Lembranças vagas, momentos fugidios... por vezes em flashes, por vezes um momento inteiro me ocorre. Custa-me que o mais marcante, e aquilo que mais facilmente me ocorre sejam estes 6 anos.
Invejo por vezes os meus irmãos, que tiveram uma vida inteira adulta para absorver tudo... tirando aquilo de que não tenho grande memória ou pelo menos muito bem definida, tirando a presença central e marcante (pela negativa na maioria dos casos) da minha mãe, pouco resta... resta uma adolescência em que me alheei de todos e ficaste tu, mas nem dessa retenho memórias definidas.
Tenho episódios, tenho expressões, tenho momentos... tenho abraços, tenho carinhos, tenho olhares... não te tenho a ti. E isso custa-me...
Sinto que me escapas por entre os dedos. Sinto que as fímbrias de memórias que tenho, também elas se desvanecerão. E isso custa-me, custa-me tanto...
Tenho necessidade de ouvir falar de ti, tenho necessidade de te sentir, mesmo que por interposta pessoa... espero que vejas que isso acontece, espero que vejas que aquilo que sempre me pediste está a acontecer por ti... por tua causa estamos mais próximos. E teria que ser assim, porque sempre foi...
Nunca pensei que me custasse tanto, sempre pensei estar preparada, sempre pensei estar à espera, sempre pensei quase o desejar (por ti), sempre pensei conseguir ser fria o suficiente para distinguir o racional do emocional... e não sou. Não consigo. Sei que te queria ter aqui. Sei que faria tudo de maneira diferente. Sei que não me é dada essa oportunidade e isso custa-me...
abril 08, 2008
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