Num blog ali ao lado, começando a conversa com a ideia da China se tornar uma das grandes potências mundiais num futuro próximo, a conversa enviesou e foi parar à globalização e o disseminar da população chinesa pelo mundo inteiro (já que não cabem todos no próprio país...).
Entre brincadeiras e tiradas pseudo-intelectuais, surgiu o velho (caduco) argumento do "nós Portugueses, outrora grandiosa potência mundial, temos uma responsabilidade... e teremos que receber sempre bem os imigrantes... nós país de colonizadores desde há 500 anos e de emigrantes neste último século"... qualquer coisa deste género.
Gostava de (aqui no meu cantinho) ser menos eufemística e dizer realmente o que penso... acho profundamente idiota que nos prendamos com um passado de séculos... tanto pelo bom como pelo mau... fomos grandes há 500 anos, encontrámos uns pedaços de terra e tal, que na verdade não fugiam... na ausência de um naufrágio seriam descobertos inevitavelmente. Todas as riquezas que tivemos ao nosso dispôr esbanjámos e não temos frutos dela hoje em dia... somos um país falido que teve toda a fortuna do mundo... tínhamos meio mundo com a bandeira portuguesa e hoje em dia até o Algarve quer a independência.
Mas como somos "grandiosos" temos que nos sentir responsáveis por tudo o que nos passou pelas mãos, mesmo que não tenhamos meios de suprir as necessidades do próprio país... as colónias lutaram pela sua independência e hoje em dia pedem-nos subsídios que damos com ar contrido... ficamos todos contentes porque somos uma da línguas mais faladas no mundo, mesmo que à custa de uma versão ediberto lima do nosso português... mas isso não interessa, porque ser português é isto mesmo... gostar que o nosso vizinho apareça na televisão... de algum modo sentimo-nos nós a ser famosos (mesmo que o vizinho tenha aparecido, qual emplastro, por trás do jornalista de exterior).
Gostava que deixasse de ser tabu dizer que não... não está bem abrir as portas a qualquer imigrante que queira fixar tenda por cá... sobretudo quando usam recursos do país, quando não pagam impostos sobre estabelecimentos que montem nos primeiros 5 anos que cá estejam (óbvio que ao fim dos ditos 5 anos voltam para casa)... usam-nos para enriquecer e vão-se embora sem nos deixarem qualquer tipo de crescimento ou enriquecimento senão o engraçado que é ir jantar a um restaurante chinês e ficar meia hora a gozar (qual deficiente mental) com "quel clépe"...
Resumindo esta amálgama de ideias: não assumo responsabilidade nem orgulho pelo que os meus antepassados (ou se calhar nem o sendo) fizeram há 5 séculos atrás... foi bom, mas já passou... enquanto se vive no orgulho do que se fez há 500 anos, legitima-se a espera por um D. Sebastião perdido nas brumas de Ceuta... é esta inércia que impede mentalidades, economias de crescerem. E enquanto não crescem (enquanto ele não volta) deixamos entrar todas as alminhas que virem em Portugal a Terra Prometida... porque somos bons demais para trabalhar em qualquer emprego/trabalho e é super respeitador para com as minorias ser pró imigração, mas no fundo só o ser porque é preciso alguém fazer os trabalhos mais indesejáveis que os portugueses no desemprego se recusam a fazer...
(ia para resumir e amalgamei ainda mais... who cares...)
[*]o título não tem mesmo nada a ver... olha, o título do blog sempre me dá alguma margem de manobra para atrofiar assim...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário