abril 30, 2005
Silenzio
Ainda a Fraguinha, num momento pseudo-artístico. Lembrou-me os tempos do antigamente, sem tecnologias (inclusivé as necessárias para tirar esta foto)... 2 pastoras e o seu rebanho.
Fim de semana... ou a extensão
Eu só queria descansar... acabado o que (espero e) penso ser o último estágio muito complicado desta cadeira, feitas as avaliações e perdidas as horas de sono habituais de quem não foi feito para acordar às 7am e como tal continua a adormecer às 2am, estou como seria de esperar (e como acontece sempre aos fins de semana) cansada... confesso com vergonha, que a uma 6ª feira à noite, estava a bezerrar às 9pm... despertei mais ou menos quando fui para a cama, que dá sempre jeito.
Queria dormir, queria vegetar, queria ir ler um livro para uma esplanada... queria um fim de semana, sem ter que estudar, trabalhar, preparar coisas para a associação, para a coordenação do grupo... mas há sempre qualquer coisa.
Além de cansada, estou farta (que é outra forma de cansaço).
Queria dormir, queria vegetar, queria ir ler um livro para uma esplanada... queria um fim de semana, sem ter que estudar, trabalhar, preparar coisas para a associação, para a coordenação do grupo... mas há sempre qualquer coisa.
Além de cansada, estou farta (que é outra forma de cansaço).
abril 29, 2005
Perspectivas e texturas
abril 28, 2005
You go and save the best for last...[*]
Pela primeira vez em nem sei quantos anos resolvi ser indulgente com a minha gula e preparar um regalo... com o meu bifinho suculento (o chamado tenderloin ou lombo tenro...) e cru, tenro e saboroso, acompanhado por umas batatas (também suculentas e cruas por acaso... não se pode ter tudo!) estava a preparar-me para comer uma molhanga de natas e cogumelos. Nunca ponho natas em nada, troco-as por leite, que faz o mesmo efeito se se deixar ferver q.b. Mas hoje não... apetecia-me o corpo das natas, a maneira como o sal e a pimenta ficam tão melhores num molho de nata que num molho de leite...
Apetecia-me e fiquei-me por isso, porque preparava-me para atacar os cogumelos, as batatas que sobravam mais que muitas por ter comido nacos de carne sem acompanhamento, a dita molhanga de natas e o último pedaço de bife (o mais suculento, limpo e cru por dentro estando tostadinho por fora... o pedaço perfeito!) e cai-me o prato da secretária (esta minha mania de comer e trabalhar ou “trabalhar” ao mesmo tempo), suja-me as calças, suja-me a alcatifa, suja-me o portátel (recém-adquirido), suja-me a malinha do portátel (vinha com o portátel e como tal é recém-adquirida também)... enquanto apanhava cogumelos do chão queixava-me qual velha “ai os meus cogumelinhos” irritada por guardar para o fim aquilo que me dá mais prazer.
Não só não comi a iguaria, como ainda tive que lavar a alcatifa, o computador, o maple, mudar de roupa... enfim... para a próxima já sei: grelhadinho é que é apetitoso e tem a vantagem de ser saudável e não engordar! (e não sujar a alcatifa...)
*Vanessa Williams
Apetecia-me e fiquei-me por isso, porque preparava-me para atacar os cogumelos, as batatas que sobravam mais que muitas por ter comido nacos de carne sem acompanhamento, a dita molhanga de natas e o último pedaço de bife (o mais suculento, limpo e cru por dentro estando tostadinho por fora... o pedaço perfeito!) e cai-me o prato da secretária (esta minha mania de comer e trabalhar ou “trabalhar” ao mesmo tempo), suja-me as calças, suja-me a alcatifa, suja-me o portátel (recém-adquirido), suja-me a malinha do portátel (vinha com o portátel e como tal é recém-adquirida também)... enquanto apanhava cogumelos do chão queixava-me qual velha “ai os meus cogumelinhos” irritada por guardar para o fim aquilo que me dá mais prazer.
Não só não comi a iguaria, como ainda tive que lavar a alcatifa, o computador, o maple, mudar de roupa... enfim... para a próxima já sei: grelhadinho é que é apetitoso e tem a vantagem de ser saudável e não engordar! (e não sujar a alcatifa...)
*Vanessa Williams
O Homem que diz Adeus...
Sempre que passo pela Fontes Pereira de Melo procuro-o para que nunca deixe de lhe acenar... e já falei até com ele. É de facto uma ternura de pessoa, com uma solidão que salta à vista.
Mandaram-me a história dele pelo mail e resolvi postá-la, porque pode haver quem não a conheça ainda.
Para quem não o conhece, é imperativo passar no Saldanha por volta das 23h e desfrutar de um momento que já faz parte da "nossa" cidade! Como é possível um simples gesto proporcionar um momento, apesar de um pouco "estranho", agradável para quem passa... Afinal se não fossem estas "pequenas" diferenças, a vida seria sempre igual... O homem que diz adeus. É ele o homem que noite após noite acena aos carros que passam na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa. É por ele que tocam as buzinas, que se atiram beijos e sorrisos, que se gritam «boas noites!» e «adeus!», numa «onda de comunicação» que já dura há três anos e que nem sequer ele sabe explicar muito bem como começou. Numa cidade de estranhos em mundos fechados, este é o seu «milagre». E é também o seu remédio.
Há quem lhe chame o «senhor do adeus». Mas «senhor» é coisa que detesta que lhe chamem. Aos 72 anos, João Paulo Serra tem a inocência de uma criança, o espírito de um jovem, mas o olhar nostálgico de um ancião que sente «ter aprendido com a vida tarde de mais». A sua roupa clássica e a ondulação do cabelo grisalho disfarçada com gel, dão-lhe um ar meio aristocrático, que já faz parte da paisagem do Saldanha.
Todos o conhecem e quem trabalha nas redondezas sabe o seu percurso de cor. «Chega por volta das onze, meia-noite... Começa pela zona do Monumental, vai descendo a rua até ao Marquês e depois sobe, parando sempre em pontos estratégicos. Nunca falha.» Arménio é chefe de mesa na marisqueira Maracanã e já lhe serviu alguns jantares. «É muito simpático. Quando passa aqui, acenamos-lhe pela janela. Só não sei: por que é que faz isto?» João começa por dizer que não sabe bem, mas, a pouco e pouco, interrompendo sempre para acenar, vai desvendando o mistério.
Tudo começou há três anos e meio, depois da morte da mãe, com quem vivia. Precisava de se distrair, incomodava-o a ideia de estar sozinho em casa. Um dia, aconteceu. Já reparara que as pessoas o cumprimentavam sem razão, nos centros comerciais e, sem saber como nem porquê, surgiu o primeiro aceno na estrada. Depois veio outro e outro, e o acaso virou fenómeno. «No início era só rapaziada nova, mas depois contagiei todo o tipo de gente», explica sem esconder um certo orgulho. Graças ao seu «milagre», já deu entrevistas para a televisão e para os jornais, apareceu em dois filmes e até num teledisco. «Sempre quis ser actor, mas nunca me deixaram...». Ou nunca teve coragem de tentar. Algumas dezenas de acenos mais tarde, já não são um João risonho e despreocupado, «com imensos amigos» com quem vai «ao teatro e ao cinema», que fala por detrás dos óculos de massa negra.
Nos olhos cinzentos, estão duas lágrimas contidas. Pelo passado, pelo presente e por um futuro que não chega. Com um raciocínio de fazer inveja aos mais novos, o louco, o excêntrico, transforma-se lentamente num avô contador de histórias, que lê Agatha Christie para combater o medo ao andar de avião, que não tem telemóvel porque detesta máquinas
Nsceu no seio de uma família muito rica. Até aos dez anos, viveu num enorme palacete do Tomás Ribeiro, cobiçado mesmo pelo próprio Gulbenkian. «Que saudades tenho desse tempo... A casa estava sempre cheia de família e amigos...». Mimado desde bebé, fez a instrução primária toda em casa, com um professor particular, pois no primeiro dia de aulas no Colégio Parisiense chorou tanto, que os pais não tiveram coragem de o mandar de volta. «Fui criado numa redoma de vidro», confessa, explicando: «Naquela época era tudo muito diferente, havia muitos tabus.» Depois do divórcio dos seus progenitores, quando tinha 13 anos, João foi morar para o Restelo com o pai. Por ele, inscreveu-se em Direito, mas depressa desistiu, «era muito chato».
Depois de uma igualmente curta passagem pelo curso de Histórico-Filosóficas, o pai, «que não sabia o que fazer» com ele, mandou-o para Londres, com o irmão.
«Foram três anos fantásticos. Tinha um grupo de amigos fabuloso, com quem viajei imenso. Teria lá ficado, se não fosse tão agarrado à família...» Sem quase pôr os pés nas aulas, regressou a Portugal e, depois da morte do pai, pouco tempo depois, foi morar com a mãe, de quem não se separou até ao último dia da sua vida. «Viajámos muito os dois. Todos os anos íamos a Paris e Madrid. Conheço a Europa inteira, excepto a Grécia...» E o olhar perde-se num momento só dele, como se pensasse alto. Quando a mãe morreu, «ficou desasado». E talvez por isso esteja todas as noites a «comunicar». Admite que o que faz «não é muito normal», mas não passa sem isso. É o remédio que lhe permite disfarçar a solidão que o consome e o faz olhar para o passado com arrependimento, por não ter ousado viver a sua vida em vez da dos outros. «Às vezes penso que foi tudo inútil...» No baú dos sonhos perdidos, jaz o curso que não tirou, o trabalho que nunca fez, os filhos que não teve e, pior, o grande amor que nunca conheceu.
