E nisto, não só para não parecer uma besta (porque infelizmente ainda não adquiri a capacidade de me estar nas tintas para o que perfeitos estranhos pensam de mim), como também porque os blogs assumem cada vez mais características psicoterapeuticas, acho por bem relatar o porquê desta afável relação entre mim e o irmão que me precede...
O triste é que nem sei apontar um porquê... a nossa relação nunca foi nada de especial, nem mesmo quando eu tinha a adoração que os irmãos mais novos têm frequentemente pelos que lhes antecedem... na minha família, os irmãos nunca foram de grandes carinhos, os beijinhos (apenas para servir como exemplo) eram uma coisa irreal entre nós... mas as diferenças foram-se intensificando... a começar pela personalidade de "velha de bairro ou de aldeia" que o meu irmão incorpora...adora falar da vida das outras pessoas, fazer queixinhas, tecer juízos baseados em pouco ou mesmo em nada, e fazer aquilo que mais fenomenalmente me irrita que é presumir alguém culpado (em vários casos eu...) sem sequer ter a decência de perguntar ou confirmar a veracidade dos seus delírios e/ou boatos que resolve espalhar. Assim, graças a ele, nesta casa sou eu que acabo com o leite, sou eu que não ponho leite no frigorífico, sou eu que não ponho papel higiénico no suporte... não sou, e até lho posso dizer, mas não interessa... ele Ser supremo não se engana...
Há muitas histórias, demais... histórias em que ele demonstra o seu eterno complexo de inferioridade e de calimero... acho surpreendente como é que de um mesmo par de pessoas poderão germinar duas outras tão diferentes entre si... opostas mesmo.
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