Que o mundo é como é, que o universo dá as cartas que dá. Que o que é injusto, ilógico, incorrecto, tem uma razão de ser, por obscura que me seja. Que haverá sempre coisas fora do meu controlo, que me escapam e não por minha insuficiência. Que sim, há pessoas que nunca mudarão e eu não tenho que sofrer com isso.
Aceito que há uma ordem natural na desordem, no caos, que não me tenho que sentir responsável ou zelar por aqueles que fugiram debaixo da minha asa protectora. Aceitar o mundo e quem nele vive pelo que é, aceitar que se não mudarem ou se mudarem, é uma situação que a eles diz respeito e a mim só dirá se eu permitir. E quando me parece ilógico, incorrecto, injusto e irreal, nada mais do que desejar o melhor do mundo e criar a distância necessária para que não me continue a chocar a ausência de tudo o que me é vital... porque o que me é vital a mim, os valores que me são essenciais a mim não são ao outro: cada um vive a sua vida pautada pelas suas próprias normas, e pessoas com normas diferentes nunca seriam destinadas a partilhar nada.
Aceitar que não mudo nada no mundo, mudo-me a mim e o que me rodeia se for permeável a isso. Aceitar que errei, que percebi mal, que me iludi e me desiludi, que amei quem não devia e fi-los muito mais do que eram ou alguma vez poderiam almejar ser. E está bem assim... aceitar que não posso balizar os outros pelos meus padrões, têm os deles e isso está bem. São insuficientes para mim, sobejarão para os que vierem a seguir.
E gozar a serenidade que dessa conclusão advém. Serena por saber que o mundo roda como antes e que o meu desequilíbrio momentâneo passa assim que ambientar a minha cadência à da rotação que me tirou o chão... foram segundos. Aceito-os, olho-os com o respeito que um mentor me merece.
Aceitar, em vez de julgar e avaliar cada situação pelo que não é... e assim, ser simplesmente feliz (simplesmente).
janeiro 23, 2012
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