Estava eu a escrever este post ontem e lembrei-me de uma investigação que li ou vi recentemente sobre Alzheimer* (sim... o alemão).
Baseado no estudo de uma espécie de convento, em que as irmãs são muito dadas ao cultivo da mente, leem quantidades fenomenais de livros por ano, e em que as idades se compreendem entre os 70's e os 90's anos (com uma senhora de 100 e picos), verifica-se que não andam alemães* (ou alemãos, ou alemões... enfim, variaçães!) por ali... e isso implica que na patogénese da atrofia cortical cerebral que se verifica na doença de Alzheimer, está implicado o velho conceito de "uso e desuso" Lamarckista...
À parte do interessante que isso é (pelo menos para mim) cientificamente falando, do interessante que isso é ironicamente falando (please... Lamarck?!), desperta-me a curiosidade... e gera conflitos internos por informações contraditórias (estou a fazer curto-circuito, basicamente):
- essa velha máxima "o saber não ocupa lugar"
- a estimulação da memória dá lugar a mais memória
- a estimulação da memória faz com que a sua degradação senil (fisiológica, normal) ou mesmo patológica (como na D. Alzheimer) seja mais tardia ou mesmo inexistente,
contra o indismentível facto de que:
- quanto mais** coisas sei, mais delas me esqueço
- quanto mais** estudo, mais torpe fica a minha linguagem
- quanto mais** sei sobre a minha área, mais burra me sinto nas outras
- quanto mais** sei, mais facilmente me esqueço onde pus as chaves de casa, do que ia buscar ao quarto, do que ia a dizer na palavra seguinte, etc.
Estou a necessitar deseseradamente de Cerebrum, ou Mentalex outros "medicamentos" de nome idiota, com efeitos puramente placebo...
**- inevitavelmente, quanto mais vivo, mais sei... por isso isto não é uma expressão de auto-importância exacerbada, antes uma constatação La Placiana
PS: porque é que eu pareço uma pseudo-intelectual a escrever?! *just shoot me*
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário