março 31, 2009

Crawl, bruços, mariposa, costas ou freestyle (a.k.a. "à cão")

Tratar de impostos dá nisto, tudo o resto parece imensamente interessante... até a assumpção dos nossos piores defeitos.

Sempre me encarei como poupadinha e achava-o uma qualidade. É bom ser-se organizadinha, poupadinha, sensatazinha... é bom e é, como o sufixo indica, algo mesquinho.

Cheguei recentemente à conclusão que não sou apenas poupadinha. Sou na realidade forreta, fonas, avara... e isso já não é uma qualidade. Atravessa-se a linha ténue entre ser-se sensato e regrado e ser-se desinteressante e agarrado ao dinheiro.

E sou... agarrada ao dinheiro isto é. Gosto dele, gosto de o ter e custa-me gastá-lo. Rotulo de luxo as coisas mais banais. Por outro lado, frequentemente rotulo de essenciais as mais supérfluas...

Estou a pensar preparar uma divisão da casa para fazer uma caixa-forte e deitar o dinheiro lá dentro... é que sempre tive o secreto sonho de fazer como o Tio Patinhas e fechar-me num cofre a nadar numa piscina de moedas douradas com um cifrão...

Inmates Readily Sterilized

520, 401...
Bingo!

Internal Ravaging Sacrifice

407, 701, 708, 730, 732, 801, 803, ...

Altura maravilhosa do ano esta... podem-se declarar compras de computadores ou não?? E despesas com o carro ou não?!
Quem diria que tenho um irmão na área de direito fiscal...

março 30, 2009

Breakfast at Tiffany's

Não há coisa mais linda de tão perfeita que os filmes de antigamente.

março 29, 2009

In m.

Ontem fui a caminho da Ericeira, que associo invariavelmente ao meu pai, participar de um almoço de 80 e tal pessoas, todas da mesma família. Irmãos, sobrinhos e tios, sobrinhos-netos e tios-avós, bisavós e bisnetos, trisavós e trinetos, primos, filhos, maridos e mulheres, noivos e noivas, namorados e namoradas... uma amálgama de gente.
Associo-lhe também estes acontecimentos, que adorava. Aos quais tentava sempre levar toda a prole, mas acabava por me levar apenas a mim... mas ontem estivemos, não todos, mas muitos... filhos, netos e mulher, a representar e a sorver o que se pudesse de memória, de presença. A taça foi erguida e o copo vem cheio.

I can't help myself...



... they're so adorable!

março 26, 2009

Denial no more

Num momento de introspecção psicanalítica descobri porque acho os tios tão irresistíveis apesar de ideologica e comportamentalmente os achar desprezíveis (como um grupo, no pensamento mais estereotipado e preconceituoso)...

(para outras núpcias)

março 24, 2009

Saudosismos

... o que me leva a pensar no tempo em que 1 litro de gasolina era menos que 100$00. Parece há tanto tempo. Tem esse efeito o passar por uma mudança de moeda... diz que nos sentimos velhos (só por isso...).

Sem chumbo 95 a €0,89

Isto já ninguém estranha, mas a fronteira também barra as flutuações do petróleo para a GALP o vir anunciar como estratégia que permitiu os lucros nesta época de crise...

março 23, 2009

O jardim do vizinho

Aproveitei um fim de semana sem bancos e fui dar um saltinho ao algarve. Ali mesmo ao lado da fronteira... ali mesmo ao lado da fronteira, mas do lado de lá, encontrei 6 pares de sapatos lindos e no meu número.
Estranha fronteira esta que barra a entrada a todos aqueles que se cataloguem com um número superior ao 40 ou (esconjuro!) superior ao 41...

março 16, 2009

Avózinha é que sabe

A barriguitas e o seu B. já vão nas 20 semanas. Porque as crendices podem mais que a ciência e fazem o diagnóstico do sexo do bebé antes desta, quando comecei a ver que toda ela estava inchada (cara, mãos), pedi baixinho que fosse verdade...
E é. A Catarina envergonha a sua mamã ainda na barriga...

Porque me irrita a minha rua

Às 8am, folha deixada no pára-brisas do carro...


À 1.30pm, regresso a casa...


... eles mesmos, os senhores dos andaimes, baldes barbot, tábuas de madeira, sacas de cimento, areia para cimento, etc, estacionados intermitentemente/constantemente durante 3 meses à porta da minha casa.

NB: o prédio ainda não está habitado
NB2: os "risquinhos" amarelos foram pintados por eles mesmos, daí que pareçam o império do sol nascente e não os habituais sinais rodoviários de proibido estacionar
NB3: ainda tiveram uma bola azul com contorno e uma barra diagonal vermelhos na porta da garagem(qualquer semelhança com um sinal de proibido estacionar seria, certamente, pura coincidência).

março 11, 2009

A última dos mohicanos

E ainda no tema pés, dado que falando neles não posso deixar de me recordar da minha perene busca (inglória) por sapatos, botas, etc... tantas vezes frustrada que insisto em comprar sapatos que me sufocam, por ter que me contentar com eles... tantas vezes frustrada que quando arranjo uns que gosto e me são confortáveis os uso até à exaustão, a ponto de parecer uma mendiga e ouvir o R. dizer-me ao olhar uma sola soltar-se, já gasta "... estamos a precisar de te ir comprar sapatos!!"

Assim, deixo a questão que já espalhei por milhares de sapatarias lisboetas: «Serei a única portuguesa com pé de cinderela»(sobretudo tendo em conta esta nova geração nitrofurano com corpinhos de 20 aos 10anos) «para as sapatarias não venderem/fazerem sapatos acima do 40??»

Então... como são?!

Ninguém me alertou para esta possibilidade. Sempre tive em mim que eram os pés mais feios do mundo... o dedão enorme, única herança física do meu pai, o comprimento aparentemente anti-português, a planta algo seca (também herança paterna) de quem gosta de andar descalça e de havaianas...

Com a maior desfaçatez "Já vi os teus pés, sei que tens essa paranóia com os pés, mas os teus pés não são feios... pés feios não são como os teus"...

E agora? Como entender o mundo, após uma adolescência a enterrar os pés na areia para não estarem à vista dos transeuntes que sem dúvida fixariam com horror a proeminência horrenda que brotava da minha extremidade... como interpretar o meu grito de auto-aceitação ao prescindir desse pudor e vergonha em prol do prazer de banhar os meus pézinhos com a brisa e sol?


março 10, 2009

Porque sim

Porque chega o sol, chega a luz e renasce em mim a planta... é chegada a altura da fotossíntese e isso deixa-me sempre feliz. Anseio meter-me a caminho da praia, irritar-me com os palermas que insistem em deitar-se a centímetros de mim com um areal inteiro à disposição e adormecer ao sol... digam o que disserem, não há prazer igual ao de adormecer com o sol a aquecer a pele.

Dia do Pai

Em updates menos fúteis, estou em intensa preparação para o exame que se aproxima. Dia 19, faço o 1º exame anual... na proximidade desse dia, bem como do dia de aniversário do meu pai, bem como do dia 24, além da ansiedade previsível, não consigo deixar de recordar o que o meu pai me disse desde que percebeu que falava seriamente quanto ao desejo de seguir medicina: "Não faças isso... vai para enfermagem que também é muito bonito e dá menos trabalho"

Bonito não diria, mas a questão do trabalho foi muito bem vista pai... para a próxima oiço-te com mais atenção!