana e até breve!
De volta a Lisboa para pernoitar, rumo a Barcelona pela manhã. Novidades para mais logo.
Boa semana e até breve!
julho 14, 2009
Strange thing... mistifying
Parece que estava em trabalho de parto desde sábado. Parece que de madrugada, pontualmente de hora a hora, tinha contracções... como um relógio, às 28 de cada hora. Domingo terá sido a mesma coisa suponho.
Certo é que ontem, estava ela já no bloco de partos, deram-lhe a epidural, enquanto eu congeminava que ela, coitadinha, ainda deveria estar em trabalho de parto ao fim do dia, estava já a fazer força e a portar-se não como uma menina, tal como normalmente a vejo, mas sim como uma mulher. Uma mulher a dar à luz à sua filha, desejada, querida e amada mesmo antes de ter nascido. Passados pouco mais de 30 minutos da informação da epidural, vinha a informação do nascimento.
As nossas meninas.
Hoje vou vê-la. Fotografá-las até à euxastão. Não lhe posso dar muito mimo porque infelizmente a minha mãe passou-me "a gripe" e estou assim meio fanhosa. Felizmente estou tão com a gripe quanto a minha mãe, e estou apenas constipada.
De máscara em punho lá vou eu conhecer a minha sobrinha ruivinha e nariguda, "linda como a mãe", disse o pai muito babado
Certo é que ontem, estava ela já no bloco de partos, deram-lhe a epidural, enquanto eu congeminava que ela, coitadinha, ainda deveria estar em trabalho de parto ao fim do dia, estava já a fazer força e a portar-se não como uma menina, tal como normalmente a vejo, mas sim como uma mulher. Uma mulher a dar à luz à sua filha, desejada, querida e amada mesmo antes de ter nascido. Passados pouco mais de 30 minutos da informação da epidural, vinha a informação do nascimento.
As nossas meninas.
Hoje vou vê-la. Fotografá-las até à euxastão. Não lhe posso dar muito mimo porque infelizmente a minha mãe passou-me "a gripe" e estou assim meio fanhosa. Felizmente estou tão com a gripe quanto a minha mãe, e estou apenas constipada.
De máscara em punho lá vou eu conhecer a minha sobrinha ruivinha e nariguda, "linda como a mãe", disse o pai muito babado
julho 11, 2009
Reporting live from Meca
Sono, moleza e rede. Felicidade.
Plano para hoje: dormir como um bebé.
Plano para agora: beber um vodka black red bull.
Plano para hoje: dormir como um bebé.
Plano para agora: beber um vodka black red bull.
Acho que estou com a gripe
(manhã de dia 10)
Mámãe - ah estou com pingo no nariz e tosse, foi de apanhar ar condicionado, mas não tenho febre não deve ser de cuidado....
Eu - (táctica do psiquiatra, que funciona bem com a minha mãe) hum-hum...
(depois de parte da tarde passada com mámãe, no meu dia de correria, recebo uma mensagem de voz ao fim da tarde)
Mámãe - ah filha, é para te dizer que estou com febre, por isso se calhar estou com a gripe... tem cuidado contigo...
(no jantar, às 9 e picos, chamada que não ouvi do meu irmão do meio e mensagem escrita... rezava assim)
André - A mamã parece que está com gripe. Liga-lhe. Eu estou no optimus alive.
(em grande estilo e altamente típico. Valida-lhe a histeria, mas outro que apanhe com ela... outro tipicamente eu. Eu tenho a sina de ter que ser eu a fazer frente aos dramas da minha mãe. Ela só quer o seu close-up, e a mim enervam-me os dramas... enerva-me que a mulher dos arranjos das calças me tenha dito a mim, filha, que a minha mãe passou recentemente uma fase difícil... esse recentemente deve-se referir à morte do meu pai. Passou um ano e 4 meses. Não é assim tão recentemente já, e é o marido da minha mãe mas é o meu pai. A minha mãe faz o luto dos pais há uns bons 50 anos. Acho que a minha mãe não sabe fazer lutos. Acho que não é saudável. Mas ela fá-lo porque ela tem que ter algo para carpir, se não for a morte do pai é a morte da mãe, se de nenhum dos dois a do meu, ou o filho isto ou aquilo, a cunhada, o homem na rua que lhe fez e disse não sei o quê)
(mas perdi-me. Até mudo de parêntesis, só para voltar ao início. Eu tenho sempre, não sei se por ser mulher, se por ser a mais nova, se - muitas vezes - por ser médica... é-me sempre esperado/exigido que apanhe com a minha mãe. Não tenho perfil para estes dramas. Não concordo com compactuar com eles, sou a única que lhes faz frente... mas todos lhos legitimam e depois eu que vá tratar da psicose de mámãe, que além do mais foi validada por todos os outros filhos)
Mámãe, ar sofrido, suspiros, gemidos, the works - ah filha... não era nada... adeus!
Eu tenho vontade de me rir, para não chorar claro. Na verdade a vontade que tenho é de lhe dar dois pares de estalos e fazê-la acordar para a vida, perceber que isto que chamamos vida, não é um palco onde ela é a personagem principal. Não há câmaras, não precisa de se atirar para o chão fingindo-se combalida.
Odeio histerias, odeio dramas, odeio filmes. Estes filmes em que se nota que a pessoa é artificial e dramática e postiça e com necessidade de afirmação e de ter um foco em cima dela e não suporta que alguém lho roube... odeio.
Mámãe - ah estou com pingo no nariz e tosse, foi de apanhar ar condicionado, mas não tenho febre não deve ser de cuidado....
Eu - (táctica do psiquiatra, que funciona bem com a minha mãe) hum-hum...
(depois de parte da tarde passada com mámãe, no meu dia de correria, recebo uma mensagem de voz ao fim da tarde)
Mámãe - ah filha, é para te dizer que estou com febre, por isso se calhar estou com a gripe... tem cuidado contigo...
(no jantar, às 9 e picos, chamada que não ouvi do meu irmão do meio e mensagem escrita... rezava assim)
André - A mamã parece que está com gripe. Liga-lhe. Eu estou no optimus alive.
(em grande estilo e altamente típico. Valida-lhe a histeria, mas outro que apanhe com ela... outro tipicamente eu. Eu tenho a sina de ter que ser eu a fazer frente aos dramas da minha mãe. Ela só quer o seu close-up, e a mim enervam-me os dramas... enerva-me que a mulher dos arranjos das calças me tenha dito a mim, filha, que a minha mãe passou recentemente uma fase difícil... esse recentemente deve-se referir à morte do meu pai. Passou um ano e 4 meses. Não é assim tão recentemente já, e é o marido da minha mãe mas é o meu pai. A minha mãe faz o luto dos pais há uns bons 50 anos. Acho que a minha mãe não sabe fazer lutos. Acho que não é saudável. Mas ela fá-lo porque ela tem que ter algo para carpir, se não for a morte do pai é a morte da mãe, se de nenhum dos dois a do meu, ou o filho isto ou aquilo, a cunhada, o homem na rua que lhe fez e disse não sei o quê)
(mas perdi-me. Até mudo de parêntesis, só para voltar ao início. Eu tenho sempre, não sei se por ser mulher, se por ser a mais nova, se - muitas vezes - por ser médica... é-me sempre esperado/exigido que apanhe com a minha mãe. Não tenho perfil para estes dramas. Não concordo com compactuar com eles, sou a única que lhes faz frente... mas todos lhos legitimam e depois eu que vá tratar da psicose de mámãe, que além do mais foi validada por todos os outros filhos)
Mámãe, ar sofrido, suspiros, gemidos, the works - ah filha... não era nada... adeus!
Eu tenho vontade de me rir, para não chorar claro. Na verdade a vontade que tenho é de lhe dar dois pares de estalos e fazê-la acordar para a vida, perceber que isto que chamamos vida, não é um palco onde ela é a personagem principal. Não há câmaras, não precisa de se atirar para o chão fingindo-se combalida.
Odeio histerias, odeio dramas, odeio filmes. Estes filmes em que se nota que a pessoa é artificial e dramática e postiça e com necessidade de afirmação e de ter um foco em cima dela e não suporta que alguém lho roube... odeio.
Partida "lagarta" fugida
Primeiro meca do melanoma. Dia em família (os gatos, entenda-se) e amigos.
Depois Barça, a vencedora do pentalema (na verdade trilema) exposto há tempos. Não por vontade, mas por imposição. Não faz mal, eu sou pacata e é quase como se não conhecesse Barcelona mesmo...
Depois Barça, a vencedora do pentalema (na verdade trilema) exposto há tempos. Não por vontade, mas por imposição. Não faz mal, eu sou pacata e é quase como se não conhecesse Barcelona mesmo...
Babalu, para isso de pensar estou cá eu!
Ontem começaram as minhas férias. Num dia conturbado e daqueles que me cansam até ao tutano mas regra geral me deixam com a satisfação de saber que fiz 1001 coisas no mesmo dia.
Saí do meu part-time às13h30, que é a hora habitual de não haver nada para fazer às 6ª feiras no serviço, rumo a mais uma casa dos meus sonhos. A casa em si nem tem nada de especial, a cozinha é pequena. Eu como bom cliché, além de uma sala grande porque gosto de receber pessoas em casa, quero, preciso e sonho com uma cozinha grande, com ilha... eu gostava muito de ter uma ilha. Acho que seria mais feliz com uma ilha no meio da cozinha do que com uma ilha no meio do Pacífico.
Não cheguei a ver a casa, mas fui ter com amigos e familiares de amigos que tinham ido ver por mim a casa dando a sua opinião perita.
Bolos de anos, trazer roupa de arranjar, entregar bolo e passageiro em casa, seguir para casa de mámãe, ir buscar o carro de mámãe com mámãe à oficina e seguir caminho para casa para depilações, fazer mala, a dependência do mafia wars e um merecido banho. Coisas de gaja e rumo a um jantar muito agradável, mas de 5h!!
Hoje, dormir novamente 4h, ser acordada pelo amigo que sabia que eu iria estar a dormir, mas ainda assim telefonou, perguntou se eu estava a dormir e pediu-me para lhe carregar o telemóvel porque o voo em que seguia tinha sido desviado e não sabia como ia ser a vida dele.
Conclusão, vim carregar-lhe o telemóvel, o despertador tocou há pouco por isso também não me acordou assim por tanto, e eu continuo a arrastar-me pelos cantos. Felizmente estou de férias.
Saí do meu part-time às13h30, que é a hora habitual de não haver nada para fazer às 6ª feiras no serviço, rumo a mais uma casa dos meus sonhos. A casa em si nem tem nada de especial, a cozinha é pequena. Eu como bom cliché, além de uma sala grande porque gosto de receber pessoas em casa, quero, preciso e sonho com uma cozinha grande, com ilha... eu gostava muito de ter uma ilha. Acho que seria mais feliz com uma ilha no meio da cozinha do que com uma ilha no meio do Pacífico.
Não cheguei a ver a casa, mas fui ter com amigos e familiares de amigos que tinham ido ver por mim a casa dando a sua opinião perita.
Bolos de anos, trazer roupa de arranjar, entregar bolo e passageiro em casa, seguir para casa de mámãe, ir buscar o carro de mámãe com mámãe à oficina e seguir caminho para casa para depilações, fazer mala, a dependência do mafia wars e um merecido banho. Coisas de gaja e rumo a um jantar muito agradável, mas de 5h!!
Hoje, dormir novamente 4h, ser acordada pelo amigo que sabia que eu iria estar a dormir, mas ainda assim telefonou, perguntou se eu estava a dormir e pediu-me para lhe carregar o telemóvel porque o voo em que seguia tinha sido desviado e não sabia como ia ser a vida dele.
Conclusão, vim carregar-lhe o telemóvel, o despertador tocou há pouco por isso também não me acordou assim por tanto, e eu continuo a arrastar-me pelos cantos. Felizmente estou de férias.
Me duelen las espaldas*
Demorei 2 dias, não menos mas eventualmente mais, a recuperar às minhas costas algum tipo de função. Com massagens com anti-inflamatórios, injecções no rabiosque e drunfada sempre que possível, ao 2º dia conseguia olhar uns bons 4 ou 9º para a esquerda. Uma vitória!