«Sinto-me só. Incompleto. Como se algo estivesse a falhar.» E assim lacrimeja quando vê um casal idoso de mãos dadas, ou quando dois rapazes, que diz «reconhecer do subconsciente», param o jipe para tirar uma fotografia com ele. «Encontramo-nos no céu», repete, aludindo ao que um diplomata ucraniano lhe disse uma vez. O homem do lixo atira-lhe o derradeiro aceno da noite.
Mandaram-me a história dele pelo mail e resolvi postá-la, porque pode haver quem não a conheça ainda.
Para quem não o conhece, é imperativo passar no Saldanha por volta das 23h e desfrutar de um momento que já faz parte da "nossa" cidade! Como é possível um simples gesto proporcionar um momento, apesar de um pouco "estranho", agradável para quem passa... Afinal se não fossem estas "pequenas" diferenças, a vida seria sempre igual... O homem que diz adeus. É ele o homem que noite após noite acena aos carros que passam na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa. É por ele que tocam as buzinas, que se atiram beijos e sorrisos, que se gritam «boas noites!» e «adeus!», numa «onda de comunicação» que já dura há três anos e que nem sequer ele sabe explicar muito bem como começou. Numa cidade de estranhos em mundos fechados, este é o seu «milagre». E é também o seu remédio.
Há quem lhe chame o «senhor do adeus». Mas «senhor» é coisa que detesta que lhe chamem. Aos 72 anos, João Paulo Serra tem a inocência de uma criança, o espírito de um jovem, mas o olhar nostálgico de um ancião que sente «ter aprendido com a vida tarde de mais». A sua roupa clássica e a ondulação do cabelo grisalho disfarçada com gel, dão-lhe um ar meio aristocrático, que já faz parte da paisagem do Saldanha.
Todos o conhecem e quem trabalha nas redondezas sabe o seu percurso de cor. «Chega por volta das onze, meia-noite... Começa pela zona do Monumental, vai descendo a rua até ao Marquês e depois sobe, parando sempre em pontos estratégicos. Nunca falha.» Arménio é chefe de mesa na marisqueira Maracanã e já lhe serviu alguns jantares. «É muito simpático. Quando passa aqui, acenamos-lhe pela janela. Só não sei: por que é que faz isto?» João começa por dizer que não sabe bem, mas, a pouco e pouco, interrompendo sempre para acenar, vai desvendando o mistério.
Tudo começou há três anos e meio, depois da morte da mãe, com quem vivia. Precisava de se distrair, incomodava-o a ideia de estar sozinho em casa. Um dia, aconteceu. Já reparara que as pessoas o cumprimentavam sem razão, nos centros comerciais e, sem saber como nem porquê, surgiu o primeiro aceno na estrada. Depois veio outro e outro, e o acaso virou fenómeno. «No início era só rapaziada nova, mas depois contagiei todo o tipo de gente», explica sem esconder um certo orgulho. Graças ao seu «milagre», já deu entrevistas para a televisão e para os jornais, apareceu em dois filmes e até num teledisco. «Sempre quis ser actor, mas nunca me deixaram...». Ou nunca teve coragem de tentar. Algumas dezenas de acenos mais tarde, já não são um João risonho e despreocupado, «com imensos amigos» com quem vai «ao teatro e ao cinema», que fala por detrás dos óculos de massa negra.
Nos olhos cinzentos, estão duas lágrimas contidas. Pelo passado, pelo presente e por um futuro que não chega. Com um raciocínio de fazer inveja aos mais novos, o louco, o excêntrico, transforma-se lentamente num avô contador de histórias, que lê Agatha Christie para combater o medo ao andar de avião, que não tem telemóvel porque detesta máquinas
Nsceu no seio de uma família muito rica. Até aos dez anos, viveu num enorme palacete do Tomás Ribeiro, cobiçado mesmo pelo próprio Gulbenkian. «Que saudades tenho desse tempo... A casa estava sempre cheia de família e amigos...». Mimado desde bebé, fez a instrução primária toda em casa, com um professor particular, pois no primeiro dia de aulas no Colégio Parisiense chorou tanto, que os pais não tiveram coragem de o mandar de volta. «Fui criado numa redoma de vidro», confessa, explicando: «Naquela época era tudo muito diferente, havia muitos tabus.» Depois do divórcio dos seus progenitores, quando tinha 13 anos, João foi morar para o Restelo com o pai. Por ele, inscreveu-se em Direito, mas depressa desistiu, «era muito chato».
Depois de uma igualmente curta passagem pelo curso de Histórico-Filosóficas, o pai, «que não sabia o que fazer» com ele, mandou-o para Londres, com o irmão.
«Foram três anos fantásticos. Tinha um grupo de amigos fabuloso, com quem viajei imenso. Teria lá ficado, se não fosse tão agarrado à família...» Sem quase pôr os pés nas aulas, regressou a Portugal e, depois da morte do pai, pouco tempo depois, foi morar com a mãe, de quem não se separou até ao último dia da sua vida. «Viajámos muito os dois. Todos os anos íamos a Paris e Madrid. Conheço a Europa inteira, excepto a Grécia...» E o olhar perde-se num momento só dele, como se pensasse alto. Quando a mãe morreu, «ficou desasado». E talvez por isso esteja todas as noites a «comunicar». Admite que o que faz «não é muito normal», mas não passa sem isso. É o remédio que lhe permite disfarçar a solidão que o consome e o faz olhar para o passado com arrependimento, por não ter ousado viver a sua vida em vez da dos outros. «Às vezes penso que foi tudo inútil...» No baú dos sonhos perdidos, jaz o curso que não tirou, o trabalho que nunca fez, os filhos que não teve e, pior, o grande amor que nunca conheceu.
«Sinto-me só. Incompleto. Como se algo estivesse a falhar.» E assim lacrimeja quando vê um casal idoso de mãos dadas, ou quando dois rapazes, que diz «reconhecer do subconsciente», param o jipe para tirar uma fotografia com ele. «Encontramo-nos no céu», repete, aludindo ao que um diplomata ucraniano lhe disse uma vez. O homem do lixo atira-lhe o derradeiro aceno da noite.
Calling you
Uma conversa e uma visita a casa da Mariana (de facto, há coincidências...) relembraram-me esta música que adoro. É discutível qual a melhor versão (Nina Simone, Jeff Buckley, George Michael, e a senhora que canta na casa da Mariana que eu não sei quem é)... a minha opinião pessoal é que é(sem desprimor dos restantes, que adoro... excepto a senhora que canta na casa da Mariana, que não sei quem é), e para mim indiscutivelmente, a do Jeff Buckley.
A desert road from vegas to nowhere
Someplace better than where you've been
A coffee machine that needs some fixin'
In a little cafe just around the bend
I am calling you
Can't you hear me?
I am calling you
A hot dry wind blows right through me
The baby's crying and I can't sleep
But we both know that a change is coming
Come in closer, sweet release
I am calling you
Can't you hear me?
I am calling you
Desert road from vegas to nowhere
Jevetta Steele
A desert road from vegas to nowhere
Someplace better than where you've been
A coffee machine that needs some fixin'
In a little cafe just around the bend
I am calling you
Can't you hear me?
I am calling you
A hot dry wind blows right through me
The baby's crying and I can't sleep
But we both know that a change is coming
Come in closer, sweet release
I am calling you
Can't you hear me?
I am calling you
Desert road from vegas to nowhere
Jevetta Steele
abril 27, 2005
Era uma vez...
* Palácio da Pena, visto do Castelo de Mouros.
There is a castle on a cloud,
I like to go there in my sleep,
Aren't any floors for me to sweep,
Not in my castle on a cloud.
There is a room that's full of toys,
There are a hundred boys and girls,
Nobody shouts or talks too loud,
Not in my castle on a cloud.
There is a lady all in white,
Holds me and sings a lullabye,
She's nice to hear and she's soft to touch,
She says "Cosette, I love you very much."
I know a place where no one's lost,
I know a place where no one cries,
Crying at all is not allowed,
Not in my castle on a cloud.
[Les Misérables - castle on a cloud]
Profile of a dog
Da esquerda para a direita: aos 5 meses, aos 6 meses e num afã partidário com 2 anos.
Hoje quando o fui passear estava todo contente, fartou-se de correr e já me parecia o meu Argos de outrora... que alívio!
Depois a querer fazer um grande show-off para a M., estive a mostrar-lhe as proezas que ele faz (e as quais já não treinava no mínimo há um ano)... pois que o meu cão lindo sentou, deitou, voltou a sentar, deu a pata, deu a outra, rebolou... e a proeza mais engraçada: ao ouvir a palavra "banho" e com uma menção de o puxar pela coleira, rosnou-me suavemente como que a dizer-me "não abuses!".
