E tentando tirar as teias de aranha sempre em neoformação que representam os meus filmes com a minha família mais directa, pensei adquirir alguma paz saindo de casa... antes do primeiro ordenado fazer *plim* na minha carteira (ou o *plim* mais silencioso que se faz ouvir da conta do BPI) já eu andava com malas e caixotes num processo contínuo (e ainda inacabado) de mudanças. Já na casa nova, tenho ainda livros do meu pai de Ortopedia para trazer para casa, provavelmente para ficarem na arrecadação, porque sinceramente não me vejo a seguir os passos de pápai... mas logo se vê, até ao fim deste mês e sobretudo até ao fim do próximo, tudo pode acontecer.
Mas bem dizem os filmes da TVI que nos avisam (o aviso é para pessoas como eu, bem sei... a tv fala comigo... ...) que o passado vem connosco, em caixotes mais ou menos bem arrumados e mais ou menos bem identificados...
A teia é perene e persistente, mesmo com todo o nojo que implica para mim mexer em teias de aranha (que são agarradiças as mulas...), e o esforço necessário para deixar tudo livre delas, elas no fundo no fundo continuam lá. E remonta-me à história do estar por um fio... irritam-me estas tarefas inacabadas e inacabáveis, inglórias... como que se fosse tirar água de uma albufeira com uma chávena de café (vá, de chá...), um projecto sem fim previsível ou avizinhável.
E irrita-me sobretudo a absorção de mim mesma que estes assuntos fazem. Eu acho que sou mais do que a minha família... acho que sou mais do que o cunho da minha mãe em mim. Ela não acha certamente, tudo o que sou sou graças ao maravilhoso (acha ela)trabalho de mãe que ela fez... pareço uma caricatura freudiana, em que tudo remonta à mãe.
Próximo investimento: psicoterapia.
outubro 13, 2007
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