Estava eu a caminho das aulas, quando numa avenida movimentada e com bastante trânsito, num entroncamento em que muitos carros ficam atravessados a meio, avançando com o sinal já vermelho, quando uma besta me começa a apertar naquela de se meter (quando o sinal já estava vermelho para ele há eras)... como sou rezingona e teimosa não deixei... como ele devia estar muito bem disposto continuou a apertar até me bater no espelho... passei-me e disse através do vidro fechado (aprendi a lição nos filmes anteriores) para o "senhor" ter calminha e não se armar em parvo.
Continuou a apertar-me, e virou o espelho dele...
Às tantas, colados lado a lado, lá lhe disse para passar, para não me chatear mais... ele virou o volante na direcção do meu carro e avançou... fiquei parva... fiquei mais parva quando senti o carro dele a roçar ao longo do meu... fiquei mais parva quando vi o carro dele todo riscado.
Saí do carro naquela de o sovar (confesso que o sovava na hora), mas ele como bom macho latino fugiu assim que pôde... tirei a matrícula e fui ver o meu carro que tinha apenas um risquinho no pára-choques... o deus do trânsito (poder-se-á extrapolar e chamá-lo Mercúrio) é justo, mas mesmo assim vou fazer queixa dele... até porque ele ao ver a merda que fez ao próprio carro pode lhe dar na gana de fazer queixa ele próprio (e visto que é a palavra de um contra o outro, mais vale prevenir).
E eu pergunto, porquê eu?... é condição necessária para se viver amenamente no trânsito lisboeta ser-se totó e deixar que nos passem a perna?!
abril 12, 2005
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