À parte da confusão habitual com esta palavra (deriva do latim femina e não do tuga feminino...) com a invenção de sílabas várias, há outras confusões menos ortográficas...
Recordo-me em novinha, quando espingardava as minhas opiniõezinhas (era pequenina, eram opiniõezinhas) anti-injustiça e aparentemente feministas, de receber um ou outro comentário (de século passado, diga-se) do género "não me digas que és uma daquelas feministas?!"... confesso com vergonha que até me assustava e dizia logo que não (tudo menos isso!)... isso era o mesmo que admitir ser bélgica, imagino!
Como comic-relief, apresento as minhas opiniõezinhas feministas: "se mais ninguém tem que arrumar a própria roupa, eu também não tenho!", ou "porque é que tenho que ser eu a pôr a mesa outra vez?" ao que me respondiam "porque és rapariga" e eu, antes de ter um colapso nervoso vociferava qualquer coisa professamente feminista, como por exemplo "isso é ridículo! sou filha como os outros, tenho os mesmo deveres e regalias!"... como era filha, e mais nova (ainda o sou, estranhamente), e após pedidos samaritanos do meu pai, acabava por ter que ir pôr a mesa na mesma...
Entretanto, ontem em conversa, a minha mãe disse-se feminista... deu-me vontade de rir... a incoerência tem esse efeito em mim, dá-me sempre vontade de rir.
março 08, 2005
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