Obviamente que ainda hoje me doem as costas, de forma mais generalizada e não simplesmente a "espalda" (só porque sim, dá aquele ar e gosto... é mais fluido que escápula, que lembra insultos de romance de cordel pós-romântico) esquerda. Sou algo sensível a contracturas musculares e afins, de modo que passo a vida com dorzinhas nas costas. Os meus dorsais e trapézios provocam sempre pequenos suspiros de admiração e espanto, do quão empedernidos são, como se me tratasse de um mapa do Arizona, escarpado.
Isto para dizer que me doem, neste preciso momento, as costas... aceito dicas daquelas maravilhosas do "ah conheço uma massagista que cobra tuta e meia por 1h, acolá..." venham elas, por comentário ou mail ou telefone para quem o tenha, não se inibam.
É que sou forreta, mas começa a tornar-se uma necessidade física de bem estar de vez em quando ir a amassar... ando a ficar com grumos.
* do portuñol - porra! Fazes-me uma massagem?
Obviamente que ainda hoje me doem as costas, de forma mais generalizada e não simplesmente a "espalda" (só porque sim, dá aquele ar e gosto... é mais fluido que escápula, que lembra insultos de romance de cordel pós-romântico) esquerda. Sou algo sensível a contracturas musculares e afins, de modo que passo a vida com dorzinhas nas costas. Os meus dorsais e trapézios provocam sempre pequenos suspiros de admiração e espanto, do quão empedernidos são, como se me tratasse de um mapa do Arizona, escarpado.
Isto para dizer que me doem, neste preciso momento, as costas... aceito dicas daquelas maravilhosas do "ah conheço uma massagista que cobra tuta e meia por 1h, acolá..." venham elas, por comentário ou mail ou telefone para quem o tenha, não se inibam.
É que sou forreta, mas começa a tornar-se uma necessidade física de bem estar de vez em quando ir a amassar... ando a ficar com grumos.
* do portuñol - porra! Fazes-me uma massagem?
julho 08, 2009
Maravilhas de morar a caminho de S. Bento
Parece a hora coca-cola light... homens musculados, bronzeados, com ar algo brega.. mas apelativos none the less. Ao passar de carro adivinham-se os comentários delicados que lhes passam pela cabeça ao olhar os seus olhos gulosos... todos esses piropos "carinhosos" que já todas teremos ouvido, ao passar numa obra, perto de qualquer andaime ou carrinha de construção. Esses mesmos, tão "carinhosos" que não me atrevo a escrevê-los aqui...
Prossegue-se viagem, calçada do combro a baixo...
Passados meia duzia de minutos ouvem-se tiros, assobios e frases de ordem.... espreita-se à janela (porque morar a caminho de S. Bento dá-nos esta característica de velha de bairro que tudo espreita à janela, desde o eléctrico que não anda por causa de um carro mal estacionado à procissão das velas por alturas da Páscoa, não descurando toda e qualquer manifestação que passa invariavelmente à porta).
A encabeçar uma multidão de homens musculados, bronzeados e vestidos de laranja encontra-se uma faixa a dizer "Estivadores" qualquer coisa... pormenores de somenos importância, importante era saber o que eles eram e daí inferir o que protestam.
Entre rosnares de gatos, tiros e assobios ouve-se a seguinte frase de ordem "Sócrates escuta, és um filho da puta".
A esta não me poupo e não me coíbo.. acho encantadora. Não pela ofensa em si, mas pela frontalidade. Não há cá meias palavras. Gritam o que todo o português, mesmo que apenas numa hora de maior desespero, já pensou. Neles a honestidade e verdade de todo um povo. Gosto muito do povo...
Prossegue-se viagem, calçada do combro a baixo...
Passados meia duzia de minutos ouvem-se tiros, assobios e frases de ordem.... espreita-se à janela (porque morar a caminho de S. Bento dá-nos esta característica de velha de bairro que tudo espreita à janela, desde o eléctrico que não anda por causa de um carro mal estacionado à procissão das velas por alturas da Páscoa, não descurando toda e qualquer manifestação que passa invariavelmente à porta).
A encabeçar uma multidão de homens musculados, bronzeados e vestidos de laranja encontra-se uma faixa a dizer "Estivadores" qualquer coisa... pormenores de somenos importância, importante era saber o que eles eram e daí inferir o que protestam.
Entre rosnares de gatos, tiros e assobios ouve-se a seguinte frase de ordem "Sócrates escuta, és um filho da puta".
A esta não me poupo e não me coíbo.. acho encantadora. Não pela ofensa em si, mas pela frontalidade. Não há cá meias palavras. Gritam o que todo o português, mesmo que apenas numa hora de maior desespero, já pensou. Neles a honestidade e verdade de todo um povo. Gosto muito do povo...
julho 05, 2009
PDI
Dormi umas horas, nem uma noite foi, no sofá, com uma almofada que não a minha. Acordei entrevada, incapaz de sequer respirar sem dor. É complicado constatar que não se tem idade para dormir toda torta sem que se acorde toda lixada com F maiúsculo.
Não tenho. Faz-me lembrar a lista Murtaugh do "How I met your mother", que enumerava um sem número de coisas para as quais, tal como o Murtaugh da "Arma Mortífera", «I'm too old for this shit».... dormir no sofá com uma almofada de meio metro de altura é uma delas para mim.
Não tenho. Faz-me lembrar a lista Murtaugh do "How I met your mother", que enumerava um sem número de coisas para as quais, tal como o Murtaugh da "Arma Mortífera", «I'm too old for this shit».... dormir no sofá com uma almofada de meio metro de altura é uma delas para mim.
I feel you
Fui ontem ao concerto da Kylie Minogue. Nem sei bem porquê, visto que não sou grande fã, tal como rapidamente constatei já no concerto.
O pavilhão atlântico às moscas, mas cheio de grandes fãs, muito divertidos, a cantar e dançar ao som dos êxitos mais recentes, a explodir de alegria à despedida com o I should be so lucky. Ela, supreendentemente espectacular. Canta espectacularmente bem, coisa que nunca supus, a única falha de afinação que lhe detectei foi quando resolveu tirar o auricular e cantar connosco e ouvir o som que faziam aquelas poucas mas animadas vozes, pelo que até tem desculpa. Os bailarinos fantásticos também.
Foi um bom concerto, tenho pena de não ser de facto grande fã ou teria saído maravilhada provavelmente.
O pavilhão atlântico às moscas, mas cheio de grandes fãs, muito divertidos, a cantar e dançar ao som dos êxitos mais recentes, a explodir de alegria à despedida com o I should be so lucky. Ela, supreendentemente espectacular. Canta espectacularmente bem, coisa que nunca supus, a única falha de afinação que lhe detectei foi quando resolveu tirar o auricular e cantar connosco e ouvir o som que faziam aquelas poucas mas animadas vozes, pelo que até tem desculpa. Os bailarinos fantásticos também.
Foi um bom concerto, tenho pena de não ser de facto grande fã ou teria saído maravilhada provavelmente.
Cenourinha global
Disse-me um amigo, que deu com o blog de outra amiga através do meu. Seria perfeitamente normal, não fosse eu não fazer a menor ideia que tenho esse blog linkado ou que essa pessoa teria em tempos comentado o meu (que parece ter sido a partir daí que ele foi dar com o dito blog).
Assim, pede-se a comparência da menina Inês M. (eventualmente uma de suas 3 irmãs e o F. ter-se enganado no nome) junto à caixa central, para eu saber de quem se trata.
Assim, pede-se a comparência da menina Inês M. (eventualmente uma de suas 3 irmãs e o F. ter-se enganado no nome) junto à caixa central, para eu saber de quem se trata.
julho 01, 2009
Home is where the heart skips a beat
E isto leva-me ao episódio de ontem. Fui ver três casas. De minha experiência (e já vai sendo muita), os agentes imobiliários não são pessoas pontuais. Estranho-o, porque se fosse esse o meu emprego, vender alguma coisa, faria questão de estar pontualmente, antecipadamente até aguardando os clientes à porta.
Mas isso sou eu pelos vistos, apenas eu e um agente imobiliário que conheci já há dois anos quando ainda andava à procura de casa para arrendar.
Invariavelmente chego a horas aos compromissos, a quaisquer compromissos, mas a estes em específico... e invariavelmente fico à espera. Invariavelmente se me atraso ou prevejo atraso, contacto a informar desse facto antecipadamente. Sou espécie rara também, por ter esta capacidade de previsão aparentemente. Até a capacidade de constatação parece ser coisa rara, porque já atrasados raros são aqueles que pegam no telefone para o afirmar e pedir desculpas pelo facto, avançando com uma hora prevista de chegada.
São este tipo de atenções (na verdade rigores de educação) que me cairíam bem. Odeio atrasos. Odeio que eu me preocupe em não deixar as pessoas à espera, que tenha o trabalho de pensar em atalhos, planear precursos e horas de saída, e em certa medida o meu dia de modo a estar pontualmente no local combinado à hora combinada, e que não haja uma alma neste mundo capaz de tal proeza. Começo a pensar que sou fantástica, sobre-humana por o conseguir.
Ontem, eu que abomino conflitos e nesse aspecto sou várias vezes trouxa por não dizer o que penso e é devido, apresentei-me à senhora da agência com um protesto pela sua falta de pontualidade. Pela sua falta de pontualidade e de rigor. Poderia ter estragado ali uma boa relação cliente-vendedor mas a senhora portou-se à altura e pediu desculpas de forma sincera e conquistou-me. Tirando este grave (exclusivamente a meu ver ao que parece) lapso, foi sempre de extrema educação. Mostrou-me umas casitas engraçadas, mas que por um ou outro motivo não me conquistaram. Mas tenho fé, pode ser que seja desta vez... vou pôr o segredo a funcionar e a arranjar-me a casa dos meus sonhos.
Mas isso sou eu pelos vistos, apenas eu e um agente imobiliário que conheci já há dois anos quando ainda andava à procura de casa para arrendar.
Invariavelmente chego a horas aos compromissos, a quaisquer compromissos, mas a estes em específico... e invariavelmente fico à espera. Invariavelmente se me atraso ou prevejo atraso, contacto a informar desse facto antecipadamente. Sou espécie rara também, por ter esta capacidade de previsão aparentemente. Até a capacidade de constatação parece ser coisa rara, porque já atrasados raros são aqueles que pegam no telefone para o afirmar e pedir desculpas pelo facto, avançando com uma hora prevista de chegada.
São este tipo de atenções (na verdade rigores de educação) que me cairíam bem. Odeio atrasos. Odeio que eu me preocupe em não deixar as pessoas à espera, que tenha o trabalho de pensar em atalhos, planear precursos e horas de saída, e em certa medida o meu dia de modo a estar pontualmente no local combinado à hora combinada, e que não haja uma alma neste mundo capaz de tal proeza. Começo a pensar que sou fantástica, sobre-humana por o conseguir.
Ontem, eu que abomino conflitos e nesse aspecto sou várias vezes trouxa por não dizer o que penso e é devido, apresentei-me à senhora da agência com um protesto pela sua falta de pontualidade. Pela sua falta de pontualidade e de rigor. Poderia ter estragado ali uma boa relação cliente-vendedor mas a senhora portou-se à altura e pediu desculpas de forma sincera e conquistou-me. Tirando este grave (exclusivamente a meu ver ao que parece) lapso, foi sempre de extrema educação. Mostrou-me umas casitas engraçadas, mas que por um ou outro motivo não me conquistaram. Mas tenho fé, pode ser que seja desta vez... vou pôr o segredo a funcionar e a arranjar-me a casa dos meus sonhos.
The importance of being honest...
Voltei à senda da casa perfeita. Já estou mais que farta. Sei o que quero e não peço assim tanto.. porque é que nunca mais encontro??
junho 27, 2009
Dreams of Laudanum
Quem me conhece sabe que sou uma crente céptica. Céptica por medo do desconhecido que nalguma medida até conheço. As coisas que não sabemos explicar mas que sabemos bem que sem grande dificuldade lhes arranjamos uma explicação... fantástica, quase folclórica, mas com um encaixe tão espontâneo e fácil que parece coincidência a mais.
