Adormeci contigo no pensamento, do mesmo modo que sonho acordada contigo durante o dia. Adormeci a pensar o que teria sido, se não fosse... a rever as possibilidades e as eventualidades, os acasos e os ocasos. A rever o brilho dos teus olhos, a reimaginar o brilho dos meus... a reinventar o modo como os brilhos se mesclam nos meus e nos teus olhos, simbologia utópica de união de almas (pontos de luz indivisíveis). Adormeci na utopia de te ter, como me tens.
Encontrei-te lá, no reino do nunca... e é apenas lá que te reencontro, como se de facto não existisses.
Não gosto de acordar desse mundo, mas não me sei mover nele e acabo sempre por acordar, como de um sonho que se quer saber o fim mas a que não nos conseguimos agarrar. Assim sou eu contigo: não te sei ter, não sabendo ser sem te ter.
novembro 08, 2004
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