A pensar no post anterior (e na gracinha do "2 become 1"...) resolvi transcrever a conclusão a que cheguei em conversa com o T.... não que tenha sido uma coisa nova para mim, mas pude verbalizar e ouvir verbalizado o que no fundo já sabia e sentia mas nunca tinha sido capaz de traduzir por palavras: as pessoas que passam pela nossa vida (e não ficam) não são erradas... simplesmente não são certas o suficiente. Não são o nosso molde, mas encaixam no pedaço que nos falta... dão-nos a transitória sensação de plenitude até que demos conta dos restantes pedaços que nos faltam e que não estão nessa pessoa para nos dar.
Nessa medida, duas pessoas, molde uma da outra (ou moldadas uma a partir da outra ou clivadas em duas, consoante a preferência filosófica), tornam-se uma (como conceito... porque na verdade sempre o foram...).
E é engraçado verificar que essa 1 pessoa fruto da união de 2 metades, se torna também em 2 pessoas... as 2 metades não se apagam mutuamente. Vivem uma da outra, da existência uma da outra, da individualidade uma da outra...
O mesmo não se passa com os encaixes mal articulados, em que um apaga o outro, um segue o outro, um subjuga o outro... tudo fruto do desequilíbrio existente à partida no fulcro: o encaixe.
agosto 06, 2005
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