Há dias, depois de meses ou anos de jejum, voltei a sonhar. Sonho vívido e real. Desagradável por isso mesmo. Acordei com a sensação de não saber se sonhava ou se teria acontecido, naquele mesmo cenário que olhava já com a certeza de estar acordada... fiquei paralisada, com medo de confirmar que era sonho, com medo de ver alguma coisa que me dissesse que era real, porque assim teria que o explicar e só o conseguiria explicar de forma fantástica e folclórica.
O que não vemos não existe, é a crença do descrente, a visão do céptico. E assumi essa postura e não olhei, fechei os olhos ao que não queria ver. Não o vi, mas continuo sem saber se não existe, se não aconteceu.
Há dias, depois de meses ou anos de jejum, voltei a sonhar. Sonho vívido e real. Desagradável por isso mesmo. Acordei com a sensação de não saber se sonhava ou se teria acontecido, naquele mesmo cenário que olhava já com a certeza de estar acordada... fiquei paralisada, com medo de confirmar que era sonho, com medo de ver alguma coisa que me dissesse que era real, porque assim teria que o explicar e só o conseguiria explicar de forma fantástica e folclórica.
O que não vemos não existe, é a crença do descrente, a visão do céptico. E assumi essa postura e não olhei, fechei os olhos ao que não queria ver. Não o vi, mas continuo sem saber se não existe, se não aconteceu.
P. can you hear me?
Possivelmente sou do contra. Aliás, não é uma possibilidade, é uma certeza, sou do contra. Adoro fazer de advogada do diabo, simplesmente porque gosto sempre de ver os dois lados de qualquer questão e defender o óbvio não só não tem piada nenhuma, como seria apenas mais uma das vozes do coro.
Gosto de assinalar o que os outros não atingem, não estão sensibilizados para ou simplesmente não têm a coragem ou frontalidade necessárias para o fazer. Serei possivelmente uma criança megalómana em idade de armário para me sentir tão bem em me demarcar dos outros mas o que é certoé que em muita coisa da minha vida ajo em função desta vontade, necessidade ou crença.
Felizmente gente medíocre e fraca abunda e esta demarcação acaba por me tornar melhor pessoa.
Ando desconsolada com o que vejo nas pessoas à minha volta. Colegas de trabalho nomeadamente. Falta de formaçao (enquanto pessoas, enquanto profissionais até). Boas vontades, bonacheirices e solilóquios não substituem a essencial educação, respeito pelo outro e conhecimento técnico e teórico daquilo que é o seu milieu.
Custa-me deixar cair as pessoas do pedestal em que vezes demais as ponho. Por ingenuidade. Por complexo de peter pan. Por complexos edipianos mal resolvidos. Quem(ou aquilo que) ganha a minha admiração, ganha inevitavelmente uma acérrima defensora e gestora de marketing, não descanso enquanto não convencer todos à minha volta de que aquilo que defendo é de facto o melhor.
Mas essa ingenuidade e amor àquilo que me conquista o respeito, pela admiração, fazem com que vezes demais me precipite. Como uma adolescente que ao 2º dia de namoro espalha que encontrou o amor da sua vida, repetindo a constatação a cada novo namoro com 2 semanas de validade.
Posso não ser a mais estudiosa, a mais uptodate, a melhor técnica... mas sou a melhor pessoa, a mais educada e atenciosa para com doentes e colegas e profissionais com que me cruzo. Cada vez me sinto melhor comigo mesma por isso. Cada vez mais reafirmo para mim mesma que é assim que quero ser, que é este o rumo certo. De cada vez que com um sorriso me agradecem a atenção de dirigir uma palavra explicativa ou de sossego, de cada vez que vejo esse efeito em doentes e familiares, de cada vez que sinto que fiz tudo ao meu alcance para descansar ou pelo menos elucidar quem tinha à minha frente. Sinto-me bem como pessoa. Sinto que sou filha do meu pai. Sinto que o honro como ele sempre me honrou a mim, como todos os dias me honra. Percebo, ao fim deste tempo todo, que sermos o cunho dos nossos pais em nós é positivo, é sinal que nos ensinaram os val0res com que sempre viveram a sua vida e com os quais ganharam o respeito de todos os que os rodearam, inclusive os seus filhos.
E sinto-me estúpida. Terrivelmente estúpida. Por nunca te ter dito tudo isto. Por enterrar palavras e sentimentos dentro de mim como se fossem tesouros preciosos, de forma egoísta. Por não me dar, por não me entregar. Por medo de rejeição, por medo de ser rejeitada por quem nunca me rejeitaria, por quem sempre teve braços e coração aberto.
São os medos que nos atam, que nos calam. Os meus paralisam-me, congelam-me numa forma de estar asséptica e impessoal. Tenho receio que nunca me tenhas conhecido. Que nunca tenhas visto o teu cunho em mim, que nunca tenhas visto em mim a tua ovação.
Gosto de assinalar o que os outros não atingem, não estão sensibilizados para ou simplesmente não têm a coragem ou frontalidade necessárias para o fazer. Serei possivelmente uma criança megalómana em idade de armário para me sentir tão bem em me demarcar dos outros mas o que é certoé que em muita coisa da minha vida ajo em função desta vontade, necessidade ou crença.
Felizmente gente medíocre e fraca abunda e esta demarcação acaba por me tornar melhor pessoa.
Ando desconsolada com o que vejo nas pessoas à minha volta. Colegas de trabalho nomeadamente. Falta de formaçao (enquanto pessoas, enquanto profissionais até). Boas vontades, bonacheirices e solilóquios não substituem a essencial educação, respeito pelo outro e conhecimento técnico e teórico daquilo que é o seu milieu.
Custa-me deixar cair as pessoas do pedestal em que vezes demais as ponho. Por ingenuidade. Por complexo de peter pan. Por complexos edipianos mal resolvidos. Quem(ou aquilo que) ganha a minha admiração, ganha inevitavelmente uma acérrima defensora e gestora de marketing, não descanso enquanto não convencer todos à minha volta de que aquilo que defendo é de facto o melhor.
Mas essa ingenuidade e amor àquilo que me conquista o respeito, pela admiração, fazem com que vezes demais me precipite. Como uma adolescente que ao 2º dia de namoro espalha que encontrou o amor da sua vida, repetindo a constatação a cada novo namoro com 2 semanas de validade.
Posso não ser a mais estudiosa, a mais uptodate, a melhor técnica... mas sou a melhor pessoa, a mais educada e atenciosa para com doentes e colegas e profissionais com que me cruzo. Cada vez me sinto melhor comigo mesma por isso. Cada vez mais reafirmo para mim mesma que é assim que quero ser, que é este o rumo certo. De cada vez que com um sorriso me agradecem a atenção de dirigir uma palavra explicativa ou de sossego, de cada vez que vejo esse efeito em doentes e familiares, de cada vez que sinto que fiz tudo ao meu alcance para descansar ou pelo menos elucidar quem tinha à minha frente. Sinto-me bem como pessoa. Sinto que sou filha do meu pai. Sinto que o honro como ele sempre me honrou a mim, como todos os dias me honra. Percebo, ao fim deste tempo todo, que sermos o cunho dos nossos pais em nós é positivo, é sinal que nos ensinaram os val0res com que sempre viveram a sua vida e com os quais ganharam o respeito de todos os que os rodearam, inclusive os seus filhos.
E sinto-me estúpida. Terrivelmente estúpida. Por nunca te ter dito tudo isto. Por enterrar palavras e sentimentos dentro de mim como se fossem tesouros preciosos, de forma egoísta. Por não me dar, por não me entregar. Por medo de rejeição, por medo de ser rejeitada por quem nunca me rejeitaria, por quem sempre teve braços e coração aberto.
São os medos que nos atam, que nos calam. Os meus paralisam-me, congelam-me numa forma de estar asséptica e impessoal. Tenho receio que nunca me tenhas conhecido. Que nunca tenhas visto o teu cunho em mim, que nunca tenhas visto em mim a tua ovação.
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Me on work
junho 25, 2009
Say what??
No meio de um quase sono, ouvi uma notícia que me despertou de surpresa... Michael Jackson morreu vítima de paragem cardíaca.
Estou estupefacta...
Fiquei triste com a notícia da morte da Farrah Fawcett, mas estranhamente a morte do freak com tendência à pedofilia abalou-me mais.
Estou estupefacta...
Fiquei triste com a notícia da morte da Farrah Fawcett, mas estranhamente a morte do freak com tendência à pedofilia abalou-me mais.
Hossana hey sana sana sana ho...
Hoje foi o dia... o dia em que me libertei de um peso incrível de cima dos ombros.
Sou uma mulher mais leve, mais livre, mais feliz por isso mesmo.
Apesar de a minha aliança ter ganho, isso nem importa... o que importa é que o travian acabou!!
Sou uma mulher mais leve, mais livre, mais feliz por isso mesmo.
Apesar de a minha aliança ter ganho, isso nem importa... o que importa é que o travian acabou!!
junho 23, 2009
Meeting the Tannebaums
Ainda no tema "prazeres da maternidade e relógio biológico a andar em overtime" versus "gosto muito de ser inconsequente", na semana dos feriados também conhecida como a minha semana de férias peguei nos miúdos (e vou incluir nesta designação a minha mãe) e levei-os ao jardim zoológico.
Com algum desprazer denotei que os meus sobrinhos não são crianças muito bem educadas... sempre a gritar, a correr de um lado para o outro, a atirar os balões que a minha mãe lhes comprou logo à entrada (!!) para cima de toda a gente, pedinchões e algo birrentos. No fundo iguais a todas as crianças que me fazem soltar um "se fossem meus filhos não andavam a fazer estas figuras".
Mas gostei muito na mesma, ainda que em retrospectiva tenha passado o dia a ralhar com eles. Mais importante que isso eles adoraram...
Futilidades
Não o devo ter dito aqui vezes suficientes: gosto muito de ir à praia. Gosto de passar os fins (e meios) de tarde na praia. Gosto na verdade de fazer dias inteiros de praia, com direito a petiscos (que para mim significa marisco porque não gosto de caracóis e afins "petiscos")... daqueles dias em que se fala, se dorme, se joga, se brinca no mar, se nada, se apanha sol, se dorme debaixo do chapéu-de-sol, se é acordado porque se está há tempo demais ao sol, se mete conversa com os vizinhos do lado que se encontram dia após dia na mesma praia, se emprestam as raquetes, se empresta a bola de vólei, se fica com uma vontade imensa de jogar raquetes ou vólei assim que se emprestam os brinquedos, se fuma, se lê, se ouve música, se anda à beira-mar e se dorme mais um bocadinho.
Hoje dormi uma sestazinha ao sol e soube-me pela vida.
Acho no entanto que deveria estudar mais, deveria recomeçar a ir ao ginásio, deveria ir mais ao cinema, deveria ir tomar os cafés que tenho atrasados com uma dezena de amigos, deveria dedicar-me (ainda) mais a encontrar casa, deveria voltar a ir passear o Argos a casa dos meus pais, deveria pegar mais vezes nos meus sobrinhos e ir passear com eles.
Mas talvez quando estiverem uns dias menos de praia...
Hoje dormi uma sestazinha ao sol e soube-me pela vida.
Acho no entanto que deveria estudar mais, deveria recomeçar a ir ao ginásio, deveria ir mais ao cinema, deveria ir tomar os cafés que tenho atrasados com uma dezena de amigos, deveria dedicar-me (ainda) mais a encontrar casa, deveria voltar a ir passear o Argos a casa dos meus pais, deveria pegar mais vezes nos meus sobrinhos e ir passear com eles.
Mas talvez quando estiverem uns dias menos de praia...
junho 21, 2009
O melhor do mundo
As crianças são o melhor do mundo. É uma coisa que se diz... arrisco dizer que quem o disse primeiro e quem o repete ad infinitum nunca o fez imediatamente a seguir a tomar conta de 14 vândalos (deveria dizer vândalas, porque a maioria eram raparigas) no primeiro dia de um Verão que se adivinha de calor insuportável...
