Velhas e relhas, mil vezes remendadas, com pespontos espalhados por toda a parte, as minhas calças preferidas. Não era capaz de as deitar fora, as calças que me ficavam tão bem, exemplo do tipo de calças que mais gostava (justas em cima, a fazer uma pequena - muito pequena - boca de sino)...
Já habituada a ouvir as críticas ao seu mau aspecto (que já o tinham, admito...), não ligava, porque eram as minhas calças preferidas, as que me ficavam tão bem... tal como não tenho qualquer problema em usar a minha sweat velha relha (mais velha do que eu) que o Argos fez o favor de rasgar num momento de brincadeira mais acesa e que por isso mesmo está também remendada, pespontada, suturada. São cicatrizes na minha roupa, histórias da minha vida. Não me envergonham, por muito que tenham tentado guilt-trip me a isso.
Ontem, enquanto fumava um cigarro a seguir ao jantar, vi-me no reflexo da porta do restaurante (poderia ter sido em casa, ao espelho, mas há coisas que só se tornam óbvias nos sítios mais inesperados)... as minhas calças favoritas já não me ficam bem, estão-me largas, caem-me, sobram-me pregas em todo o lado, pelos muitos pespontos alinhavados o corte está todo alterado, ainda mais tecido parece sobrar...
Fomos felizes, mas como em tanta coisa na vida, vou deitar-vos ao lixo (porque não posso realmente dar-vos a ninguém)... it was a fine romance, mas agora acabou. Vou seguir a minha vida para outros pares de calças, que me fiquem melhor, que assentem no meu novo eu... vocês já não me servem.
janeiro 28, 2012
janeiro 27, 2012
Phoenix
The mind boggles, the heart throbs, the scars heal, the senses return. You may never say my name, I no longer exist in you, but everywhere else.
janeiro 25, 2012
Forgetfulness
They say you die twice. One time when you stop breathing and a second time, a bit later on, when somebody says your name for the last time.
Banski
janeiro 23, 2012
Acceptance
Que o mundo é como é, que o universo dá as cartas que dá. Que o que é injusto, ilógico, incorrecto, tem uma razão de ser, por obscura que me seja. Que haverá sempre coisas fora do meu controlo, que me escapam e não por minha insuficiência. Que sim, há pessoas que nunca mudarão e eu não tenho que sofrer com isso.
Aceito que há uma ordem natural na desordem, no caos, que não me tenho que sentir responsável ou zelar por aqueles que fugiram debaixo da minha asa protectora. Aceitar o mundo e quem nele vive pelo que é, aceitar que se não mudarem ou se mudarem, é uma situação que a eles diz respeito e a mim só dirá se eu permitir. E quando me parece ilógico, incorrecto, injusto e irreal, nada mais do que desejar o melhor do mundo e criar a distância necessária para que não me continue a chocar a ausência de tudo o que me é vital... porque o que me é vital a mim, os valores que me são essenciais a mim não são ao outro: cada um vive a sua vida pautada pelas suas próprias normas, e pessoas com normas diferentes nunca seriam destinadas a partilhar nada.
Aceitar que não mudo nada no mundo, mudo-me a mim e o que me rodeia se for permeável a isso. Aceitar que errei, que percebi mal, que me iludi e me desiludi, que amei quem não devia e fi-los muito mais do que eram ou alguma vez poderiam almejar ser. E está bem assim... aceitar que não posso balizar os outros pelos meus padrões, têm os deles e isso está bem. São insuficientes para mim, sobejarão para os que vierem a seguir.
E gozar a serenidade que dessa conclusão advém. Serena por saber que o mundo roda como antes e que o meu desequilíbrio momentâneo passa assim que ambientar a minha cadência à da rotação que me tirou o chão... foram segundos. Aceito-os, olho-os com o respeito que um mentor me merece.
Aceitar, em vez de julgar e avaliar cada situação pelo que não é... e assim, ser simplesmente feliz (simplesmente).
Aceito que há uma ordem natural na desordem, no caos, que não me tenho que sentir responsável ou zelar por aqueles que fugiram debaixo da minha asa protectora. Aceitar o mundo e quem nele vive pelo que é, aceitar que se não mudarem ou se mudarem, é uma situação que a eles diz respeito e a mim só dirá se eu permitir. E quando me parece ilógico, incorrecto, injusto e irreal, nada mais do que desejar o melhor do mundo e criar a distância necessária para que não me continue a chocar a ausência de tudo o que me é vital... porque o que me é vital a mim, os valores que me são essenciais a mim não são ao outro: cada um vive a sua vida pautada pelas suas próprias normas, e pessoas com normas diferentes nunca seriam destinadas a partilhar nada.
Aceitar que não mudo nada no mundo, mudo-me a mim e o que me rodeia se for permeável a isso. Aceitar que errei, que percebi mal, que me iludi e me desiludi, que amei quem não devia e fi-los muito mais do que eram ou alguma vez poderiam almejar ser. E está bem assim... aceitar que não posso balizar os outros pelos meus padrões, têm os deles e isso está bem. São insuficientes para mim, sobejarão para os que vierem a seguir.
E gozar a serenidade que dessa conclusão advém. Serena por saber que o mundo roda como antes e que o meu desequilíbrio momentâneo passa assim que ambientar a minha cadência à da rotação que me tirou o chão... foram segundos. Aceito-os, olho-os com o respeito que um mentor me merece.
Aceitar, em vez de julgar e avaliar cada situação pelo que não é... e assim, ser simplesmente feliz (simplesmente).
janeiro 17, 2012
Trintona
Sempre soube que seria a melhor altura da minha vida. E vai ser... sei que sim, ninguém me vai tirar isso, por injustiças, insanidades e irracionalidades que me atravessem para me deter. O meu caminho trilho-o eu.
janeiro 14, 2012
janeiro 13, 2012
janeiro 10, 2012
janeiro 09, 2012
Metamorfose
A coisa mais linda do mundo transformar-se em algo hediondo, que fere o olhar... chega a ser criminoso aquilo em que te tornaste.
janeiro 04, 2012
janeiro 02, 2012
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