Acrescento a proeza que a Mistinguette referiu (como já estou mais que habituada não a considero uma proeza, mas de facto é digna de menção *proud smiley*)... o meu cão chega ao patamar do prédio e senta-se à porta do elevador. Quando o elevador chega, ele levanta-se e vai-se sentar no seu cantinho próprio, a menos que alguém o esteja a ocupar... se por ventura ele não foi para lá porque não conseguia passar ao comando "para o teu lugar" ele levanta-se e vai para o dito cantinho *even prouder smiley*. Chegando à porta de casa, senta-se e espera que voltemos da cozinha onde fomos buscar a toalha para lhe limpar as patas... e só entra quando se der ordem para tal *"my dog is the greatest" kind of smiley*
És uma vergonha de cão d'água, mas és um amor de cão!
abril 26, 2005
abril 25, 2005
Ode to the dog
Saí de casa a seguir ao almoço acompanhada do canídeo e fui passear com ele para a expo. Fartou-se de correr (à sua maneira... é um cãozito recatado e sobretudo pachorrento... além de velho, claro), de mirar os cães e transeuntes, irritou-se com o seu amigo caju que era energético demais para os seus longos 10 quase 11 anos, e meteu-se numa briga com um cão que passava (ainda estou para entender como se gerou uma briga tão espontânea... o meu cão é territorial mas não tanto). De resto portou-se lindamente!
Mas deu para perceber que os anos passaram por ele, e de que maneira... ele há nem um ano atrás era um nadinha mais vivaço, corria atrás dos cães, fugia dos que corriam atrás dele... o meu cãozinho lindo está velhinho! *snif* Pus-me a pensar no dia em que ele morrer... e não sei qual será a minha reacção. Já não me lembro da minha casa sem o meu Argos... o monstro pachorrento, bola de pelo, preto que não se vê no escuro e que gosta de se por no caminho.
Ainda me lembro de quando ele veio para minha casa, com 3 meses... um peluchinho autêntico, e mesmo então pachorrento! A criadora ainda mentiu e disse que ele normalmente era mais agitado, mas viu-se logo que não o era (e a bem ver, ainda bem!)... uma semana depois de o vermos pela 1ª vez, ficámos com ele, fomos 3 irmãos passeá-lo ao jardim (nunca mais tal coisa aconteceu... hoje em dia é é difícil arranjar alguém que nos substitua nesta tarefa) e ele andava muito contente a saltitar entre nós os 3...
Lembro-me de querer à força toda andar com ele ao colo (o meu relógio biológico já há muito tempo que anda a dar horas...) e fazer dele o meu bébé... mas ele não gostava nem por nada, o sacaninha... ainda hoje não gosta de muitas frescuras: cheirar os rabinhos dos outros cães tudo bem, mas andar ao colo é coisa de poodle!
Mas deu para perceber que os anos passaram por ele, e de que maneira... ele há nem um ano atrás era um nadinha mais vivaço, corria atrás dos cães, fugia dos que corriam atrás dele... o meu cãozinho lindo está velhinho! *snif* Pus-me a pensar no dia em que ele morrer... e não sei qual será a minha reacção. Já não me lembro da minha casa sem o meu Argos... o monstro pachorrento, bola de pelo, preto que não se vê no escuro e que gosta de se por no caminho.
Ainda me lembro de quando ele veio para minha casa, com 3 meses... um peluchinho autêntico, e mesmo então pachorrento! A criadora ainda mentiu e disse que ele normalmente era mais agitado, mas viu-se logo que não o era (e a bem ver, ainda bem!)... uma semana depois de o vermos pela 1ª vez, ficámos com ele, fomos 3 irmãos passeá-lo ao jardim (nunca mais tal coisa aconteceu... hoje em dia é é difícil arranjar alguém que nos substitua nesta tarefa) e ele andava muito contente a saltitar entre nós os 3...
Lembro-me de querer à força toda andar com ele ao colo (o meu relógio biológico já há muito tempo que anda a dar horas...) e fazer dele o meu bébé... mas ele não gostava nem por nada, o sacaninha... ainda hoje não gosta de muitas frescuras: cheirar os rabinhos dos outros cães tudo bem, mas andar ao colo é coisa de poodle!
abril 24, 2005
Sábado à noite ao volante...
Ora pelo título, já se adivinha o que vem a seguir... é verdade! É isso mesmo que estarão a pensar: mais um magnífico filme, classe B, com guião improvisado...
Vinha eu pela marginal, a conduzir airosamente naquelas curvas à la monaco de que tanto gosto, quando começa a acontecer o de sempre: os imbecis que não perceberam que o sinal cai sempre que eles passam pelo radar sinalizado com luzes amarelas, com a velocidade limite marcada... might as well be a million dollars... imaginei-os (como imagino sempre) a rogar pragas ao seu azar por estarem a apanhar uma maré vermelha... e depois segue a vontade de os sovar por serem burros. Isto e o senhor que às 3am achou ser uma boa hora para ir pescar, começaram por tornar o meu início de viagem interessante e afastar-me o sono.
Mas a aventura começa no acesso à A5... pois que uma Passat se impacienta com a minha (estranhamente) calma condução de fim de noite, pois que ela se cola a mim na descida de acesso à A5 e começa a andar pela berma... pensei sinceramente que me fosse ultrapassar por ali, mas lá se conteve (e ainda bem, porque com a porcaria de travões com que estou, lá tinha que fazer a curva à maçarica e ainda nos espetávamos os dois). Ao chegar à faixa de aceleração, vinha um carro na faixa da direita e como tal travei (é uma mania estranha que eu tenho... dar prioridade a quem a tem), e a passat faz-me sinal de luzes... o carro que ia na faixa da direita por acaso foi simpático e travou, e então eu acelerei e meti-me na faixa da direita, e a passat fez-me novo sinal de luzes porque não se conseguiu meter antes do tal carro... ultrapassou-o furiosamente e aproximou-se de mim, nitidamente em cima da minha faixa (antevi filme) sempre de máximos ligados... ao passar-me ao lado, atirou-se para cima de mim... lá galguei eu a berma para não levar com ele em cima, e travei para deixar a besta passar.
Este senhor (ou senhora... mas quase que ponho as mãos no fogo que este tipo de atitude vem de um macho) acha nitidamente que o mundo gira à sua volta... que no acesso à autoestrada eu estava a travar não porque a curva é apertada e tem uma inclinação de 10%... não! Que disparate... eu estava a travar para o irritar, claro!
E na faixa de aceleração, eu fiz aquilo nitidamente para que ele não tivesse espaço para se meter, então não é óbvio?! Qualquer epsilon-bruto entende que a atitude normal ao chegar a uma auto-estrada é atirar-se para cima do 1º carro que tiver a triste ideia de vir na faixa da direita, então?!...
Eu pergunto-me o que é que eu tenho... se é sorte, se é sina, se é um sinal luminoso equivalente à folhinha nas costas a dizer "kick me"... ainda não descobri, mas não descanso até conseguir... ou até não conseguir evitar os acidentes que estes imbecis me atiram para o colo...
E depois fico muito chocada quando vejo um carro desfeito na estrada... capotado, ou cortado ao meio... [querias o quê? Milagres?!...]
Vinha eu pela marginal, a conduzir airosamente naquelas curvas à la monaco de que tanto gosto, quando começa a acontecer o de sempre: os imbecis que não perceberam que o sinal cai sempre que eles passam pelo radar sinalizado com luzes amarelas, com a velocidade limite marcada... might as well be a million dollars... imaginei-os (como imagino sempre) a rogar pragas ao seu azar por estarem a apanhar uma maré vermelha... e depois segue a vontade de os sovar por serem burros. Isto e o senhor que às 3am achou ser uma boa hora para ir pescar, começaram por tornar o meu início de viagem interessante e afastar-me o sono.
Mas a aventura começa no acesso à A5... pois que uma Passat se impacienta com a minha (estranhamente) calma condução de fim de noite, pois que ela se cola a mim na descida de acesso à A5 e começa a andar pela berma... pensei sinceramente que me fosse ultrapassar por ali, mas lá se conteve (e ainda bem, porque com a porcaria de travões com que estou, lá tinha que fazer a curva à maçarica e ainda nos espetávamos os dois). Ao chegar à faixa de aceleração, vinha um carro na faixa da direita e como tal travei (é uma mania estranha que eu tenho... dar prioridade a quem a tem), e a passat faz-me sinal de luzes... o carro que ia na faixa da direita por acaso foi simpático e travou, e então eu acelerei e meti-me na faixa da direita, e a passat fez-me novo sinal de luzes porque não se conseguiu meter antes do tal carro... ultrapassou-o furiosamente e aproximou-se de mim, nitidamente em cima da minha faixa (antevi filme) sempre de máximos ligados... ao passar-me ao lado, atirou-se para cima de mim... lá galguei eu a berma para não levar com ele em cima, e travei para deixar a besta passar.
Este senhor (ou senhora... mas quase que ponho as mãos no fogo que este tipo de atitude vem de um macho) acha nitidamente que o mundo gira à sua volta... que no acesso à autoestrada eu estava a travar não porque a curva é apertada e tem uma inclinação de 10%... não! Que disparate... eu estava a travar para o irritar, claro!
E na faixa de aceleração, eu fiz aquilo nitidamente para que ele não tivesse espaço para se meter, então não é óbvio?! Qualquer epsilon-bruto entende que a atitude normal ao chegar a uma auto-estrada é atirar-se para cima do 1º carro que tiver a triste ideia de vir na faixa da direita, então?!...
Eu pergunto-me o que é que eu tenho... se é sorte, se é sina, se é um sinal luminoso equivalente à folhinha nas costas a dizer "kick me"... ainda não descobri, mas não descanso até conseguir... ou até não conseguir evitar os acidentes que estes imbecis me atiram para o colo...
E depois fico muito chocada quando vejo um carro desfeito na estrada... capotado, ou cortado ao meio... [querias o quê? Milagres?!...]
abril 23, 2005
Neeext
Introducing Ms. esquizoide
A Mariana (desculpa, mas só ontem à noite soube que tinhas sido tu a fazê-lo!...) achou que eu era assim... bom, opiniães!
Acho que tenho que rever o meu guarda-roupa e acessórios, porque estou algures entre uma charlie angel (mas das dos anos 70, não estas giras dos anos 90...), a mosca (filme celebérrimo do inicio da década de 90 ou fim de 80, não me alembro), ou uma evangelizadora testemunha de jeová (mas com telemóvel... o meu amigo inseparável!)...
É tão bom saber como os amigos nos vêem!... (domani te facciamo!!)
abril 22, 2005
New stage...
... e novo estágio (postas lado a lado, parece a tradução à letra, mas é coincidência).
A partir de hoje, já não sou uma cardiologista... terminei a semana em grande, a ver doentes sozinha e sem sequer necessitar do aval do meu tutor... ele ia só assinar as coisas e ler o que eu tinha escrito.
Tirando o mega vácuo que é a terapêutica nos meus conhecimentos, estou orgulhosa e já saudosa... o meu futuro está com toda a certeza nos corações.
A partir de hoje, já não sou uma cardiologista... terminei a semana em grande, a ver doentes sozinha e sem sequer necessitar do aval do meu tutor... ele ia só assinar as coisas e ler o que eu tinha escrito.
Tirando o mega vácuo que é a terapêutica nos meus conhecimentos, estou orgulhosa e já saudosa... o meu futuro está com toda a certeza nos corações.
abril 20, 2005
Parábolas dos tempos modernos: a rosa e a couve-flor
Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse:
- Que petulância chamarem-te de Flor!
Tens a pele áspera e a minha é lisa e sedosa.
Tens um cheiro desagradável e meu perfume é sensual e envolvente.
Tens um corpo grosseiro e o meu é delicado e elegante...
Eu, sim... sou uma flor!
E a couve-flor respondeu:
- Querida....o que adianta ser tão linda se ninguém te come...
- Que petulância chamarem-te de Flor!
Tens a pele áspera e a minha é lisa e sedosa.
Tens um cheiro desagradável e meu perfume é sensual e envolvente.
Tens um corpo grosseiro e o meu é delicado e elegante...
Eu, sim... sou uma flor!
E a couve-flor respondeu:
- Querida....o que adianta ser tão linda se ninguém te come...
abril 19, 2005
Supa esquizoide the cardiologist
Esta semana estarei a fazer consultas sozinha...ontem falei com os doentes que me calharam; hoje acompanhei uma doente, falei só eu com ela, escrevi o diário clínico dela, fui fazer-lhe um ecocardiograma (sozinha... nunca tinha feito tal coisa... foi lindo!), e prescrevi-lhe medicação.
É claro que o médico foi por trás confirmar tudo, mas soube bem just the same... e supostamente fiz tudo bem excepto auscultar a senhora com o soutien vestido (ela, não eu!). Estou mesmo feliz com este estágio!!
É claro que o médico foi por trás confirmar tudo, mas soube bem just the same... e supostamente fiz tudo bem excepto auscultar a senhora com o soutien vestido (ela, não eu!). Estou mesmo feliz com este estágio!!
Guiados pela mão
Fim de tarde maravilhoso... já há tempo demais que não ia passear para Cascais. Fui lanchar à casa da guia, passeei pela boca do Inferno e ainda fui respirar o ar de maresia... como eu adoro a linha. Acho que quem passou a infância naquele pedaço de costa nunca mais perde o amor àquelas paisagens, àquelas praias, àquela marginal (tão boa de se conduzir)...
Chego à conclusão que sou mesmo marrona, porque os meus amigos tiveram que me convencer a não ir para casa estudar e acompanhá-los...
Quando me vieram pôr ao carro, pareceu-me ouvir na rádio que já havia papa... fomos à radio renascença e descobrimos que sim... quando ouvi o nome do Ratzinger até me caíu o queixo... como é possível?! deus me perdoe, mas o que vale é que ele já é velhote e doente...
Chego à conclusão que sou mesmo marrona, porque os meus amigos tiveram que me convencer a não ir para casa estudar e acompanhá-los...
Quando me vieram pôr ao carro, pareceu-me ouvir na rádio que já havia papa... fomos à radio renascença e descobrimos que sim... quando ouvi o nome do Ratzinger até me caíu o queixo... como é possível?! deus me perdoe, mas o que vale é que ele já é velhote e doente...
Os estafetas cibernéticos
Bom, a Boo rogou-me a praga... e eu como boa ameaça à saúde pública aqui a venho disseminar!
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Também não percebo esta pergunta... eu até conheço o livro, mas a pergunta não faz sentido... olha, quereria ser um livro interessante o suficiente para não ser queimado.
Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Esta escapou-me à primeira vista... assim de repente não estou a ver... só se for o Mr. Darcy do Pride and Prejudice, sempre delirei com o homem, e assim que escolheram o Colin Firth para o personificar no ecrã ainda mais delirei...
Qual foi o último livro que compraste?
1984 do George Orwell (há coisa de 5 minutos, na amazon... cheguei à conclusão que não o tinha, vejam lá o disparate! Um dos meus livros favoritos e tudo...)
Que livros estás a ler?
Supostamente só se deveria ler um livro de cada vez, acho má prática o contrário! E dito isto, a minha listinha (porque presumo que contem os da faculdade :P)
As vidas de Jesus – Mark Tully
Washington’s manual of medical therapeutics 10th edition (an all-time best seller!! *risos*)
Hurst’s the heart 10th edition (another one!)
Diseases of the heart - friedberg
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Ora 5... isso é complexo...
- levava um de mecânica ou bricolage de modo a me ensinar a fazer coisas que me tirassem de lá (eu penso sempre é no como sair, não no como ficar);
- Inominável, Molloy, Malone dies, Murphy do Beckett... penso que nem a eternidade a lê-los os tornaria desinteressantes ou mais facilmente entendíveis;
- Não podia deixar de levar um (ou todos) do Milan Kundera... adoro e já há tempo de mais que não o releio, era uma boa oportunidade (being in a desert island and all...);
- A Biblia, ou os Lusíadas... não que tenha especial interesse em lê-los, mas não só ocupam muito tempo de leitura, como em caso de frio dão mais lenha (e voltamos ao fahrenheit 451) do que um paperback qualquer;
- Um livro velhinho velhinho que li na minha infância e que acho adorável: As primas da província – Germaine Acremaint. É delicioso...
- E as obras completas da jane austen... para já é sempre bom recordar, depois treina-se o inglês, e finalmente, estão tão bem escritos que se consegue fazer o filme completo na cabeça, e não há melhor maneira de passar a eternidade do que a ver filmes (mesmo que seja um "the movie in my mind"*)... sure beats talking to a wilson volleyball.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê
Ora assim de repente pessoas... pois, tenho o mesmo problema que a P., porque de facto o meu universo bolguístico é mínimo (e graças a deuze)... mas vejamos:
- a azithro
- o tiago
- a pitseleh
(não se sintam honrados... achei simplesmente que seriam os únicos a ter paciência... espero não me enganar :P)... e não sendo um 4º elemento, mas uma condição sine qua non, acrescento a Mistinguette, como co-autora deste blog tem mais que obrigação de fazer um post a responder ;)
[*] do Miss Saigon.
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Também não percebo esta pergunta... eu até conheço o livro, mas a pergunta não faz sentido... olha, quereria ser um livro interessante o suficiente para não ser queimado.
Já alguma vez ficaste apanhadinha(o) por um personagem de ficção?
Esta escapou-me à primeira vista... assim de repente não estou a ver... só se for o Mr. Darcy do Pride and Prejudice, sempre delirei com o homem, e assim que escolheram o Colin Firth para o personificar no ecrã ainda mais delirei...
Qual foi o último livro que compraste?
1984 do George Orwell (há coisa de 5 minutos, na amazon... cheguei à conclusão que não o tinha, vejam lá o disparate! Um dos meus livros favoritos e tudo...)
Que livros estás a ler?
Supostamente só se deveria ler um livro de cada vez, acho má prática o contrário! E dito isto, a minha listinha (porque presumo que contem os da faculdade :P)
As vidas de Jesus – Mark Tully
Washington’s manual of medical therapeutics 10th edition (an all-time best seller!! *risos*)
Hurst’s the heart 10th edition (another one!)
Diseases of the heart - friedberg
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Ora 5... isso é complexo...
