março 24, 2005

Tipos de moca

Moca surrealista/Lucy in the Sky with Diamonds[a parede está a derreter... ya!... o chão é uma espécie de colchão de água... yaaa! meu deus, estou a derreter... estou a entrar por entre as fibras da alcatifa...agarro-me a um fiozinho... que parte... estou no soalho... oh não! Uma barata...]

Moca kafkiana – mas achas que eles estão a chegar? e se ele entrasse agora... tu achas que ele não podia entrar agora com uma pistola por aqui a dentro? deve estar só à espera... a polícia quando fez a rusga deixou câmaras, atrás dos livros, entre as pedrinhas dos jarros, e neste broche que ela tem... ele está à porta do quarto, está só à espera da altura certa para entrar... está prestes...

Moca riso - ............................................*risos* *risos* *risos* *risos* *falta de ar* *risos* *risos* *risos* *risos* *falta de ar* *risos* *risos* ................................
........................................................................................
*risos* *risos* *risos* *risos* *risos* *falta de ar* *risos* risos* *risos* *risos* ......................................................

Moca blue – eh pá não sei... sinto-me só bué da triste... sinto um aperto, uma espécie de vazio, de retracção... é uma dor física mesmo... não entendo, estou tão triste...

Moca esotérica – vamos aproximar as mãos... sentem o canal de energia? woooowww isto é bué da louco... sentiste? eh pá, senti mesmo um cilindro a atravessar-me a mão... eh pa... se tenho os chakras abertos tenho medo de ver alguma coisa agora... sempre a mesma cena, porque é que eu não pensei nisto antes?!... eu não quero ver, eu não quero ver [não levantes os olhos!]... é energia, é tudo energia!...

Moca bulímica – ai Jo, desculpa pedir-te isto... mas tens aí um daqueles petiscos maravilhosos que o Gugu fez para o jantar? Não, nada de especial... só aquele arroz de ervilhas maravilhoso, um bocadinho do frango que sobrou... ah, ainda há farinheira? Então um bocadinho, com aquele resto de pão... sabes como é que este pão ficava óptimo? Numas torradinhas com manteiguinha... olha, aproveita e trás água (trás o jaaaaarroooo!)!

Moca flow away[entro num túnel, rolo sobre mim mesma, tenho um vestido cor de rosa que flutua ao vento, estico os braços e toca a claridade, que entretanto desapareceu porque voltei ao armário onde me escondi quando tinha 5 anos a jogar à apanhada com o primo Nikos...]

Moca dianética/Matrix – túneis de energia com portais nas pirâmides, Chichén Itzá, etc., comunicam com o nosso deus que não é mais que um alien, feito de luz, ou melhor, controla a forma da água e somos uma cultura que gera energia, somos uma big ant farm.

Moca in tune – estou contigo, estou a perceber tão bem o que estás a dizer... sim! sim! oh pá... é isso mesmo! estás lá!... oh pá... vou chorar... sinto exactamente o mesmo...

Moca nostalgia – oh... e lembras-te quando fomos para S.Miguel, e a Ana meteu-se com o homem da bomba de gasolina, que mandou vir, e depois fizemos o telejornal sobre isso, e também a mulher com síndrome de tourette...

Moca nós e o futuro – como é que achas que vamos estar quando tivermos 40 anos?... eu já serei comissário de bordo, e tu vais ser chiquíssima, riquíssima, super bem sucedida, conhecida em todo o lado... e depois levas o amigo, tsah?!

Moca solidão – acreditas nisto? anda tudo escolhido... só eu... há quanto tempo é que eu não ando com ninguém?! Vou acabar sozinho... morrer num quarto velho, só vão dar por mim 3 semanas depois pelo cheiro...

Moca idade – oh pa já viste?! Vinte e cinco anos!... é um quarto de século! Mais um bocadinho e temos 30... e depois dos 30 os 40... e depois dos 40 é o descalabro!

Moca verborreica – Não (Não), não (não), não!(não!)... ok, fala tu... ah, mas ‘pera, ‘pera... deixa-me só contar isto...

Moca paranóia – mas do que é que vocês se estão a rir... era disso?!... hum... diz lá do que é se estavam a rir... hum, ok. [Estes gajos estavam-se a rir de outra coisa... o que é que será? Será que eles sabem que eu fiz aquilo?... mas como?! Mas por outro lado seria coincidência a mais... não, eles têm que saber, se não nunca diriam aquilo... mas como é que sabem?! Só eu é que sabia disto... foi ele... este olhar agora dele disse tudo, ele já percebeu que eu já percebi...]