São o melhor do mundo, mas ainda assim acho que prefiro não ter nenhum pedacinho desse paraíso até daqui por uns 5 anos...
São o melhor do mundo, mas ainda assim acho que prefiro não ter nenhum pedacinho desse paraíso até daqui por uns 5 anos...
No Mr. Sandman for you!
Raramente me recordo dos sonhos, é um revés de dormir pouco. Hoje acordei, seriam umas 9h, de sobressalto com um sonho estranho. Dele pouco me recordo. Sei que estava com alguns amigos próximos não percebi onde. Uma amiga cortava-me uma madeixa de cabelo que caía na mesa como se fossem só pontas, mas quando me via ao espelho eu separava os cabelos quase pela origem... e o cabelo estava ressequido e oxigenado. Além disso alinhava-me os chakras, como quem vai à oficina alinhar a direcção. Os restantes olhavam-me com ar de "que filme" e não propriamente com o ar típico nestas situações de "a seguir sou eu".
E acordei quando supostamente ia perceber o que isto significava. Não consegui perceber a energia do sonho, não me pareceu obviamente positiva nem negativa. Não gostei, provavelmente pela relação de amor e devoção que tenho com o meu cabelo, de o ver cair como se tivesse feito quimioterapia.
Mas isso até sei explicar... é que andar a abrir cabeças implica andar a cortar cabelos. Nem sei bem se sou cabeleireira se interna de neurocirurgia a bem dizer, porque as semelhanças são muitas... (se falarmos do nível de conversa sobre a vida alheia então...)
E acordei quando supostamente ia perceber o que isto significava. Não consegui perceber a energia do sonho, não me pareceu obviamente positiva nem negativa. Não gostei, provavelmente pela relação de amor e devoção que tenho com o meu cabelo, de o ver cair como se tivesse feito quimioterapia.
Mas isso até sei explicar... é que andar a abrir cabeças implica andar a cortar cabelos. Nem sei bem se sou cabeleireira se interna de neurocirurgia a bem dizer, porque as semelhanças são muitas... (se falarmos do nível de conversa sobre a vida alheia então...)
Deitar cedo e cedo erguer...
... assim de madrugada cedinho cedinho cedinho... aborrece-me. Não acho justo. Uns e outros andam aí a roncar ininterruptamente por 10, 12, 15h (!!!) e eu num domingo, durmo 6h, depois de num sábado ter dormido 6h, depois de uma semana a dormir 6h ou menos, depois de um mês a dormir 6h ou menos t0dos os dias.
Acho que provavelmente nunca mais conseguirei dormir mais de 6h por dia na vida, deve ser assim, pronto. Mas volto a dizer que acho injusto.
Ainda ontem falava de insónias, que sempre preferia as minhas que eram terminais, a ficar a rodar na cama 1-2h todos os dias antes de adormecer. Só de pensar nisso até gelo (que dado o calor que se faz sentir a esta hora até é bom).
Mas por muito que custem a pegar, esses grandes sacanas depois dormem 10h de sono retemperador. Acordam com a cara inchada e tudo. Eu acordo com olheiras e com sono... não sei se já disse que não acho justo...
Acho que provavelmente nunca mais conseguirei dormir mais de 6h por dia na vida, deve ser assim, pronto. Mas volto a dizer que acho injusto.
Ainda ontem falava de insónias, que sempre preferia as minhas que eram terminais, a ficar a rodar na cama 1-2h todos os dias antes de adormecer. Só de pensar nisso até gelo (que dado o calor que se faz sentir a esta hora até é bom).
Mas por muito que custem a pegar, esses grandes sacanas depois dormem 10h de sono retemperador. Acordam com a cara inchada e tudo. Eu acordo com olheiras e com sono... não sei se já disse que não acho justo...
Outubro é já amanhã
Este calor não é normal... ou muito me engano ou o fim do mundo está aí à porta. Este bafo que não me deixa dormir (eu que tipicamente demoro cerca de 1.7 a 2.5 segundos a adormecer mal deito a cabeça na almofada, por vezes até mesmo antes de subir ao quarto) é certamente indicativo de que vem aí um flare solar (diz o Nick Cage que é a 19 de Outubro, não sei se foram os conections dele na Cientologia que lho adiantaram) que nos vai incinerar a todos.
Pode ser, mas volto a dizer, avisem-me com antecedência... e tenho a dizer que acho mal a escolha da data, porque tenho férias na 2ª quinzena de Outubro. Com as novas regulamentações das férias dos funcionários públicos não dá para transitar os dias para a próxima encarnação... reforço: está mal!...
Pode ser, mas volto a dizer, avisem-me com antecedência... e tenho a dizer que acho mal a escolha da data, porque tenho férias na 2ª quinzena de Outubro. Com as novas regulamentações das férias dos funcionários públicos não dá para transitar os dias para a próxima encarnação... reforço: está mal!...
junho 18, 2009
junho 17, 2009
Part-time living
Tenho um part-time que paga bastante bem. Disseram-mo assim. Não sei porque provoca tanta inveja o facto de conseguir ir à praia frequentemente a seguir ao trabalho...
Por falar em part-time, quero ir ouvir o "part-time love" e outros clássicos do meu querido Eltão, próximo dia 28. Falta arranjar companhia, falta cumprir-se Portugal...
Por falar em part-time, quero ir ouvir o "part-time love" e outros clássicos do meu querido Eltão, próximo dia 28. Falta arranjar companhia, falta cumprir-se Portugal...
junho 13, 2009
Viva Alfama!
Foram sem dúvida os santos mais divertidos que passei...
Recomendação para todos para o ano que vem: temperado com bastante sangria, agarrar em molas de roupa e passar a noite a prendê-las à roupa alheia... é hilariante e poderão nascer daí bonitas relações de amizade (ou não)!
Recomendação para todos para o ano que vem: temperado com bastante sangria, agarrar em molas de roupa e passar a noite a prendê-las à roupa alheia... é hilariante e poderão nascer daí bonitas relações de amizade (ou não)!
junho 12, 2009
In the summer in the city
Gosto de praia. Gosto de ter como plano para o dia, ir à praia. Gosto de tudo nesse programa, da viagem, do sol quente, do vento quente na mão fora do carro... adoro fazer a viagem de janela aberta. Chegar à praia, por creme se não tiver tratado disso em casa, sentir aquele cheiro "de praia" num frasco, tomar um banho de mar e deitar-me a aquecer a pele ao sol.
Adoro praia.
E também adoro o caminho de volta, o banho de água doce, regra geral frio, a rotina de por creme no corpo e vestir roupa fresquinha. Se incluir noite quente de verão e uma voltinha por essa Lisboa estou no céu. Tudo se propõe à perfeição neste dia... pena ter que apanhar com centenas de pessoas com a mesma ideia.
Adoro praia.
E também adoro o caminho de volta, o banho de água doce, regra geral frio, a rotina de por creme no corpo e vestir roupa fresquinha. Se incluir noite quente de verão e uma voltinha por essa Lisboa estou no céu. Tudo se propõe à perfeição neste dia... pena ter que apanhar com centenas de pessoas com a mesma ideia.
junho 08, 2009
Aceitam-se sugestões para Julho
Hipótese 1: Amsterdão. Coffee-shops. Bicicletas. Diques. Klimt.
Hipótese 2: Barcelona. Tapas. Gaudi
Hipótese 3: Madrid. Gran Via. Rebajas. Tapas.
Hipótese 4: Londres. A 7ª ou 8ª vez. Musicais.
Hipótese 5: Paris. A 20ª ou 30ª vez. Museus. Arquitectura.
Hipótese 2: Barcelona. Tapas. Gaudi
Hipótese 3: Madrid. Gran Via. Rebajas. Tapas.
Hipótese 4: Londres. A 7ª ou 8ª vez. Musicais.
Hipótese 5: Paris. A 20ª ou 30ª vez. Museus. Arquitectura.
junho 06, 2009
Wishin' and hopin'
Por um dia, gostava de tirar férias de mim mesma. Overdose, coma alcoólico, o que fosse necessário para me dar silêncio e paz. Ter acordado hoje de manhã e na verdade hoje de manhã já ser domingo de manhã...
junho 05, 2009
Se eu fosse a "rainha dos mundos"...
Fizeram uma vaquinha para salvar a Qimonda. Que bom. Mais dinheiro de contribuintes empregue em salvar por uns meses uma empresa que tem os dias contados. Bem empregue o dinheiro, porque Deus sabe (convenhamos, Deus quer lá saber...) que não há qualquer outra causa que seja importante...
Garantir e salvar a indústria, manter o desemprego pelo menos estável, até que haja estimulação da economia... ou estimular a economia para haver menos desemprego que por sua vez estimula a economia... sei lá, não sei onde começa o ciclo, que parece que deve ter uma solução de continuidade algures, porque não me parece que brote do nada, como que por geração espontânea.
Pouco me diz. O mercado e a indústria deveriam ser livres. Não esta amostra de "liberdade" do nosso mercado e indústria, que na verdade são um eufemismo (eufemismo é chamar a esta mentira eufemismo) para especulação, mas livre e competitivo. Isto, isto não é nada... é um paternalismo quiescente, reminiscência do período que todos criticam, mas para o colo do qual todo o português quer saltar, mesmo que a cadeira caia, mesmo que não seja de embalar.
Garantir e salvar a indústria, manter o desemprego pelo menos estável, até que haja estimulação da economia... ou estimular a economia para haver menos desemprego que por sua vez estimula a economia... sei lá, não sei onde começa o ciclo, que parece que deve ter uma solução de continuidade algures, porque não me parece que brote do nada, como que por geração espontânea.
Pouco me diz. O mercado e a indústria deveriam ser livres. Não esta amostra de "liberdade" do nosso mercado e indústria, que na verdade são um eufemismo (eufemismo é chamar a esta mentira eufemismo) para especulação, mas livre e competitivo. Isto, isto não é nada... é um paternalismo quiescente, reminiscência do período que todos criticam, mas para o colo do qual todo o português quer saltar, mesmo que a cadeira caia, mesmo que não seja de embalar.
Manipulação
É pérfido abusar do amor que alguém tem por nós, da vontade de agradar para nos levarem a fazer o que pretendem. É feio. É desprezível na verdade.
Sou manipulável, facilmente manipulável porque vivo a minha vida em função dos outros... vivo a vida para agradar a outrem. Tristemente, não sei viver para e por mim. Daí que me apaixone por qualquer pequena atitude a mim dirigida... é triste ser-se carente assim.
A pior manipulação é aquela que nos faz crer piores do que somos, que nos faz duvidar do nosso valor. Irrita-me essa manipulação. Irrita-me a estupidez que sou capaz de atingir por ser ingénua e crédula o suficiente para pensar que há pessoas que merecem a nossa confiança cega. Não ponho as mãos no fogo por mais ninguém. Preciso delas para trabalhar e já deveria ter percebido antes que vou sempre queimar-me...
Sou manipulável, facilmente manipulável porque vivo a minha vida em função dos outros... vivo a vida para agradar a outrem. Tristemente, não sei viver para e por mim. Daí que me apaixone por qualquer pequena atitude a mim dirigida... é triste ser-se carente assim.
A pior manipulação é aquela que nos faz crer piores do que somos, que nos faz duvidar do nosso valor. Irrita-me essa manipulação. Irrita-me a estupidez que sou capaz de atingir por ser ingénua e crédula o suficiente para pensar que há pessoas que merecem a nossa confiança cega. Não ponho as mãos no fogo por mais ninguém. Preciso delas para trabalhar e já deveria ter percebido antes que vou sempre queimar-me...
junho 02, 2009
Acordo fonográfico
Comecei por engraçar. A musicalidade da língua, parecia favorecer as palavras. Mas depois comecei a sentir-me algo ultrajada, imbuída de um espírito patriota que não tem nada a ver comigo... A Florbela Espanca, a nossa Florbela, parte integrante e de relevo da nossa cultura. Ela merece o tom bucólico do nosso português. Ela faz sentido apenas nesse tom.
Cantarolei, fiel às minhas origens, em bom português, feliz por seguir perdidamente sem qualquer evidência de sotaque, feliz por saudar assim a nossa cultura.
Irrelevante, sim... mas nesta viagem, pareceu-me de máxima importância essa homenagem, por qualquer motivo desconhecido.
Então, os Bossa Nossa, depois de nos embalarem, também eles numa homenagem, seguindo um português purista nas acentuações, fiéis a tudo aquilo que torna o português diferente do brasileiro, introduzem um "te" fora do sítio... mantendo no entanto o hifenizado que o torna português. "te amar-te"?! estranhei eu... e nova quadra, com o mesmo "te amar-te" lá... estranho.
E eis que na última repetição do refrão, vem o brasileirismo, contente de nos arrancar mais um pedaço, de nos retirar a identidade em função da sua, orgulhosamente num "E é te amar assim perdidamentxi"...
Cantarolei, fiel às minhas origens, em bom português, feliz por seguir perdidamente sem qualquer evidência de sotaque, feliz por saudar assim a nossa cultura.
Irrelevante, sim... mas nesta viagem, pareceu-me de máxima importância essa homenagem, por qualquer motivo desconhecido.
Então, os Bossa Nossa, depois de nos embalarem, também eles numa homenagem, seguindo um português purista nas acentuações, fiéis a tudo aquilo que torna o português diferente do brasileiro, introduzem um "te" fora do sítio... mantendo no entanto o hifenizado que o torna português. "te amar-te"?! estranhei eu... e nova quadra, com o mesmo "te amar-te" lá... estranho.
E eis que na última repetição do refrão, vem o brasileirismo, contente de nos arrancar mais um pedaço, de nos retirar a identidade em função da sua, orgulhosamente num "E é te amar assim perdidamentxi"...
maio 29, 2009
Insectofobia
O Guy e o Gaspar, de cada lado de um candeeiro, a jogar ping-pong com uma mosca varejeira...
Abençoados! Que alguém nesta casa seja capaz de matar estes seres...
Abençoados! Que alguém nesta casa seja capaz de matar estes seres...
Há sempre mais UMA razão para não se poder com eles
O carro lindo, lavado por dentro e por fora...
Um semáforo...
Uma cigana...
Uma garrafa de água com detergente sujo e uma esponja mais suja...
Uma interlocutora repete freneticamente "Não... não... NÃO!!"...
O estupor da cigana deita a tal água, esfrega a tal esponja, deixa o vidro todo sujo...
Um semáforo...
Uma cigana...
Uma garrafa de água com detergente sujo e uma esponja mais suja...
Uma interlocutora repete freneticamente "Não... não... NÃO!!"...
O estupor da cigana deita a tal água, esfrega a tal esponja, deixa o vidro todo sujo...
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maio 27, 2009
Eu dispenso o dinheirinho, mas este sábado não!!
Tenho sono, estou cansada... queria muito ter fim de semana. Vamos torcer por isso?!
maio 22, 2009
Respostas possíveis
Cenário:
Casal de namorados nos seus idióticos 14 ou 15 anos, atravessa uma estrada a correr, frente (sempre...) ao meu carro provocando uma travagem brusca, com a tirada "isto é uma passadeira!!"
Resposta 1: "E o sinal está vermelho!"
Resposta 2: "Já tens idade para saber atravessar uma estrada"
Resposta 3: "No dia em que morreres atropelada numa passadeira percebes"
Aceitam-se sugestões... qualquer coisa rápida de dizer, pungente e que veicule sem equívocos a ideia de que o peão é na sua grande maioria um ser estúpido.
Casal de namorados nos seus idióticos 14 ou 15 anos, atravessa uma estrada a correr, frente (sempre...) ao meu carro provocando uma travagem brusca, com a tirada "isto é uma passadeira!!"
Resposta 1: "E o sinal está vermelho!"
Resposta 2: "Já tens idade para saber atravessar uma estrada"
Resposta 3: "No dia em que morreres atropelada numa passadeira percebes"
Aceitam-se sugestões... qualquer coisa rápida de dizer, pungente e que veicule sem equívocos a ideia de que o peão é na sua grande maioria um ser estúpido.
maio 17, 2009
Fogueira de vaidades
Todos os Srs. Doutores comparam mulheres, opiniões, carros e talvez até o tamanho das pilinhas...
Tirando isso, aprendi algumas coisas, interessei-me muito por outras, revi caras amigas e saudosas e ainda tive tempo para apanhar solinho (um pouco demais até...).
Para recordar: a Neurodança... linda. Sem palavras mesmo. Se o nome não chegasse, tudo o resto... Ficam as palavras da C. aquando do nosso brinde "A um futuro diferente"!
Tirando isso, aprendi algumas coisas, interessei-me muito por outras, revi caras amigas e saudosas e ainda tive tempo para apanhar solinho (um pouco demais até...).
Para recordar: a Neurodança... linda. Sem palavras mesmo. Se o nome não chegasse, tudo o resto... Ficam as palavras da C. aquando do nosso brinde "A um futuro diferente"!
maio 11, 2009
Knowing
Comprovem-me que assim é... mas com provas irrefutáveis, que convençam o mais céptico dos seres.
Pego em nós e vamos de malas aviadas passar as férias da nossa vida... on me! Estoiro até o último cêntimo.
Mas vejam lá, tem que ser a sério... não vale dizer que sim e depois vai-se a ver e corta para trás!
Afinal se calhar não vou mudar as minhas férias... Outubro se calhar é o mês ideal para ir para o Paraíso (e vou encalhar com o dia 19 até que chegue o dia 20)..
Pego em nós e vamos de malas aviadas passar as férias da nossa vida... on me! Estoiro até o último cêntimo.
Mas vejam lá, tem que ser a sério... não vale dizer que sim e depois vai-se a ver e corta para trás!
Afinal se calhar não vou mudar as minhas férias... Outubro se calhar é o mês ideal para ir para o Paraíso (e vou encalhar com o dia 19 até que chegue o dia 20)..
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maio 06, 2009
Pode ser a gota d'água...
Tragédia grega ao som do samba de Chico Buarque. Fenomenal, na "orquestração" do coro, nas vozes singulares, quentes e cheias de sentimento.
Impressionante de facto a prestação da Izabella Bicalho, numa voz que transparece todas as emoções que a música carrega...
Mais aqui.
maio 05, 2009
maio 04, 2009
O tempo urge
Já é tarde demais, mas acredito que não conseguiria dormir se não partilhasse isto com o mundo: a Tyra Banks reduz o americano ao seu mais básico estado de imbecilidade. É divertido... assim como ir ao circo.
maio 03, 2009
Ribeira
Acho que desde pequenina, nos tempos em que ia com mámãe à praça, comprar verduras e peixe e afins... tenho lembranças remotas de em petiz ir pela mão da minha mãe (ou vezes demasiadas pela mão de ninguém, razão pela qual também tenho memória de me perder na praça), vê-la a falar com as senhoras... fiel a umas e não a outras por razões que nunca percebi. Sempre com nomes como D. Silvina, D. Adriana, D. Arminda e outros que a minha sensibilidade pueril já rejeitava.
E vir para casa cheia de legumes frescos, cheiro a flores no carro... todas as cores na cozinha, misturadas e no prelúdio de uma sardinhada à beira-mar. Acho que as melhores memórias são estas, foscas, dos períodos em que fomos felizes. Tipicamente de férias, e para mim tipicamente em S. Pedro.
E sinto-me a voltar a esses rituais cada vez que entro numa praça. Os cheiros nem sempre (quase nunca) apelativos, mas tão típicos, aquele festival de cores... sinto-me uma criança a entrar nesses espaços, extasiada por tanta variedade e qualidade de cores e sabores.
Talvez haja também algo de terrivelmente sedutor (e no sentido mais lato possível) de se ser tratada por "menina"...
E vir para casa cheia de legumes frescos, cheiro a flores no carro... todas as cores na cozinha, misturadas e no prelúdio de uma sardinhada à beira-mar. Acho que as melhores memórias são estas, foscas, dos períodos em que fomos felizes. Tipicamente de férias, e para mim tipicamente em S. Pedro.
E sinto-me a voltar a esses rituais cada vez que entro numa praça. Os cheiros nem sempre (quase nunca) apelativos, mas tão típicos, aquele festival de cores... sinto-me uma criança a entrar nesses espaços, extasiada por tanta variedade e qualidade de cores e sabores.
Talvez haja também algo de terrivelmente sedutor (e no sentido mais lato possível) de se ser tratada por "menina"...
Why did the chicken cross the road? #5
Mário Soares - "Já disse ao frango para desistir de atravessar a rua! Eu é que vou atravessar! Não vou desistir porque sei que os portugueses querem que eu atravesse outra vez a rua!!!"
Comme il faut
Já vem sendo hábito este testemunho... hoje foi o primeiro banho de mar (se não me engano) do ano. Como também já vem sendo hábito, a água estava fria de gelar... mas deu para apanhar um solinho quentinho, jogar umas raquetes e para abraçar Iemanjá.
Xô má energia de Inverno...
Xô má energia de Inverno...
Let the sunshine in
Não me tenho sentido bem. Emocionalmente.
Não me tenho sentido de facto eu mesma. Fui-me abaixo, como o nível das águas depois de uma onda, assim que fiz o exame... continuei a descer por aí a baixo e o pior chegou fez já um ano. E custa-me não me sentir eu mesma, sobretudo nestas coisas. Quando nos temos por fortes, parece que nos envergonhamos de não ter força, e isso ainda nos deixa mais fracos... porque nem o próprio se compadece do seu sofrimento.
Mas como é que algo tão estruturado e com fundações de construção sólida, se desmorona com um simples sopro de uma brisa quente de quasi-verão, com um sol quente a torrar a pele, com um dia mais longo e de noites cálidas?...
Alguém me explique como o verão vive em mim desta maneira, que só de o ver, mesmo que ao longe, brilho por dentro (sem ter ingerido nenhum objecto estranho)...
Não me tenho sentido de facto eu mesma. Fui-me abaixo, como o nível das águas depois de uma onda, assim que fiz o exame... continuei a descer por aí a baixo e o pior chegou fez já um ano. E custa-me não me sentir eu mesma, sobretudo nestas coisas. Quando nos temos por fortes, parece que nos envergonhamos de não ter força, e isso ainda nos deixa mais fracos... porque nem o próprio se compadece do seu sofrimento.
Mas como é que algo tão estruturado e com fundações de construção sólida, se desmorona com um simples sopro de uma brisa quente de quasi-verão, com um sol quente a torrar a pele, com um dia mais longo e de noites cálidas?...
Alguém me explique como o verão vive em mim desta maneira, que só de o ver, mesmo que ao longe, brilho por dentro (sem ter ingerido nenhum objecto estranho)...
Why did the chicken cross the road? #4
Manuel Alegre - "O frango é livre, é lindo, uma coisa assim... com penas! Ele atravessou, atravessa e atravessará a rua, porque o vento cala a desgraça, o vento nada lhe diz!"
maio 02, 2009
Why did the chicken cross the road? #3
Valentim Loureiro - "Desafio alguém a provar que o frango atravessou a rua. É mentira...!!! É tudo mentira!!!"
Why did the chicken cross the road? #2
Pinto da Costa - "Eu penso de que o frango queria atrabessar a rua para se juntar ao Bobby e ao tareco! Não foi para ir a minha casa e se foi, foi inconveniente, não fui eu que o convidei!!!"
maio 01, 2009
Dia do trabalhador
Sempre me irritou este feriado... acordar às 8am, ao ritmo de "1, 2 sssom! Ssom!" e música de rancho folclórico deixou-me inculcado o ódio ao 1º de Maio e ao ajuntamento de povinho consequente. Desde os ciganos a levantar em braços os nossos carros, à barulheira infernal, ao aterro municipal que deixavam à sua passagem (já para não falar do alcatrão partido pelos esporões que espetavam para fixar as tendas, a relva destruída, etc., etc., ...)
Mas não consigo deixar de sorrir ironica/causticamente ao pensar que um país como o nosso goza tal feriado... insurjam-se as vozes munidas de história e de realidades, mas a verdade é que é ridículo o português ter direito a (mais) um feriado e com título tão sugestivo.