- levava um de mecânica ou bricolage de modo a me ensinar a fazer coisas que me tirassem de lá (eu penso sempre é no como sair, não no como ficar);
- Inominável, Molloy, Malone dies, Murphy do Beckett... penso que nem a eternidade a lê-los os tornaria desinteressantes ou mais facilmente entendíveis;
- Não podia deixar de levar um (ou todos) do Milan Kundera... adoro e já há tempo de mais que não o releio, era uma boa oportunidade (being in a desert island and all...);
- A Biblia, ou os Lusíadas... não que tenha especial interesse em lê-los, mas não só ocupam muito tempo de leitura, como em caso de frio dão mais lenha (e voltamos ao fahrenheit 451) do que um paperback qualquer;
- Um livro velhinho velhinho que li na minha infância e que acho adorável: As primas da província – Germaine Acremaint. É delicioso...
- E as obras completas da jane austen... para já é sempre bom recordar, depois treina-se o inglês, e finalmente, estão tão bem escritos que se consegue fazer o filme completo na cabeça, e não há melhor maneira de passar a eternidade do que a ver filmes (mesmo que seja um "the movie in my mind"*)... sure beats talking to a wilson volleyball.
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê
Ora assim de repente pessoas... pois, tenho o mesmo problema que a P., porque de facto o meu universo bolguístico é mínimo (e graças a deuze)... mas vejamos:
- a azithro
- o tiago
- a pitseleh
(não se sintam honrados... achei simplesmente que seriam os únicos a ter paciência... espero não me enganar :P)... e não sendo um 4º elemento, mas uma condição sine qua non, acrescento a Mistinguette, como co-autora deste blog tem mais que obrigação de fazer um post a responder ;)
[*] do Miss Saigon.
abril 16, 2005
Post das lamentações
Estou a chegar muito próximo de um estado de burn-out... preciso urgentemente de descansar, de férias, de não ter preocupações, trabalhos, estudos, chatices, insónias matinais...
Pela primeira vez na minha vida, tenho enxaquecas... dores lancinantes e persistentes, estimuladas pela luz que a tornam intolerável... ando de oculinho da moda a conduzir de noite, para conseguir ver a estrada, que à custa das ditas dores de cabeça se afunila sem piedade no meu campo de visão.
Queria uma noite de 12h de sono... não peço mais nada.
Pela primeira vez na minha vida, tenho enxaquecas... dores lancinantes e persistentes, estimuladas pela luz que a tornam intolerável... ando de oculinho da moda a conduzir de noite, para conseguir ver a estrada, que à custa das ditas dores de cabeça se afunila sem piedade no meu campo de visão.
Queria uma noite de 12h de sono... não peço mais nada.
abril 12, 2005
Zodiac matches for your personality
Taurus, the Bull
(April 21 to May 21)
This warmhearted and determined partner is just your type. Initially, a Taurus may catch your eye with a romantic gesture or their penchant for having a good time. But as you get to know them, you're even more likely to be drawn to your Taurean's unwavering devotion and dedication. People born under this sign typically know what they want out of life and stick by the decisions they've made. This devotion to their own truths can make members of this sign seem stubborn or critical at times. However, know that most Taureans are also sentimental types who like to focus on their romantic relationships. In the bedroom, you're apt to find that the Bull is a creative and expressive lover with a high sex drive. It's just another aspect of their vital nature, one that finds pleasure in everyday things and has an eye for beauty.
by tickle
(April 21 to May 21)
This warmhearted and determined partner is just your type. Initially, a Taurus may catch your eye with a romantic gesture or their penchant for having a good time. But as you get to know them, you're even more likely to be drawn to your Taurean's unwavering devotion and dedication. People born under this sign typically know what they want out of life and stick by the decisions they've made. This devotion to their own truths can make members of this sign seem stubborn or critical at times. However, know that most Taureans are also sentimental types who like to focus on their romantic relationships. In the bedroom, you're apt to find that the Bull is a creative and expressive lover with a high sex drive. It's just another aspect of their vital nature, one that finds pleasure in everyday things and has an eye for beauty.
by tickle
Ginecas
Maravilhoso médico a quem pagamos para nos sentirmos como galinhas a serem depenadas... haverá situação menos dignificante do que estar perante um exame ginecológico?!
Gostei sobretudo da importância que o senhor doutor deu áquilo que segundo os meus tutores é o passo mais importante no diagnóstico e tratamento de qualquer doença, em qualquer especialidade: a história clínica. Tive que ter um débito de palavras por hora alucinante, reduzir ao máximo a informação importante, e deixar de parte muita informação, porque eu sendo a última doente dele, deveria estar em pulgas para se ir embora (por algum motivo ele apenas tinha 3 doentes para ver em toda a tarde)... ganhar dinheiro assim é maravilhoso...
Dá vontade de estudar muito, ir a muitos congressos e ser-se brilhante depois de formada... só para mostrar que nem todos são assim.
Gostei sobretudo da importância que o senhor doutor deu áquilo que segundo os meus tutores é o passo mais importante no diagnóstico e tratamento de qualquer doença, em qualquer especialidade: a história clínica. Tive que ter um débito de palavras por hora alucinante, reduzir ao máximo a informação importante, e deixar de parte muita informação, porque eu sendo a última doente dele, deveria estar em pulgas para se ir embora (por algum motivo ele apenas tinha 3 doentes para ver em toda a tarde)... ganhar dinheiro assim é maravilhoso...
Dá vontade de estudar muito, ir a muitos congressos e ser-se brilhante depois de formada... só para mostrar que nem todos são assim.
Trilogia ou "mais um filme"
Estava eu a caminho das aulas, quando numa avenida movimentada e com bastante trânsito, num entroncamento em que muitos carros ficam atravessados a meio, avançando com o sinal já vermelho, quando uma besta me começa a apertar naquela de se meter (quando o sinal já estava vermelho para ele há eras)... como sou rezingona e teimosa não deixei... como ele devia estar muito bem disposto continuou a apertar até me bater no espelho... passei-me e disse através do vidro fechado (aprendi a lição nos filmes anteriores) para o "senhor" ter calminha e não se armar em parvo.
Continuou a apertar-me, e virou o espelho dele...
Às tantas, colados lado a lado, lá lhe disse para passar, para não me chatear mais... ele virou o volante na direcção do meu carro e avançou... fiquei parva... fiquei mais parva quando senti o carro dele a roçar ao longo do meu... fiquei mais parva quando vi o carro dele todo riscado.
Saí do carro naquela de o sovar (confesso que o sovava na hora), mas ele como bom macho latino fugiu assim que pôde... tirei a matrícula e fui ver o meu carro que tinha apenas um risquinho no pára-choques... o deus do trânsito (poder-se-á extrapolar e chamá-lo Mercúrio) é justo, mas mesmo assim vou fazer queixa dele... até porque ele ao ver a merda que fez ao próprio carro pode lhe dar na gana de fazer queixa ele próprio (e visto que é a palavra de um contra o outro, mais vale prevenir).
E eu pergunto, porquê eu?... é condição necessária para se viver amenamente no trânsito lisboeta ser-se totó e deixar que nos passem a perna?!
Continuou a apertar-me, e virou o espelho dele...
Às tantas, colados lado a lado, lá lhe disse para passar, para não me chatear mais... ele virou o volante na direcção do meu carro e avançou... fiquei parva... fiquei mais parva quando senti o carro dele a roçar ao longo do meu... fiquei mais parva quando vi o carro dele todo riscado.
Saí do carro naquela de o sovar (confesso que o sovava na hora), mas ele como bom macho latino fugiu assim que pôde... tirei a matrícula e fui ver o meu carro que tinha apenas um risquinho no pára-choques... o deus do trânsito (poder-se-á extrapolar e chamá-lo Mercúrio) é justo, mas mesmo assim vou fazer queixa dele... até porque ele ao ver a merda que fez ao próprio carro pode lhe dar na gana de fazer queixa ele próprio (e visto que é a palavra de um contra o outro, mais vale prevenir).
E eu pergunto, porquê eu?... é condição necessária para se viver amenamente no trânsito lisboeta ser-se totó e deixar que nos passem a perna?!
À medida que o tempo passa...
...vou perdendo a confiança nas pessoas e nas coisas;
...vou ganhando confiança em mim;
...vou dependendo mais de mim própria;
...vou depositando em mim tarefas cada vez mais difíceis e/ou trabalhosas;
...vou olhando para as pessoas, e cada vez menos são as que me desencadeiam um pensamento do tipo "gostaria de ser como tu";
...(o que me lembra) vou sendo cada vez menos ingénua e ganhando a capacidade de ver as coisas pelo que elas são (se não à primeira, rapidamente);
...vou perdendo um dos meus traços mais característicos, que é a certeza de que tudo e todos são bons intrínsecamente... troquei-o (fui trocando) pela certeza de que poucos são bons intrínsecamente, os outros são maus/mal-formados/mal-intencionados/etc;
...vou dando cada vez mais valor à presença dos meus amigos, à partilha do que é importante, para eles e para mim, entre nós;
...vou aprendendo que para tudo é preciso se trabalhar: um emprego (suponho eu!), um curso, um namoro, uma amizade de longo curso, uma amizade emergente, uma relação com todos os outros que não nos dizem nada;
...vou tentando aprender que a paciência é realmente uma virtude, que nem sempre lutar contra os moinhos e repôr a verdade é uma boa estratégia;
...vou-me apercebendo que não consigo deixar de lutar contra os moinhos;
...cada vez mais me convenço que tenho esta conversa de quarentona em crise de meia idade, que tenho os pensamentos de quarentona, gostos de quarentona, mas que não passo de uma criançola, que adora sê-lo e que enquanto puder (e sempre que puder) o será.
