...vou perdendo a confiança nas pessoas e nas coisas;
...vou ganhando confiança em mim;
...vou dependendo mais de mim própria;
...vou depositando em mim tarefas cada vez mais difíceis e/ou trabalhosas;
...vou olhando para as pessoas, e cada vez menos são as que me desencadeiam um pensamento do tipo "gostaria de ser como tu";
...(o que me lembra) vou sendo cada vez menos ingénua e ganhando a capacidade de ver as coisas pelo que elas são (se não à primeira, rapidamente);
...vou perdendo um dos meus traços mais característicos, que é a certeza de que tudo e todos são bons intrínsecamente... troquei-o (fui trocando) pela certeza de que poucos são bons intrínsecamente, os outros são maus/mal-formados/mal-intencionados/etc;
...vou dando cada vez mais valor à presença dos meus amigos, à partilha do que é importante, para eles e para mim, entre nós;
...vou aprendendo que para tudo é preciso se trabalhar: um emprego (suponho eu!), um curso, um namoro, uma amizade de longo curso, uma amizade emergente, uma relação com todos os outros que não nos dizem nada;
...vou tentando aprender que a paciência é realmente uma virtude, que nem sempre lutar contra os moinhos e repôr a verdade é uma boa estratégia;
...vou-me apercebendo que não consigo deixar de lutar contra os moinhos;
...cada vez mais me convenço que tenho esta conversa de quarentona em crise de meia idade, que tenho os pensamentos de quarentona, gostos de quarentona, mas que não passo de uma criançola, que adora sê-lo e que enquanto puder (e sempre que puder) o será.
Ponderar é que dá as rugas, não o envelhecer...
abril 12, 2005
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