agosto 19, 2005

Estar só é o contrário de estar acompanhado (?! Lili dixit)

Mais uma vez, ia escrever um comment no blog da vizinha P., que se tornou tão longo que resolvi escrever um post...

Fala a P. de relacionamentos... do porquê das relações sequenciais... do porquê da aversão a estar-se sem ninguém.

A verdade é também que a sociedade nos pressiona a todos para isso... estar sózinho raramente é visto como opção, mas sim como triste sina...
E mesmo que nos sintamos bem assim, acaba por moer que os outros nos vejam assim (a menos que nos estejamos nas tintas para o que os outros pensam... e isso sim é saudável!).

Lembro-me que nos 2 períodos celibatários que atravessei na minha (curta) vida após 2 relacionamentos mais marcantes, não me sentia sequer acordada para essa parte da minha vida, e as insistentes perguntas do porquê de eu estar sozinha, como se fosse uma doença ou um qualquer estado não compreensível, embora não me fizesse ir a correr procurar relacionamentos acabavam por me incomodar... e acabavam por me fazer perguntar-me a mim mesma porque é que eu não encontrava ninguém que me enchesse as medidas... ou quando inicialmente até pareciam encher, rapidamente se mostravam ser claramente insuficientes, e o interesse desvanecia-se...

Hoje à distância percebo que estava "cheia" e como tal não procurava nada que me preenchesse... cheia de recordações de momentos que queria preservar incólumes e sem interferências que lhes diminuíssem o valor.

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