Ponderar é que dá as rugas, não o envelhecer...
...vou ganhando confiança em mim;
...vou dependendo mais de mim própria;
...vou depositando em mim tarefas cada vez mais difíceis e/ou trabalhosas;
...vou olhando para as pessoas, e cada vez menos são as que me desencadeiam um pensamento do tipo "gostaria de ser como tu";
...(o que me lembra) vou sendo cada vez menos ingénua e ganhando a capacidade de ver as coisas pelo que elas são (se não à primeira, rapidamente);
...vou perdendo um dos meus traços mais característicos, que é a certeza de que tudo e todos são bons intrínsecamente... troquei-o (fui trocando) pela certeza de que poucos são bons intrínsecamente, os outros são maus/mal-formados/mal-intencionados/etc;
...vou dando cada vez mais valor à presença dos meus amigos, à partilha do que é importante, para eles e para mim, entre nós;
...vou aprendendo que para tudo é preciso se trabalhar: um emprego (suponho eu!), um curso, um namoro, uma amizade de longo curso, uma amizade emergente, uma relação com todos os outros que não nos dizem nada;
...vou tentando aprender que a paciência é realmente uma virtude, que nem sempre lutar contra os moinhos e repôr a verdade é uma boa estratégia;
...vou-me apercebendo que não consigo deixar de lutar contra os moinhos;
...cada vez mais me convenço que tenho esta conversa de quarentona em crise de meia idade, que tenho os pensamentos de quarentona, gostos de quarentona, mas que não passo de uma criançola, que adora sê-lo e que enquanto puder (e sempre que puder) o será.
Ponderar é que dá as rugas, não o envelhecer...
abril 11, 2005
Just another manic monday
Recomeça a rotina de acordar cedinho, tomar banhinho, e vir tomar o piqueno almoço em frente ao computador, enquanto se lêem mails, se dá um giro pelos fóruns, notícias do dia e se sobrar tempo se escreve uma posta... como calculei mal o tempo e acordei cedo demais (damn!) cá estou eu, com as olheiras para o provar! (eu quando era mais novinha não ficava com olheiras, mesmo após uma semana de rambóia!!...)
abril 09, 2005
Supa esquizoide on a 1 day holly-day!
Ah pois é bébé!... um dia de férias! É a loucura, o delírio!
E como sou teimosa e para mim férias são férias, condensei um sem número de coisas no meu (one) dia de férias: praia, rever amigos que não via desde o início do período obrigatório de clausura (vulgo época de exames), jantar, rir-me que nem uma perdida, permitir-me certas excentricidades, e recusar um convite para ir ao la calle cantar que nem uma doida varrida, porque estou cansada!... (estou a ficar velha *sigh*)
Mas antes disso, durante a tarde, fui dar um saltinho à praia, fui fustigada pelo vento até não saber onde estava a minha toalha, virei croquete, e vi-me na necessidade de ir à água pelo menos molhar os braços e as pernas, para remover a camada de areia que se reunia sobre o protector... (croquete autêntico)
Fui-me aperecebendo que a água não estava assim tão fria, e apesar de o mar estar bravo e eu estar coxinha, e como tal incapaz de nadar decentemente, lá me aventurei num banho purificador (em dois sentidos)... porque ser-se português é isto mesmo: conhecer os riscos e as limitações e mesmo assim aventurar-se (deixem-me acrescentar o "estupidamente").
Hoje estou aqui perante vocês, purificada (sem areia... apesar de ainda encontrar alguma nas orelhas após todos os cotonetes, e na raiz do cabelo apesar do longo banho de imersão) e purificada (Iemanjá levou com as ondas os maus olhados de uns longos 5 meses sem contacto com o mar...). Já estou a conseguir dormir mais, 10h por dia, de modo a me recompor de todas as horas perdidas em estudos nesta época malfadada que se passou... ah, e sou oficialmente uma croma marrona! Hurray para mim...
Sou tão feliz no Verão... tenho que ir morar para perto do Equador, para ser Verão all year long!
E como sou teimosa e para mim férias são férias, condensei um sem número de coisas no meu (one) dia de férias: praia, rever amigos que não via desde o início do período obrigatório de clausura (vulgo época de exames), jantar, rir-me que nem uma perdida, permitir-me certas excentricidades, e recusar um convite para ir ao la calle cantar que nem uma doida varrida, porque estou cansada!... (estou a ficar velha *sigh*)
Mas antes disso, durante a tarde, fui dar um saltinho à praia, fui fustigada pelo vento até não saber onde estava a minha toalha, virei croquete, e vi-me na necessidade de ir à água pelo menos molhar os braços e as pernas, para remover a camada de areia que se reunia sobre o protector... (croquete autêntico)
Fui-me aperecebendo que a água não estava assim tão fria, e apesar de o mar estar bravo e eu estar coxinha, e como tal incapaz de nadar decentemente, lá me aventurei num banho purificador (em dois sentidos)... porque ser-se português é isto mesmo: conhecer os riscos e as limitações e mesmo assim aventurar-se (deixem-me acrescentar o "estupidamente").
Hoje estou aqui perante vocês, purificada (sem areia... apesar de ainda encontrar alguma nas orelhas após todos os cotonetes, e na raiz do cabelo apesar do longo banho de imersão) e purificada (Iemanjá levou com as ondas os maus olhados de uns longos 5 meses sem contacto com o mar...). Já estou a conseguir dormir mais, 10h por dia, de modo a me recompor de todas as horas perdidas em estudos nesta época malfadada que se passou... ah, e sou oficialmente uma croma marrona! Hurray para mim...
Sou tão feliz no Verão... tenho que ir morar para perto do Equador, para ser Verão all year long!
abril 07, 2005
(cyber)Space Oddities
«Até hoje, muitas pessoas, quando escrevem o numero 7, ainda o fazem utilizando uma barra horizontal (traço) suplementar por cima do algarismo. Oficialmente este pequeno traço não existe, como dá para constatar, digitando a tecla 7 do seu teclado de computador, calculadora ou qualquer outro aparelho que possua teclado. Você sabe a origem deste costume?
Para responder temos que voltar muitos séculos atrás, aos tempos bíblicos, quando Moisés estava no Monte Sinai e lhe foram ditados os 10 mandamentos. Ele, em voz alta, os foi dizendo à multidão, um por um. Quando chegou ao sete, Moisés anuncia: Não desejarás a mulher do próximo. Um breve silêncio e a multidão grita em coro:
- Risca o sete, risca o sete!!!»
Para responder temos que voltar muitos séculos atrás, aos tempos bíblicos, quando Moisés estava no Monte Sinai e lhe foram ditados os 10 mandamentos. Ele, em voz alta, os foi dizendo à multidão, um por um. Quando chegou ao sete, Moisés anuncia: Não desejarás a mulher do próximo. Um breve silêncio e a multidão grita em coro:
- Risca o sete, risca o sete!!!»
O alemão* que põe a avó louca...
Estava eu a escrever este post ontem e lembrei-me de uma investigação que li ou vi recentemente sobre Alzheimer* (sim... o alemão).
Baseado no estudo de uma espécie de convento, em que as irmãs são muito dadas ao cultivo da mente, leem quantidades fenomenais de livros por ano, e em que as idades se compreendem entre os 70's e os 90's anos (com uma senhora de 100 e picos), verifica-se que não andam alemães* (ou alemãos, ou alemões... enfim, variaçães!) por ali... e isso implica que na patogénese da atrofia cortical cerebral que se verifica na doença de Alzheimer, está implicado o velho conceito de "uso e desuso" Lamarckista...
À parte do interessante que isso é (pelo menos para mim) cientificamente falando, do interessante que isso é ironicamente falando (please... Lamarck?!), desperta-me a curiosidade... e gera conflitos internos por informações contraditórias (estou a fazer curto-circuito, basicamente):
- essa velha máxima "o saber não ocupa lugar"
- a estimulação da memória dá lugar a mais memória
- a estimulação da memória faz com que a sua degradação senil (fisiológica, normal) ou mesmo patológica (como na D. Alzheimer) seja mais tardia ou mesmo inexistente,
contra o indismentível facto de que:
- quanto mais** coisas sei, mais delas me esqueço
- quanto mais** estudo, mais torpe fica a minha linguagem
- quanto mais** sei sobre a minha área, mais burra me sinto nas outras
- quanto mais** sei, mais facilmente me esqueço onde pus as chaves de casa, do que ia buscar ao quarto, do que ia a dizer na palavra seguinte, etc.
Estou a necessitar deseseradamente de Cerebrum, ou Mentalex outros "medicamentos" de nome idiota, com efeitos puramente placebo...