Mas não consigo deixar de sorrir ironica/causticamente ao pensar que um país como o nosso goza tal feriado... insurjam-se as vozes munidas de história e de realidades, mas a verdade é que é ridículo o português ter direito a (mais) um feriado e com título tão sugestivo.
abril 29, 2009
abril 28, 2009
I have a dream
Hoje no telejornal falavam da nova geração de crianças, com 1,80m aos 14 anos e a calçar 43. Isto para homens e mulheres.
Estou ansiosa!
Há de chegar o dia, em que o hoje orgulhoso e snob detentor de um pézinho 37 ou 38 vai chegar a uma sapataria e não vai ter o seu número. Vai receber um comentário trocista "37? Não... não fazemos"... e aí a justiça será quase atingida. Digo quase porque andar com uns sapatos grandes demais pode ser desconfortável, mas ao menos não é mutilante como andar com pequenos demais.
Chegará o dia em que cada sapataria deste país e cidade em particular responderá à minha prece! (ou será que continuarão neste percurso autista do "portuguesas usam do 36 ao 40, portuguesas usam do 36 ao 40, portuguesas usam do 36 ao 40..."??)
Estou ansiosa!
Há de chegar o dia, em que o hoje orgulhoso e snob detentor de um pézinho 37 ou 38 vai chegar a uma sapataria e não vai ter o seu número. Vai receber um comentário trocista "37? Não... não fazemos"... e aí a justiça será quase atingida. Digo quase porque andar com uns sapatos grandes demais pode ser desconfortável, mas ao menos não é mutilante como andar com pequenos demais.
Chegará o dia em que cada sapataria deste país e cidade em particular responderá à minha prece! (ou será que continuarão neste percurso autista do "portuguesas usam do 36 ao 40, portuguesas usam do 36 ao 40, portuguesas usam do 36 ao 40..."??)
Neuroglicopénia
Dói-me a cabeça, tonturas, dor de estômago... finalmente compreendo o conceito genérico de "não sei o que tenho, mas não me sinto bem, não estou em mim". Quer dizer, na verdade não o compreendo porque consegui dar mais informações e mais localizadoras do que isto.
Adiante...
Se calhar é a gripe suína, se calhar a das aves (eu que gosto tanto delas), se calhar a vulgar. Certo é que só tolero líquidos e começo a ressentir-me disso.
Batido de atum, alguém?
Adiante...
Se calhar é a gripe suína, se calhar a das aves (eu que gosto tanto delas), se calhar a vulgar. Certo é que só tolero líquidos e começo a ressentir-me disso.
Batido de atum, alguém?
abril 21, 2009
Auntie Scrooge
Feitas as contas, ao fim de dois anos de trabalho e sem ajuda de ninguém, tenho umas moedinhas para a caixa-forte... divirto-me a fazer quadros de excel dos meus investimentos, ver o que me rendeu mais e quando e relacioná-lo com a época económica específica. Eu que não percebo nada disto.
Se daqui por outros dois anos tiver o dobro do que tenho agora, prometo que, nem por um só dia, vou levantar tudo só para contar à mão...
É doentio, mas sou apaixonada por dinheiro.
Se daqui por outros dois anos tiver o dobro do que tenho agora, prometo que, nem por um só dia, vou levantar tudo só para contar à mão...
É doentio, mas sou apaixonada por dinheiro.
abril 19, 2009
abril 12, 2009
E ainda
Outra tradição que considero idiota: a calçada portuguesa. Não há quem não se derreta com ela, que linda que é... mas reparem que são os estrangeiros que se derretem com ela.
Nós portugueses e sobretudo portuguesas, simplesmente damos por ela, incomodamente, quando ficamos com um salto preso, quando damos um pontapé numa pedra solta, quando tropeçamos numa bossa de um passeio que não foi claramente feito para passeios...
Mas é tradição. Não imaginava, confesso, a minha Lisboa de passeios de cimento, como os de todas as cidades por esse mundo fora que são dotadas de passeios...
É uma tradição, por definição, e como tal por estúpida e pouco prática que seja, é acarinhada, abraçada, defendida.
Uma tradição que corre riscos, pela extinção dos mestres calceteiros... alguém devia explicar à calçada, que nos dias que correm todos querem ter um curso superior e que mestres só de mestrado (mesmo que sobre as excrescências das moscas varejeiras).
Felizmente há o desemprego, que poderá vir a garantir a sobrevivência desta forma de arte urbana, caso a necessidade seja tal que se sobreponha à inércia e orgulho lusos, tão característicos também... certamente tradição.
Nós portugueses e sobretudo portuguesas, simplesmente damos por ela, incomodamente, quando ficamos com um salto preso, quando damos um pontapé numa pedra solta, quando tropeçamos numa bossa de um passeio que não foi claramente feito para passeios...
Mas é tradição. Não imaginava, confesso, a minha Lisboa de passeios de cimento, como os de todas as cidades por esse mundo fora que são dotadas de passeios...
É uma tradição, por definição, e como tal por estúpida e pouco prática que seja, é acarinhada, abraçada, defendida.
Uma tradição que corre riscos, pela extinção dos mestres calceteiros... alguém devia explicar à calçada, que nos dias que correm todos querem ter um curso superior e que mestres só de mestrado (mesmo que sobre as excrescências das moscas varejeiras).
Felizmente há o desemprego, que poderá vir a garantir a sobrevivência desta forma de arte urbana, caso a necessidade seja tal que se sobreponha à inércia e orgulho lusos, tão característicos também... certamente tradição.
Meet me in St. Louis
E nesta aversão a tradições e o que as legitima criei uma minha. Mas uma tradição com motivos, factos comprováveis, sem lesar ninguém e agradando (assim espero) a todos.
Fez em Fevereiro 1 ano que entrei para a especialidade. Nessa altura, há 1 ano atrás, levei os meus amigos mais queridos a jantar (nem todos puderam), num gesto de comemoração e partilha de um bom momento. Este ano repetiu-se esse jantar, como uma pancada de calceteiro a garantir que as pedras ficam bem encaixadas.
No do próximo ano, espero conseguir reunir o casal algarvio que falta comparecer a este jantar, já tradição. E que a minha J. mais linda não me venha propor uma alternativa ao restaurante, porque ouviu falar de um que é muito giro e come-se bem e sei lá mais o quê, e compreenda que é uma tradição, e que por isso não se mexe, não se contesta, não se questiona.
Fez em Fevereiro 1 ano que entrei para a especialidade. Nessa altura, há 1 ano atrás, levei os meus amigos mais queridos a jantar (nem todos puderam), num gesto de comemoração e partilha de um bom momento. Este ano repetiu-se esse jantar, como uma pancada de calceteiro a garantir que as pedras ficam bem encaixadas.
No do próximo ano, espero conseguir reunir o casal algarvio que falta comparecer a este jantar, já tradição. E que a minha J. mais linda não me venha propor uma alternativa ao restaurante, porque ouviu falar de um que é muito giro e come-se bem e sei lá mais o quê, e compreenda que é uma tradição, e que por isso não se mexe, não se contesta, não se questiona.
Sempre será o que foi
Consome-me um bocadinho, e quem me conhece sabe que eu me consumo com muito e por pouco, a tradição... o conceito de tradição.
Algo que sem qualquer substrato real ou comprovável, passa de geração em geração, inabalável e indestrutível só por ser uma tradição. Acredito que muitos super-heróis de banda desenhada tenham sido criados a pensar apenas nesta entidade...
A tradição... pode-se tentar refutar, defender os direitos dos animais, das crianças... "mas é tradição!" e todos os argumentos válidos caem por terra, ao ribombar deste insólito trovão directamente das mãos de Zeus. Diz que as tradições remontam a essa época (à da mitologia grega... que também é tradição, por assim dizer).
E assim, por ser tradição e isso ser incomensurável no que diz respeito à história e noção de "eu/nós" de uma sociedade, perpetuam-se todas as atrocidades.
Parece que falo da tourada, e podia ser... mas não, falo da Páscoa. Viajei um nadinha na maionese, mas vinha falar da Páscoa. Consome-me de facto que um dia/época que diz respeito a uma religião, que não é única ou soberana perante as outras na nossa sociedade (melhor dizendo: não deveria ser), seja imposto a todos: cristãos, judeus (que por acaso este ano por esta altura também comemoram a sua Páscoa, nada relacionada com cristo - mais uma vez... Porque é que o corrector automático me diz que cristo tem que ser com maiúscula?! Até aqui???), protestantes, hindus, ateus, etc...
Claro está que também é tradição portuguesa não se gostar de trabalhar, seja qual for o credo... daí que ateus, protestantes, cristãos e adoradores do diabo recebam com regozijo a ideia de ter feriados católicos como nacionais. Os nossos valores e crenças pouco se comparam à vontade de não trabalhar, convenhamos.
Algo que sem qualquer substrato real ou comprovável, passa de geração em geração, inabalável e indestrutível só por ser uma tradição. Acredito que muitos super-heróis de banda desenhada tenham sido criados a pensar apenas nesta entidade...
A tradição... pode-se tentar refutar, defender os direitos dos animais, das crianças... "mas é tradição!" e todos os argumentos válidos caem por terra, ao ribombar deste insólito trovão directamente das mãos de Zeus. Diz que as tradições remontam a essa época (à da mitologia grega... que também é tradição, por assim dizer).
E assim, por ser tradição e isso ser incomensurável no que diz respeito à história e noção de "eu/nós" de uma sociedade, perpetuam-se todas as atrocidades.
Parece que falo da tourada, e podia ser... mas não, falo da Páscoa. Viajei um nadinha na maionese, mas vinha falar da Páscoa. Consome-me de facto que um dia/época que diz respeito a uma religião, que não é única ou soberana perante as outras na nossa sociedade (melhor dizendo: não deveria ser), seja imposto a todos: cristãos, judeus (que por acaso este ano por esta altura também comemoram a sua Páscoa, nada relacionada com cristo - mais uma vez... Porque é que o corrector automático me diz que cristo tem que ser com maiúscula?! Até aqui???), protestantes, hindus, ateus, etc...
Claro está que também é tradição portuguesa não se gostar de trabalhar, seja qual for o credo... daí que ateus, protestantes, cristãos e adoradores do diabo recebam com regozijo a ideia de ter feriados católicos como nacionais. Os nossos valores e crenças pouco se comparam à vontade de não trabalhar, convenhamos.
abril 01, 2009
março 31, 2009
Crawl, bruços, mariposa, costas ou freestyle (a.k.a. "à cão")
Tratar de impostos dá nisto, tudo o resto parece imensamente interessante... até a assumpção dos nossos piores defeitos.
Sempre me encarei como poupadinha e achava-o uma qualidade. É bom ser-se organizadinha, poupadinha, sensatazinha... é bom e é, como o sufixo indica, algo mesquinho.
Cheguei recentemente à conclusão que não sou apenas poupadinha. Sou na realidade forreta, fonas, avara... e isso já não é uma qualidade. Atravessa-se a linha ténue entre ser-se sensato e regrado e ser-se desinteressante e agarrado ao dinheiro.
E sou... agarrada ao dinheiro isto é. Gosto dele, gosto de o ter e custa-me gastá-lo. Rotulo de luxo as coisas mais banais. Por outro lado, frequentemente rotulo de essenciais as mais supérfluas...
Estou a pensar preparar uma divisão da casa para fazer uma caixa-forte e deitar o dinheiro lá dentro... é que sempre tive o secreto sonho de fazer como o Tio Patinhas e fechar-me num cofre a nadar numa piscina de moedas douradas com um cifrão...
Sempre me encarei como poupadinha e achava-o uma qualidade. É bom ser-se organizadinha, poupadinha, sensatazinha... é bom e é, como o sufixo indica, algo mesquinho.
Cheguei recentemente à conclusão que não sou apenas poupadinha. Sou na realidade forreta, fonas, avara... e isso já não é uma qualidade. Atravessa-se a linha ténue entre ser-se sensato e regrado e ser-se desinteressante e agarrado ao dinheiro.
E sou... agarrada ao dinheiro isto é. Gosto dele, gosto de o ter e custa-me gastá-lo. Rotulo de luxo as coisas mais banais. Por outro lado, frequentemente rotulo de essenciais as mais supérfluas...
Estou a pensar preparar uma divisão da casa para fazer uma caixa-forte e deitar o dinheiro lá dentro... é que sempre tive o secreto sonho de fazer como o Tio Patinhas e fechar-me num cofre a nadar numa piscina de moedas douradas com um cifrão...
Internal Ravaging Sacrifice
407, 701, 708, 730, 732, 801, 803, ...
Altura maravilhosa do ano esta... podem-se declarar compras de computadores ou não?? E despesas com o carro ou não?!
Quem diria que tenho um irmão na área de direito fiscal...
Altura maravilhosa do ano esta... podem-se declarar compras de computadores ou não?? E despesas com o carro ou não?!
Quem diria que tenho um irmão na área de direito fiscal...
março 30, 2009
março 29, 2009
In m.
Ontem fui a caminho da Ericeira, que associo invariavelmente ao meu pai, participar de um almoço de 80 e tal pessoas, todas da mesma família. Irmãos, sobrinhos e tios, sobrinhos-netos e tios-avós, bisavós e bisnetos, trisavós e trinetos, primos, filhos, maridos e mulheres, noivos e noivas, namorados e namoradas... uma amálgama de gente.
Associo-lhe também estes acontecimentos, que adorava. Aos quais tentava sempre levar toda a prole, mas acabava por me levar apenas a mim... mas ontem estivemos, não todos, mas muitos... filhos, netos e mulher, a representar e a sorver o que se pudesse de memória, de presença. A taça foi erguida e o copo vem cheio.
Associo-lhe também estes acontecimentos, que adorava. Aos quais tentava sempre levar toda a prole, mas acabava por me levar apenas a mim... mas ontem estivemos, não todos, mas muitos... filhos, netos e mulher, a representar e a sorver o que se pudesse de memória, de presença. A taça foi erguida e o copo vem cheio.
março 26, 2009
Denial no more
Num momento de introspecção psicanalítica descobri porque acho os tios tão irresistíveis apesar de ideologica e comportamentalmente os achar desprezíveis (como um grupo, no pensamento mais estereotipado e preconceituoso)...
(para outras núpcias)
(para outras núpcias)
março 24, 2009
Saudosismos
... o que me leva a pensar no tempo em que 1 litro de gasolina era menos que 100$00. Parece há tanto tempo. Tem esse efeito o passar por uma mudança de moeda... diz que nos sentimos velhos (só por isso...).
Sem chumbo 95 a €0,89
Isto já ninguém estranha, mas a fronteira também barra as flutuações do petróleo para a GALP o vir anunciar como estratégia que permitiu os lucros nesta época de crise...
março 23, 2009
O jardim do vizinho
Aproveitei um fim de semana sem bancos e fui dar um saltinho ao algarve. Ali mesmo ao lado da fronteira... ali mesmo ao lado da fronteira, mas do lado de lá, encontrei 6 pares de sapatos lindos e no meu número.
Estranha fronteira esta que barra a entrada a todos aqueles que se cataloguem com um número superior ao 40 ou (esconjuro!) superior ao 41...
Estranha fronteira esta que barra a entrada a todos aqueles que se cataloguem com um número superior ao 40 ou (esconjuro!) superior ao 41...
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março 16, 2009
Avózinha é que sabe
A barriguitas e o seu B. já vão nas 20 semanas. Porque as crendices podem mais que a ciência e fazem o diagnóstico do sexo do bebé antes desta, quando comecei a ver que toda ela estava inchada (cara, mãos), pedi baixinho que fosse verdade...
E é. A Catarina envergonha a sua mamã ainda na barriga...
E é. A Catarina envergonha a sua mamã ainda na barriga...
Porque me irrita a minha rua
Às 8am, folha deixada no pára-brisas do carro...
À 1.30pm, regresso a casa...
... eles mesmos, os senhores dos andaimes, baldes barbot, tábuas de madeira, sacas de cimento, areia para cimento, etc, estacionados intermitentemente/constantemente durante 3 meses à porta da minha casa.
NB: o prédio ainda não está habitado
NB2: os "risquinhos" amarelos foram pintados por eles mesmos, daí que pareçam o império do sol nascente e não os habituais sinais rodoviários de proibido estacionar
NB3: ainda tiveram uma bola azul com contorno e uma barra diagonal vermelhos na porta da garagem(qualquer semelhança com um sinal de proibido estacionar seria, certamente, pura coincidência).
À 1.30pm, regresso a casa...
... eles mesmos, os senhores dos andaimes, baldes barbot, tábuas de madeira, sacas de cimento, areia para cimento, etc, estacionados intermitentemente/constantemente durante 3 meses à porta da minha casa.
NB: o prédio ainda não está habitado
NB2: os "risquinhos" amarelos foram pintados por eles mesmos, daí que pareçam o império do sol nascente e não os habituais sinais rodoviários de proibido estacionar
NB3: ainda tiveram uma bola azul com contorno e uma barra diagonal vermelhos na porta da garagem(qualquer semelhança com um sinal de proibido estacionar seria, certamente, pura coincidência).
março 11, 2009
A última dos mohicanos
E ainda no tema pés, dado que falando neles não posso deixar de me recordar da minha perene busca (inglória) por sapatos, botas, etc... tantas vezes frustrada que insisto em comprar sapatos que me sufocam, por ter que me contentar com eles... tantas vezes frustrada que quando arranjo uns que gosto e me são confortáveis os uso até à exaustão, a ponto de parecer uma mendiga e ouvir o R. dizer-me ao olhar uma sola soltar-se, já gasta "... estamos a precisar de te ir comprar sapatos!!"
Assim, deixo a questão que já espalhei por milhares de sapatarias lisboetas: «Serei a única portuguesa com pé de cinderela»(sobretudo tendo em conta esta nova geração nitrofurano com corpinhos de 20 aos 10anos) «para as sapatarias não venderem/fazerem sapatos acima do 40??»
Assim, deixo a questão que já espalhei por milhares de sapatarias lisboetas: «Serei a única portuguesa com pé de cinderela»(sobretudo tendo em conta esta nova geração nitrofurano com corpinhos de 20 aos 10anos) «para as sapatarias não venderem/fazerem sapatos acima do 40??»
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Me on everything else,
Me on me,
Me on the world
Então... como são?!
Ninguém me alertou para esta possibilidade. Sempre tive em mim que eram os pés mais feios do mundo... o dedão enorme, única herança física do meu pai, o comprimento aparentemente anti-português, a planta algo seca (também herança paterna) de quem gosta de andar descalça e de havaianas...
Com a maior desfaçatez "Já vi os teus pés, sei que tens essa paranóia com os pés, mas os teus pés não são feios... pés feios não são como os teus"...
E agora? Como entender o mundo, após uma adolescência a enterrar os pés na areia para não estarem à vista dos transeuntes que sem dúvida fixariam com horror a proeminência horrenda que brotava da minha extremidade... como interpretar o meu grito de auto-aceitação ao prescindir desse pudor e vergonha em prol do prazer de banhar os meus pézinhos com a brisa e sol?
Com a maior desfaçatez "Já vi os teus pés, sei que tens essa paranóia com os pés, mas os teus pés não são feios... pés feios não são como os teus"...
E agora? Como entender o mundo, após uma adolescência a enterrar os pés na areia para não estarem à vista dos transeuntes que sem dúvida fixariam com horror a proeminência horrenda que brotava da minha extremidade... como interpretar o meu grito de auto-aceitação ao prescindir desse pudor e vergonha em prol do prazer de banhar os meus pézinhos com a brisa e sol?
março 10, 2009
Porque sim
Porque chega o sol, chega a luz e renasce em mim a planta... é chegada a altura da fotossíntese e isso deixa-me sempre feliz. Anseio meter-me a caminho da praia, irritar-me com os palermas que insistem em deitar-se a centímetros de mim com um areal inteiro à disposição e adormecer ao sol... digam o que disserem, não há prazer igual ao de adormecer com o sol a aquecer a pele.
Dia do Pai
Em updates menos fúteis, estou em intensa preparação para o exame que se aproxima. Dia 19, faço o 1º exame anual... na proximidade desse dia, bem como do dia de aniversário do meu pai, bem como do dia 24, além da ansiedade previsível, não consigo deixar de recordar o que o meu pai me disse desde que percebeu que falava seriamente quanto ao desejo de seguir medicina: "Não faças isso... vai para enfermagem que também é muito bonito e dá menos trabalho"
Bonito não diria, mas a questão do trabalho foi muito bem vista pai... para a próxima oiço-te com mais atenção!
Bonito não diria, mas a questão do trabalho foi muito bem vista pai... para a próxima oiço-te com mais atenção!
fevereiro 27, 2009
Feira das vaidades
Alguém que me explique porque é concebido como "um dia de gaja" ir a depilações e cabeleireiros e afins...
Depois de esturricar as pernas no laser e sofrer o que não desejo a ninguém, fui perder 2h a lavar e cortar e esticar e secar e brushar.
Não me sinto particularmente restabelecida, não me sinto particularmente evax (feliz por ser mulher)... o imbecil que inventou este conceito só pode ser homem e misógino.
Depois de esturricar as pernas no laser e sofrer o que não desejo a ninguém, fui perder 2h a lavar e cortar e esticar e secar e brushar.
Não me sinto particularmente restabelecida, não me sinto particularmente evax (feliz por ser mulher)... o imbecil que inventou este conceito só pode ser homem e misógino.
Dalila
Continuo com os 60cm, bem esticados.
Força ainda tenho, mas daqui por uns dias não garanto passar nas portas do metro. Felizmente amanhã chove... é que "o problema desta casa é a humidadi"
Força ainda tenho, mas daqui por uns dias não garanto passar nas portas do metro. Felizmente amanhã chove... é que "o problema desta casa é a humidadi"
fevereiro 26, 2009
Pros nos vérbios
Todos conhecemos provérbios ou dizeres que não fazem sentido nenhum... afinal fazem, nós é que os dizemos mal.
E porque aprender é sempre um prazer...
Popularmente diz-se: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro.'
O correcto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.'
'Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.''
Enquanto o correcto é: 'Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'
'Cor de burro quando foge.'
O correcto é: 'Corro de burro quando foge!'
Outro, que todos dizem de uma maneira errada: 'Quem tem boca vai a Roma.'
O correcto é: 'Quem tem boca vaia Roma.'
'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correcto é: 'Esculpido em Carrara.'
Mais um famoso...: 'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correcto é: 'Quem não tem cão, caça como gato'... ou seja, sozinho!
E porque aprender é sempre um prazer...
Popularmente diz-se: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro.'
O correcto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.'
'Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.''
Enquanto o correcto é: 'Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'
'Cor de burro quando foge.'
O correcto é: 'Corro de burro quando foge!'
Outro, que todos dizem de uma maneira errada: 'Quem tem boca vai a Roma.'
O correcto é: 'Quem tem boca vaia Roma.'
'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correcto é: 'Esculpido em Carrara.'
Mais um famoso...: 'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correcto é: 'Quem não tem cão, caça como gato'... ou seja, sozinho!
Sansão
Renego o meu poder.
Ao fim de mais de um ano, com mais de 60cm de maior comprimento, chegou o dia...
Ao fim de mais de um ano, com mais de 60cm de maior comprimento, chegou o dia...
fevereiro 24, 2009
Nights of solitude
Não há palavra para traduzir "solitude" no léxico português. Infelizmente "solidão" traz um estigma de que o "solitude" não padece.
Pode-se estar em solidão e confortável com isso, mas o português não parece querer honrar essa distinção.
Hoje, no entanto, não é o caso. Nos últimos tempos para ser sincera. Ando a lidar mal com a solidão (essa mesma). Sem solitude...
Sempre que saio de perto de um grupo e me vejo sozinha, sinto-me efectivamente sozinha. E isso é estranho em mim, deixei de saber apreciar os meus momentos comigo mesma.
É possível que não me considere grande companhia...
Pode-se estar em solidão e confortável com isso, mas o português não parece querer honrar essa distinção.
Hoje, no entanto, não é o caso. Nos últimos tempos para ser sincera. Ando a lidar mal com a solidão (essa mesma). Sem solitude...
Sempre que saio de perto de um grupo e me vejo sozinha, sinto-me efectivamente sozinha. E isso é estranho em mim, deixei de saber apreciar os meus momentos comigo mesma.
É possível que não me considere grande companhia...
fevereiro 12, 2009
Quando o luxo vem sem etiqueta
O tipo desce à estação de metro de jeans, t-shirt e boné, encosta-se perto da entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora rush matinal.
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos transeuntes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam meros 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres em passo rápido, copo de café na mão, telemóvel ao ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
Estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta de glamour.
Somente uma mulher reconheceu a música...
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos transeuntes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam meros 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres em passo rápido, copo de café na mão, telemóvel ao ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
Estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta de glamour.
Somente uma mulher reconheceu a música...
fevereiro 08, 2009
fevereiro 01, 2009
Correr por uma pechincha
Comprei um sofá magnífico... não cabia na porta... tenho uma sala enorme, com uma poltrona, apenas!
O sofá magnífico e baratíssimo (uma verdadeira "oportunidade") vai-me sair por mais €68 do transporte não executado do Ikea e ainda €120 da empresa que tive que contratar à parte... uma pechincha!
O sofá magnífico e baratíssimo (uma verdadeira "oportunidade") vai-me sair por mais €68 do transporte não executado do Ikea e ainda €120 da empresa que tive que contratar à parte... uma pechincha!
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Me on everything else,
Me on me
Why god?
Passei esta última semana em casa dos meus pais, voltar a viver com a minha mãe... isto porque a minha irmã e o meu cunhado foram passar férias para a neve e deixaram os miúdos, doentes, em casa da minha mãe com a condição de eu também ir para lá. Sou trouxa e fui, até de coração aberto.
Digamos que é nestes momentos que as nossas pequenas conquistas nos sabem a mel, e é nestes momentos que todos os arrependimentos que por vezes nos passam pela cabeça por não estarmos a poupar dinheiro em casa dos pais se desvanecem.
Ao final desta semana, e depois de a minha sobrinha ter tido um episódio de insuficiência respiratória aguda, e perante a apatia e indiferença da minha mãe tudo ter sido demais para mim, consegui ser deserdada.
Alvíçaras!
Digamos que é nestes momentos que as nossas pequenas conquistas nos sabem a mel, e é nestes momentos que todos os arrependimentos que por vezes nos passam pela cabeça por não estarmos a poupar dinheiro em casa dos pais se desvanecem.
Ao final desta semana, e depois de a minha sobrinha ter tido um episódio de insuficiência respiratória aguda, e perante a apatia e indiferença da minha mãe tudo ter sido demais para mim, consegui ser deserdada.
Alvíçaras!
janeiro 23, 2009
janeiro 18, 2009
Ansiolíticos
Ontem reencontrei o prazer de conduzir, passados quase 10 anos... consegui conduzir, calma, a gozar o momento. Porque sempre gostei de conduzir, mas nos últimos anos não o tenho sentido... apenas a irritação de lidar dia após dia com anormais que atentam contra a minha segurança.
Ontem, de antena 2 em punho à toada de Rimsky-Korsakov (e nem por isso o mais indicado), não me importei com nada disso... não quis saber qual era a faixa que andava mais depressa, não quis pressionar ninguém para deslargar a faixa da esquerda, não tive qualquer necessidade de ensinar ninguém conduzir... e reaprendi a gostar de o fazer.
Ontem, de antena 2 em punho à toada de Rimsky-Korsakov (e nem por isso o mais indicado), não me importei com nada disso... não quis saber qual era a faixa que andava mais depressa, não quis pressionar ninguém para deslargar a faixa da esquerda, não tive qualquer necessidade de ensinar ninguém conduzir... e reaprendi a gostar de o fazer.
janeiro 17, 2009
Saídas de banco
São agradáveis e tal... mas o que fazer quando a noite foi descansada, chegamos a casa às 9am, sem sono e não temos nada que fazer? É que sábados de manhã não são momentos de utilidade... ninguém faz nada aos sábados de manhã.
Não sei se me vá enfiar na fnac, se me vá enfiar num centro comercial à procura de roupa que preciso de comprar, se vá apanhar frio para a rua só porque sim...
Não sei se me vá enfiar na fnac, se me vá enfiar num centro comercial à procura de roupa que preciso de comprar, se vá apanhar frio para a rua só porque sim...
Bela fama
Ontem uma senhora abordou-me na rua do hospital, a pedir-me ajuda para encontrar a mãe dela. Não sabia em que serviço estava, sabia apenas que tinha estado no serviço de urgências. Quando foi lá saber da mãe mandaram-na dar uma volta ao hospital à procura da senhora...
Ela encontrou-me precisamente do outro lado do hospital, onde não me soube dizer nada que me orientasse. Perguntei-lhe porque é que a mãe tinha vindo ao hospital, de que se queixava... dado que pelas queixas ou estaria no meu serviço (e eu sabia que não estava) ou num outro, fui com ela a esse serviço.
A doente não estava lá. Procurei no sistema, e a senhora tinha tido alta há 2h do serviço de urgência geral... isto no sistema, porque provavelmente estava numa cadeira qualquer, provavelmente já com o epítet "caso social". Lá encaminhei a senhora, com indicações para falar com os administrativos e com as folhas que lhe dei na mão obrigá-los a encontrar-lhe a mãe.
Quando voltei ao serviço onde tinha sido chamada, a copeira e a auxiliar de acção médica saíram-se com esta:
- Ai Sra. Dra., isso já não há...
- Desculpe?...
- Isso que a Sra. Dra. fez... isso já não se faz. Parar o seu trabalho e andar a ajudar aquela senhora assim.. acho que faz muito bem e que Deus a ajude em tudo quanto lhe vier pela frente.
Ri-me, agradeci, fiquei toda orgulhosa de mim mesma (babada na verdade)... mas depois fiquei a pensar... que raio de fama têm os médicos. O que é que custa fazer o que fiz, sinceramente? É assim tão frequente virar as costas a uma pessoa que nos pede ajuda a encontrar a mãe que estará algures no hospital que nós conhecemos bem e onde nos sabemos mover?
E não me senti superior ou bem comigo mesma por não ser assim... senti-me triste.
Ela encontrou-me precisamente do outro lado do hospital, onde não me soube dizer nada que me orientasse. Perguntei-lhe porque é que a mãe tinha vindo ao hospital, de que se queixava... dado que pelas queixas ou estaria no meu serviço (e eu sabia que não estava) ou num outro, fui com ela a esse serviço.
A doente não estava lá. Procurei no sistema, e a senhora tinha tido alta há 2h do serviço de urgência geral... isto no sistema, porque provavelmente estava numa cadeira qualquer, provavelmente já com o epítet "caso social". Lá encaminhei a senhora, com indicações para falar com os administrativos e com as folhas que lhe dei na mão obrigá-los a encontrar-lhe a mãe.
Quando voltei ao serviço onde tinha sido chamada, a copeira e a auxiliar de acção médica saíram-se com esta:
- Ai Sra. Dra., isso já não há...
- Desculpe?...
- Isso que a Sra. Dra. fez... isso já não se faz. Parar o seu trabalho e andar a ajudar aquela senhora assim.. acho que faz muito bem e que Deus a ajude em tudo quanto lhe vier pela frente.
Ri-me, agradeci, fiquei toda orgulhosa de mim mesma (babada na verdade)... mas depois fiquei a pensar... que raio de fama têm os médicos. O que é que custa fazer o que fiz, sinceramente? É assim tão frequente virar as costas a uma pessoa que nos pede ajuda a encontrar a mãe que estará algures no hospital que nós conhecemos bem e onde nos sabemos mover?
E não me senti superior ou bem comigo mesma por não ser assim... senti-me triste.
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E ainda
Profissionalmente é em 2009 que vou ser reconhecida... somando os 2 posts anteriores, percebe-se que isso é uma coisa (a única eventualmente) positiva que me espera neste ano.
Certo é que eu sou reconhecida profissionalmente todos os dias... só não pelas pessoas certas. Todos me têm um apreço e reconhecimento de capacidades e até conhecimento, excepto os do meu serviço, nomeadamente o meu tutor (salvo muy raras excepções). Incomoda-me, mas começo a pensar que se calhar o problema não é meu...
Certo é que eu sou reconhecida profissionalmente todos os dias... só não pelas pessoas certas. Todos me têm um apreço e reconhecimento de capacidades e até conhecimento, excepto os do meu serviço, nomeadamente o meu tutor (salvo muy raras excepções). Incomoda-me, mas começo a pensar que se calhar o problema não é meu...
Não, agora a sério
Diz que 2009 vai ser um ano em muito (para mim e afins virginianos, para quem gosta/engole estas coisas) semelhante a 2008, visto que acaba o processo iniciado nesse ano. Um processo de revolução, de instabilidade no adquirido... em todos os campos (emocional, financeiro) excepto o profissional.
Sendo que 2008 ficará para sempre na memória como um ano de merda, pensar que 2009 o continua na mesma tónica é no mínimo desesperante.
Sendo que 2008 ficará para sempre na memória como um ano de merda, pensar que 2009 o continua na mesma tónica é no mínimo desesperante.
Reza-te a sina
Não sei porque tenho esta necessidade de agradar e impressionar... passo a vida a desiludir-me por não me reconhecerem valor, simplesmente porque preciso que o façam.
janeiro 15, 2009
(In)significâncias
Já é a segunda vez que tenho um sonho semelhante. No primeiro, apanhava um qualquer comboio necessário para chegar a uma ponta de Lisboa (??), enganava-me na saída e tinha que trocar em Citius para sair na paragem certa (a anterior).
Neste, no mesmo comboio, acompanhada de dois amigos que seguiam noutra carruagem (nos sonhos há coisas assim... não era por ausência de espaço). Segundos antes da paragem pretendida, mais uma vez Citius, disseram-me que era ali que saíamos... arrumar tudo à pressa, com mochila do interrail e tudo, a pôr todas as malas na gare com as pessoas a entrar no comboio e a serem incapazes de se desviarem... quando ia a pôr a última mala na gare e sair, a porta fechou-se e o comboio começou a andar... abri a porta preparada para sair em andamento mas já não havia plataforma, o comboio não tinha degraus e os carris ficavam muito a baixo do nível do comboio.
Não percebi o que queria isto dizer... a reacção das pessoas que voluntariamente só complicavam, a minha ansiedade (e sobretudo a ausência dela anteriormente, que me permitia ter tudo desarrumado segundos antes da possibilidade de ter que sair, nada característico meu...), o não haver plataforma ou a altura desmedida do combóio.
Por estranhar o facto de se repetir este contexto estranho da linha de combóio e da repetição do nome da estação:
citius - do latim mais rápido, mais célere; é também o nome do projecto de desmaterialização dos processos nos tribunais judiciais desenvolvido pelo Ministério da Justiça.
E...?
Neste, no mesmo comboio, acompanhada de dois amigos que seguiam noutra carruagem (nos sonhos há coisas assim... não era por ausência de espaço). Segundos antes da paragem pretendida, mais uma vez Citius, disseram-me que era ali que saíamos... arrumar tudo à pressa, com mochila do interrail e tudo, a pôr todas as malas na gare com as pessoas a entrar no comboio e a serem incapazes de se desviarem... quando ia a pôr a última mala na gare e sair, a porta fechou-se e o comboio começou a andar... abri a porta preparada para sair em andamento mas já não havia plataforma, o comboio não tinha degraus e os carris ficavam muito a baixo do nível do comboio.
Não percebi o que queria isto dizer... a reacção das pessoas que voluntariamente só complicavam, a minha ansiedade (e sobretudo a ausência dela anteriormente, que me permitia ter tudo desarrumado segundos antes da possibilidade de ter que sair, nada característico meu...), o não haver plataforma ou a altura desmedida do combóio.
Por estranhar o facto de se repetir este contexto estranho da linha de combóio e da repetição do nome da estação:
citius - do latim mais rápido, mais célere; é também o nome do projecto de desmaterialização dos processos nos tribunais judiciais desenvolvido pelo Ministério da Justiça.
E...?
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