A pedido de muitas (uma) famílias (na verdade uma só pessoa), cá estou eu.
Ontem fui ver o ensaio sobre a cegueira. Fiel ao livro e (felizmente) completamente diferente da
peça experimental que fui ver à trindade. Com deleite notei a ausência de preservativos púrpura do ABC do amor, as vozes guturais e a problemática do latão.
Continua a ser o meu livro favorito do Saramago, pelo tema... ontem notei que o vejo de maneira diferente. A cegueira enquanto excesso de informação supérflua, de pré-conceitos, que nos cegam... em oposição à ignorância, como o interpretei quando li o livro. A visão como recompensa de um amor que salta além desses preconceitos, e na recompensa desse amor a visão da imundície que a cegueira gera.
A beleza do livro é essa, aliás. A narrativa aberta, até no tema. A mensagem é a que cada um quiser tirar... poderá haver pessoas que não façam interpretação nenhuma, que entendam apenas como uma epidemia de cegueira, e nada mais. Por exemplo as crianças que partilharam connosco a sessão... vão-se queixar da ausência de efeitos especiais e assim...
...
Gostava também de escrever sobre as possiblidades que tenho de me sair o euromilhões. Agora que não jogo são diminutas.
...
Que escrever sobre nós?!... "
Às arveres somos nózes"
...
Sobre mim?... hum... fico muito gira de pijama de bloco R.... sonha com isso! *wink*
Espero que a escrita esteja fluida o suficiente, como se os teus olhos tentassem seguir o vento... *wink wink*