**- inevitavelmente, quanto mais vivo, mais sei... por isso isto não é uma expressão de auto-importância exacerbada, antes uma constatação La Placiana
PS: porque é que eu pareço uma pseudo-intelectual a escrever?! *just shoot me*
Baseado no estudo de uma espécie de convento, em que as irmãs são muito dadas ao cultivo da mente, leem quantidades fenomenais de livros por ano, e em que as idades se compreendem entre os 70's e os 90's anos (com uma senhora de 100 e picos), verifica-se que não andam alemães* (ou alemãos, ou alemões... enfim, variaçães!) por ali... e isso implica que na patogénese da atrofia cortical cerebral que se verifica na doença de Alzheimer, está implicado o velho conceito de "uso e desuso" Lamarckista...
À parte do interessante que isso é (pelo menos para mim) cientificamente falando, do interessante que isso é ironicamente falando (please... Lamarck?!), desperta-me a curiosidade... e gera conflitos internos por informações contraditórias (estou a fazer curto-circuito, basicamente):
- essa velha máxima "o saber não ocupa lugar"
- a estimulação da memória dá lugar a mais memória
- a estimulação da memória faz com que a sua degradação senil (fisiológica, normal) ou mesmo patológica (como na D. Alzheimer) seja mais tardia ou mesmo inexistente,
contra o indismentível facto de que:
- quanto mais** coisas sei, mais delas me esqueço
- quanto mais** estudo, mais torpe fica a minha linguagem
- quanto mais** sei sobre a minha área, mais burra me sinto nas outras
- quanto mais** sei, mais facilmente me esqueço onde pus as chaves de casa, do que ia buscar ao quarto, do que ia a dizer na palavra seguinte, etc.
Estou a necessitar deseseradamente de Cerebrum, ou Mentalex outros "medicamentos" de nome idiota, com efeitos puramente placebo...
**- inevitavelmente, quanto mais vivo, mais sei... por isso isto não é uma expressão de auto-importância exacerbada, antes uma constatação La Placiana
PS: porque é que eu pareço uma pseudo-intelectual a escrever?! *just shoot me*
Aprendizagem
Porque é que eu não aprendo?!
Estudar menos... para passar exames (e o que é triste: com distinção!) não é preciso saber a matéria, muito menos entendê-la... seguir o procedimento protocolado:
1- não gastar fortunas em acetatos
2- gastar o dinheiro necessário, para comprar tão simplesmente os exames dos anos anteriores (e certificar que não vêm repetidos, ou que não vêm misturados com exames de outras cadeiras! - para quê gastar dinheiro?)
3- ler atentamente as perguntas e respostas dos exames, juntamente com a resposta que os colegas dos anos anteriores deram... em caso de dúvida consultar os livros que se compraram no início do ano e que ainda não se abriram.
4- durante o exame, sentar-se ao lado do colega mais marrão (mas que convém ser também amigo, ou fará o que marrões fazem: não partilha conhecimento!) para poder confirmar as respostas, ou mesmo perguntá-las caso os pontos anteriores não tiverem sortido efeito.
5- ter um 18, ter que ir defender a nota a oral, mas dizer que se está muito cansado e que se querem é férias, e que um valor nem é muito importante, como tal fica-se com o 17 (para não passar a vergonha de se revelar o verdadeiro método de estudo!)
6- formar-se e saber que mesmo que se quisesse não se podia seguir aquela especialidade, porque seria uma vergonha ser-se interno e não se perceber nada daquilo...
Nota: para os mais audazes (direi talvez desavergonhados mesmo) o item 6 não tem valor algum... há muitos internos que não percebem nada de nada e não é por isso que não deixam de o ser (internos isto é!)
As pessoas não criticam isto porque não sabem... para a próxima vez que ouvir alguém dizer mal de um médico porque o deixou à espera 30 minutos, ou porque quando foi à urgência porque tinha uma gripe ficou 6h à espera (sei que há casos piores que este... eu já o sofri na pele como doente, mas as grandes queixas são por coisas destas) conto-lhe esta historieta. Porque é importante saber criticar com propriedade, e não apenas por criticar (ora aí está outra coisa que também merece um guia de aprendizagem, para ver se se torna mais óbvio!)...
Estudar menos... para passar exames (e o que é triste: com distinção!) não é preciso saber a matéria, muito menos entendê-la... seguir o procedimento protocolado:
1- não gastar fortunas em acetatos
2- gastar o dinheiro necessário, para comprar tão simplesmente os exames dos anos anteriores (e certificar que não vêm repetidos, ou que não vêm misturados com exames de outras cadeiras! - para quê gastar dinheiro?)
3- ler atentamente as perguntas e respostas dos exames, juntamente com a resposta que os colegas dos anos anteriores deram... em caso de dúvida consultar os livros que se compraram no início do ano e que ainda não se abriram.
4- durante o exame, sentar-se ao lado do colega mais marrão (mas que convém ser também amigo, ou fará o que marrões fazem: não partilha conhecimento!) para poder confirmar as respostas, ou mesmo perguntá-las caso os pontos anteriores não tiverem sortido efeito.
5- ter um 18, ter que ir defender a nota a oral, mas dizer que se está muito cansado e que se querem é férias, e que um valor nem é muito importante, como tal fica-se com o 17 (para não passar a vergonha de se revelar o verdadeiro método de estudo!)
6- formar-se e saber que mesmo que se quisesse não se podia seguir aquela especialidade, porque seria uma vergonha ser-se interno e não se perceber nada daquilo...
Nota: para os mais audazes (direi talvez desavergonhados mesmo) o item 6 não tem valor algum... há muitos internos que não percebem nada de nada e não é por isso que não deixam de o ser (internos isto é!)
As pessoas não criticam isto porque não sabem... para a próxima vez que ouvir alguém dizer mal de um médico porque o deixou à espera 30 minutos, ou porque quando foi à urgência porque tinha uma gripe ficou 6h à espera (sei que há casos piores que este... eu já o sofri na pele como doente, mas as grandes queixas são por coisas destas) conto-lhe esta historieta. Porque é importante saber criticar com propriedade, e não apenas por criticar (ora aí está outra coisa que também merece um guia de aprendizagem, para ver se se torna mais óbvio!)...
Esquizóide Luther Hog* King
Free at last, free at last... thank god almighty, I am free at last!
Free to sleep like a George Orwell caracter[*], at least...
Free to sleep like a George Orwell caracter[*], at least...
abril 06, 2005
O efeito do excesso de estudo numa jovem dedicada
Hummmmmm... errrrrrrr...
Esqueci-me do que ia a dizer.
Esqueci-me do que ia a dizer.
Putos
Deviam vir com manual de instruções... assim não precisava de estudar 20cm de papel*
[*] a partir de hoje vou resumir o marranço aquilo que é, "a metro", e referir-me apenas à altura da coluna de papel... é o meu protesto - e que útil que ele é!
[*] a partir de hoje vou resumir o marranço aquilo que é, "a metro", e referir-me apenas à altura da coluna de papel... é o meu protesto - e que útil que ele é!
abril 05, 2005
Lides académicas - desabafos
Post sem interesse, passar à frente (é página de diário mesmo!)
Queria o 18 e desconfio que o deverei ter tido na oral... *gloating* e também no escrito (na cópia, sendo honesta)... Aliás, sou capaz de ter tido um 19 num deles *gloating again*
Não estaria tão orgulhosa não fosse o &%$!"($ª@# do meu professor durante o estágio me ter dado 2 notas miseráveis (ridiculamente miseráveis e acho até que sem precedentes) porque achou que eu por não andar com a perna às costas o dia inteiro atrás dele no hospital não tive interesse na cadeira... portanto tive um 11 na prática, enquanto colegas meus que não gastaram (gastar mesmo, porque o estágio foi uma treta e não fiz nada mesmo) nem um terço do tempo que eu gastei tiveram 17's...
Senti-me vingada quando acabei a oral (que com a graça de deus não foi com o dito professor como júri) e eles me perguntaram porque tinha aquela nota, pois não correspondia em nada ao que eu sabia (eles deviam estar à espera de uma muda, ou deficiente mental, ou de uma arruaceira... que de algum modo não dissesse nada, ou não dissesse nada de jeito, ou que lhes chamasse nomes).
Sinto-me injustiçada, porque a nota final não é a que queria e isso devo-o ao meu professorzinho, mas tenho grande vontade de lhe ir esfregar as notas na cara... ao fim de 5 anos de curso, já estou um bocado farta de ser tramada... terei eu por acaso cara de trouxa? ou cara de espertinha? é capaz de ser por não gostar de uma coisa e dizê-lo... não sei, mas de algum modo inspiro vingançazinhas de %"#&@ nos meus professores mais parvos...
Mas é como tudo, uns adoram-me outros odeiam-me... e como diz o outro "Média de curso tem cerca de 3 meses de validade, a partir daí conta o que se publica e o que se faz".
Queria o 18 e desconfio que o deverei ter tido na oral... *gloating* e também no escrito (na cópia, sendo honesta)... Aliás, sou capaz de ter tido um 19 num deles *gloating again*
Não estaria tão orgulhosa não fosse o &%$!"($ª@# do meu professor durante o estágio me ter dado 2 notas miseráveis (ridiculamente miseráveis e acho até que sem precedentes) porque achou que eu por não andar com a perna às costas o dia inteiro atrás dele no hospital não tive interesse na cadeira... portanto tive um 11 na prática, enquanto colegas meus que não gastaram (gastar mesmo, porque o estágio foi uma treta e não fiz nada mesmo) nem um terço do tempo que eu gastei tiveram 17's...
Senti-me vingada quando acabei a oral (que com a graça de deus não foi com o dito professor como júri) e eles me perguntaram porque tinha aquela nota, pois não correspondia em nada ao que eu sabia (eles deviam estar à espera de uma muda, ou deficiente mental, ou de uma arruaceira... que de algum modo não dissesse nada, ou não dissesse nada de jeito, ou que lhes chamasse nomes).
Sinto-me injustiçada, porque a nota final não é a que queria e isso devo-o ao meu professorzinho, mas tenho grande vontade de lhe ir esfregar as notas na cara... ao fim de 5 anos de curso, já estou um bocado farta de ser tramada... terei eu por acaso cara de trouxa? ou cara de espertinha? é capaz de ser por não gostar de uma coisa e dizê-lo... não sei, mas de algum modo inspiro vingançazinhas de %"#&@ nos meus professores mais parvos...
Mas é como tudo, uns adoram-me outros odeiam-me... e como diz o outro "Média de curso tem cerca de 3 meses de validade, a partir daí conta o que se publica e o que se faz".
abril 04, 2005
Costelas
Entre costelas e dentes, lembrei-me de quem mas deu... as alentejanas isto é... o meu papá...
Custa-me ser tão incapaz de expressar o que sinto... não faz sentido ter-se cerimónias com os pais, mas sempre as tive. Acho que até aos meus 18 anos ou assim, pedia autorização para usar o telefone, pedia autorização para sair mesmo que por breves 5 minutos... pedia autorização para tudo... e os meus pais respondiam espantados "Claro filha... não precisas de pedir!", então de onde ia eu buscar toda esta cerimónia?!
A primeira vez que disse aos meus pais que os adorava, tive que comprar uns cartõezinhos...
A primeira vez que o disse ao meu pai, com as minhas próprias palavras, tive que enfeitar o cartãozinho feito em casa, com folhas secas, bagos de arroz, pétalas de flores... tudo o que permitisse torná-lo bonito, só no caso de ele não gostar do poeminha que lhe escrevi... tive também vergonha de o dar em mãos, apesar de passar o dia inteiro a tentar fazê-lo. Resignei-me e acabei por lho deixar em cima da almofada (deve ter ficado com bagos de arroz na cama toda, quase que como sacrifício...)... Quando me veio dizer que adorou o cartão (e quase nem ligou ao conjunto de canetas que lhe dei), fiquei capaz de me enfiar num buraco com vergonha... mas fiquei tão feliz que fiquei a sorrir feita parva até conseguir adormecer.
A primeira vez que lho disse cara a cara, já não o tinha propriamente como pai, mas mais como um bebé... uma criança que tão mais facilmente aceita o nosso carinho, com a qual não temos medo que ele seja desadequado.
Tenho pena porque sei que não se apercebe do quanto gosto dele, tal como ninguém nesta casa se apercebe do quanto gosto dele... ninguém sabe das recordações que tenho dele, e de como as conto, de brilhozinho nos olhos e sorriso babado, porque sei que tenho o melhor pai do mundo, que alia coração e imensa razão.
E estou a escrever e faço um esforço para não usar o pretérito, o que é por demais horrível... mas tenho saudades tuas... tenho saudades deste pai que me faz sorrir de orgulho... sinto que te perdi e que ganhei um maninho... não que seja mau, é apenas diferente.
Custa-me ser tão incapaz de expressar o que sinto... não faz sentido ter-se cerimónias com os pais, mas sempre as tive. Acho que até aos meus 18 anos ou assim, pedia autorização para usar o telefone, pedia autorização para sair mesmo que por breves 5 minutos... pedia autorização para tudo... e os meus pais respondiam espantados "Claro filha... não precisas de pedir!", então de onde ia eu buscar toda esta cerimónia?!
A primeira vez que disse aos meus pais que os adorava, tive que comprar uns cartõezinhos...
A primeira vez que o disse ao meu pai, com as minhas próprias palavras, tive que enfeitar o cartãozinho feito em casa, com folhas secas, bagos de arroz, pétalas de flores... tudo o que permitisse torná-lo bonito, só no caso de ele não gostar do poeminha que lhe escrevi... tive também vergonha de o dar em mãos, apesar de passar o dia inteiro a tentar fazê-lo. Resignei-me e acabei por lho deixar em cima da almofada (deve ter ficado com bagos de arroz na cama toda, quase que como sacrifício...)... Quando me veio dizer que adorou o cartão (e quase nem ligou ao conjunto de canetas que lhe dei), fiquei capaz de me enfiar num buraco com vergonha... mas fiquei tão feliz que fiquei a sorrir feita parva até conseguir adormecer.
A primeira vez que lho disse cara a cara, já não o tinha propriamente como pai, mas mais como um bebé... uma criança que tão mais facilmente aceita o nosso carinho, com a qual não temos medo que ele seja desadequado.
Tenho pena porque sei que não se apercebe do quanto gosto dele, tal como ninguém nesta casa se apercebe do quanto gosto dele... ninguém sabe das recordações que tenho dele, e de como as conto, de brilhozinho nos olhos e sorriso babado, porque sei que tenho o melhor pai do mundo, que alia coração e imensa razão.
E estou a escrever e faço um esforço para não usar o pretérito, o que é por demais horrível... mas tenho saudades tuas... tenho saudades deste pai que me faz sorrir de orgulho... sinto que te perdi e que ganhei um maninho... não que seja mau, é apenas diferente.
He's back!
Desde os 12 anos que tenho muito juízo... ou assim me dizem os dentes...
Gostava de saber se em vez de ter uma costela alentejana, tenho dentes do siso alentejanos... é que 12 anos para se decidirem a nascer (os 4), é obra! Já para não falar que deve ter havido um motim nas minhas arcadas dentárias, porque se decidiram a nascer todos ao mesmo tempo...
O que falta nascer completamente voltou a dar-me dorzinhas agradáveis, a por a boca meio de ladecos e a dar à minha língua com que se entreter (demasiado gráfico? sorry...)...
Abençoado Nani de quando éramos bebés, que ainda hoje me ajuda!
Gostava de saber se em vez de ter uma costela alentejana, tenho dentes do siso alentejanos... é que 12 anos para se decidirem a nascer (os 4), é obra! Já para não falar que deve ter havido um motim nas minhas arcadas dentárias, porque se decidiram a nascer todos ao mesmo tempo...
O que falta nascer completamente voltou a dar-me dorzinhas agradáveis, a por a boca meio de ladecos e a dar à minha língua com que se entreter (demasiado gráfico? sorry...)...
Abençoado Nani de quando éramos bebés, que ainda hoje me ajuda!
Update
Ora... 5ª fiz oral, correu muito bem... ainda meia zombie, passei a noite em claro (a bezerrar) para estudar para um exame escrito que era um atentado à inteligência humana: passei 10h a tentar estudar uma coisa, que de nada me serviu... serviram sim os 5 minutos antes de entrar no exame, em que estive a ver exames do ano passado!Hoje sei a nota...
6ª feira foram os anos da Rita, diverti-me como nas festas de anos dos meus coleguinhas de colégio tinha eu 12 anos... fui passear à marginal às 5am, e vi-me e desejei-me para não adormecer ao volante.
Sábado foi o aniversário da associação... mais cansaço, mais sono em dívida... e eu sem pagar...
Domingo voltei ao lugar do crime de 6ª feira, e voltei a divertir-me, graças à minha magnífica prenda de anos!!!...
6ª feira foram os anos da Rita, diverti-me como nas festas de anos dos meus coleguinhas de colégio tinha eu 12 anos... fui passear à marginal às 5am, e vi-me e desejei-me para não adormecer ao volante.
Sábado foi o aniversário da associação... mais cansaço, mais sono em dívida... e eu sem pagar...
Domingo voltei ao lugar do crime de 6ª feira, e voltei a divertir-me, graças à minha magnífica prenda de anos!!!...
Present mood
I’m so tired, I haven’t slept a wink,
I’m so tired, my mind is on the blink.
I wonder should I get up and fix myself a drink.
No, no, no.
I’m so tired I don’t know what to do.
I’m so tired my mind is set on you.
I wonder should I call you but I know what you’d do.
You’d say I’m putting you on.
But it’s no joke, it’s doing me harm.
You know I can’t sleep, I can’t stop my brain
You know it’s three weeks, I’m going insane.
You know I’d give you everything I’ve got
For a little peace of mind.
I’m so tired, I’m feeling so upset
Although I’m so tired I’ll have another cigarette
And curse Sir Walter Raleigh.
He was such a stupid git.
Mais ou menos isto, mas sem o componente stalker que a música transmite...
I’m so tired, my mind is on the blink.
I wonder should I get up and fix myself a drink.
No, no, no.
I’m so tired I don’t know what to do.
I’m so tired my mind is set on you.
I wonder should I call you but I know what you’d do.
You’d say I’m putting you on.
But it’s no joke, it’s doing me harm.
You know I can’t sleep, I can’t stop my brain
You know it’s three weeks, I’m going insane.
You know I’d give you everything I’ve got
For a little peace of mind.
I’m so tired, I’m feeling so upset
Although I’m so tired I’ll have another cigarette
And curse Sir Walter Raleigh.
He was such a stupid git.
Mais ou menos isto, mas sem o componente stalker que a música transmite...
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