dezembro 30, 2004

In sleep he sang to me




Fenomenalmente parecido com o musical em palco. Vale a pena ver porque é sem dúvida uma ópera-musical que tem das mais lindas músicas que foram possíveis ouvir no east-end ou na Broadway . Mesmo não fazendo o meu género (mais jazzy e swing) comove-me pela beleza do instrumental, pela beleza das vozes (mesmo que o género lírico nunca me diga muito), pela beleza da história que a música conta até...
Impressiona também o que é possível ver-se num palco, que não é nem menos nem mais do que aquilo que o grande ecrã nos dá.

dezembro 27, 2004

Sismo Espalha Morte e Destruição por Todo o Sudeste Asiático

Foi um dos sismos mais poderosos desde que há registo, e o maior dos últimos 40 anos. O terramoto, com epicentro na ilha indonésia de Sumatra, gerou um maremoto (tsunami) que atingiu vários países do Sudeste Asiático, espalhando um cenário imenso de destruição e caos.
Sismos Mais Mortíferos Desde o Início do Século XX

dezembro 26, 2004

What now my love... now that it's over

Quando não sei como me expressar, recorro a músicas: letras de músicas para ser mais precisa. Este verso de uma música do Blue eyes traduz um nadinha a sensação que me percorre neste momento.
Neste Natal, tive de tudo... tive os momentos de alegria e partilha (com estranhos no entanto... ou até com amigos, mas não com familiares), tive os ódios e sustos descritos no post anterior (que pensei apagar, porque sinceramente não me orgulho de sentir o que sinto... mas se é diário, é diário, mesmo que seja lido por outras pessoas. se me julgarem, façam-no: aproveito o embalo pessimista ou "scroogiano" que tenho nesta altura para me marimbar para o que as pessoas pensam).
E agora? O que se segue?... Acabou a reunião familiar "à força", com cunhada mal educada e desagradável, com irmão armado em estúpido para toda a gente, com a minha mãe a dizer mal dos 2 e a fazer-se de vítima, com as habituais desilusões em todos os planos, e com a já demasiado familiar sensação de que estou completamente deslocada aqui... sinto-me (sempre senti) implantada nesta família. Por um motivo ou por outro sei que não tenho nada a ver com eles, que não me movo pelos mesmos fins ou propósitos sequer... não dou valor às ninharias que eles dão (mas dou a outras, bem sei... quanto mais não seja porque muitas vezes é nos pormenores que estão as verdades que não conseguimos esconder, nem no Natal!), não tiro o prazer de cortar na casaca alheia que eles tiram.
Ontem deitei-me cedo, triste e cansada... e com um imenso nó na garganta, de insatisfação e desilusão. Hoje deito-me igualmente triste e cansada, com o mesmo nó... desta feita provocado pela certeza de que no dia em que os meus pais morrerem, deixarei de me dar com certos membros da minha família.

Gostei no entanto de estar com os meus sobrinhos (mais uma vez estive mais com o Becas que com o Diogo... o Diogo vai ser uma criança irritante - tanto quanto os pais - na qual não se pode tocar, respirar a menos de 1m, ou sequer falar se não for na gama de decibéis permitida pelos paizinhos)... acredito que para o ano goste ainda mais, porque o Bequinhas vai vibrar com o abrir de embrulhos, em vez de ficar simplesmente feliz em pôr as coisas todas a tocar e atirá-las ao chão.
Salvaram-me o Natal... sei que se calhar vou esquecer (com o tempo) os maus (péssimos) momentos que este Natal me trouxe, e vou apenas ficar com as lembranças da minha baratinha com o seu gorro vermelhinho... ou a gatinhar com os seus calçõezinhos e meiazinhas de losangos como um menino de colégio.

dezembro 25, 2004

É Natal, é Natal...

Não, não sou uma pessoa especialmente natalícia, no entanto alguma quota de normalidade não seria de desprezar. Já estou habituada aos Natais em que os meus pais não me dão prendas, ou aqueles em que me dão menos prendas do que a todos os meus irmãos dando-lhes coisas que eles têm em demasia e que eu por coincidência até pedi pelo Natal e não tenho mas também não recebo, a sensação de ser menos filha que os outros (não só pelo aspecto material como também no aspecto de eu me tornar como que uma empregada nesta altura, enquanto que os outros continuam a gozar do estatuto de filhos)... este foi mais um em que estas situações foram verificadas.
No entanto, for extra fun, tive ainda uma situação nova, com o meu pai a ficar mal disposto e a ter mais um daqueles ataques que nos deixam em pânico, a minha mãe a ficar histérica e a dizer alto em bom som idiotices que só dão vontade de a mandar à merda ou no mínimo dar-lhe 2 pares de estalos...
A histeria, o exagero, o telefonar logo para toda a gente a dizer que "está muito mal" e deixar toda a gente em pânico e a insistência em "sabedorias médicas" que de médicas não têm nada e de sabedorias também não...
Odeio esta gente, odeio o tempo que tenho que passar com eles, odeio a ideia de mesmo que eu saia de casa e nunca mais puser aqui os pés não me consigo livrar deles... e ao dizer eles estou a ser injusta, porque na verdade refiro-me apenas à minha mãe e eventualmente e pontualmente um dos meus irmãos...

dezembro 19, 2004

The wheather outside is frightning...

Chegou aquela época, em que saímos todos para a rua, imbuídos do espírito natalício e gastamos rios de dinheiro em prendas para pessoas que não nos dizem nada... também gastamos algum dinheiro em pessoas que nos são queridas mas, falando por mim, se em cada Natal der 2 prendas porque quero e com gosto e sem o stress de "arranjar uma prenda", já é muito! Esta é uma das razões pelas quais não sou muito fã do Natal... Outra é o reboliço que envolve cá por casa, entre comidas e decorações, já para não falar que envolve um determinado confinamento entre estas 4 (e miúdos) paredes, que confesso que me faz confusão ao sistema... Há dias, falando-se de Natal entre familiares e namorados, pus-me a pensar se eu gostaria mais do Natal nessas circunstâncias... em que a janela estivesse fechada, e o mau tempo do exterior não arrefecesse o clima dentro de casa. Continuo a pensar nisso, a bem dizer.

dezembro 08, 2004

Xô istressi, oxente

Uma semana é pouco, definitivamente pouco para nos presentearmos com este tipo de férias... sempre fui dada a férias culturais, sendo que o Velho Mundo sempre exerceu por mim uma atracção que o Novo nunca mereceu... até agora! Venho do Brasil com a noção de que estive todo este tempo enganada, e que não há férias melhores do que estar de papo para o ar, sem preocupações, horários, stresses diários (descansar deles é que é de facto ter férias, não é verdade?! Então porque só agora me apercebi disso?).
Conheci mais gente (nativos e turistas como moi-même - e portanto tive mais acesso à cultura do país, ou da região pelo menos, do que em todo o mês que andei a passarinhar pela Europa), aprendi a dançar forró, nadei em cachoeiras e mergulhei delas, andei de mota de água, visitei manguezais, fiz tattos (temporárias, ok...), fiz tranças e terêrês, almocei na praia, almocei na cachoeira, em todas as ocasiões comi que nem uma lontra e bem (e como eu gosto de comer!), andei a cavalo à beira mar (como queria fazer desde pequena), fiz um curso de mergulho, andei de buggy que me fartei, fiz compras como a verdadeira shop-a-holic que sou e ainda vim com a vantagem de ter um bronze fantástico (que me dá um ar muito mais sadio, diga-se)...
Não consigo transcrever num post o que vivi, mas também não é importante... este serve mais para que quando o reler mais tarde, reviva tudo o que se passou nesta semana.