Sempre imaginei que pudesse ter familiares perdidos pelo mundo. Conheço a existência dos sobrinhos da minha mãe (quer do lado da sua meia-irmã quer do lado do irmão)... todos um pouco distantes, uns tanto que não me recordo de alguma vez os ver.
Através de, espante-se, um site como o facebook, descobri que tenho dezenas de primos em vários graus, espalhados pelo globo. Descobri que alguns desses primos, que escrevem o nosso apelido de forma diferente da minha (dadas as variações da transição quase inventada pelo meu avô de um alfabeto para outro), moram ainda na ilha onde nasceu o meu avô.
Ao saber isso senti algo que nunca me passou pela cabeça sentir, que sempre encarei como puro melodrama: ligação às raízes. Descobri que tenho família que conhece a história da minha família, que me poderia dar a conhecer essa história. Descobri que em vários pontos do mundo há pessoas com fotografias do meu avô em jovem e que lhe chamam tio, primo, bisavô, etc...
Coisa estranha a família. Crava-nos as garras na carne e quando menos esperamos sentimos-lhes a presença, queremos senti-la para confirmar que existe.
setembro 17, 2009
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