setembro 27, 2009

Am beginn war es kein wort

A morte
Saiu à rua
Num dia assim
Naquele
Lugar sem nome
Pra qualquer fim

Pensava eu. Ao ver o meu liceu cheio como nunca o vi para receber os eleitores em dia de sufrágio, com filas para entrar no próprio recinto, a adicionar às filas de cada mesa de voto, pensei que o português tivesse retirado o rabo aplicado cirurgicamente à cadeira.
Pensei eu e pensaram vários, porque essa sensação repetiu-se em vários locais de voto, em várias freguesias de Lisboa.
Mas não, aumenta.
O PS perde a maioria mas continua com uma larga vantagem, que não permite que o meu sonho de infância de ver as sondagens serem contrariadas pela contagem dos votos se realize.

Deveriam ser identificados os abstencionistas, marcados aqueles que são reincidentes e perderem os seus direitos de cidadania, dado que não exercem o seu mais essencial dever.

Aos votantes no PS votaria a mesma identificação. E cada vez que durante os próximos 4 anos disserem mal da vida, do governo, do estado do país, dever-lhes-iam ser aplicados choques eléctricos nos mamilos e testículos.

Really?!

Sequioso que lhe desse a deixa, bastou perguntar se se importava que abrisse a janela do meu lugar para entabularmos logo uma conversação. 90% ele, 10% eu claro.
Começámos sobre os malefícios do ar condicionado, depois as obras nas imediações do H. S. João no Porto e sua ligação à VCI, com passagem pelo trânsito e condução dos portuenses versus lisboetas e depois a grande revelação.

Disse-me o senhor taxista que os portuenses, aqueles que são mesmo da cidade do Porto, são na sua grande maioria Benfiquistas, corroborando a afirmação com o facto do Rui Rio ganhar as eleições contra os fantoches do Pintinho. Que as regiões vizinhas, arrabaldes do Porto (e isso para o pessoal do Norte é qualquer coisa que fique a menos que 2h de viagem) é que são os "pobrezinhos que gostam daqueles ladrões, mafiosos" (sic).

Achei um mimo... um taxista snob é qualquer coisa de sui generis. Para mim que não os suporto (aos lisboetas, que deste gostei... ainda que me tenha ficado com €1 a mais de gorjeta).

setembro 24, 2009

No weekends for you!

Este fim-de-semana Porto. Ver uma reunião de microneurocirurgia com o supra-sumo da patologia vascular. Roadtrip com o tutor e o ex-tutorando do tutor, mestres maçons do culto das pilinhas quando juntos... mas ainda assim é capaz de ser engraçado.
Vou aproveitar a tarde de sábado, livre, para estar com duas amigas que não vejo há tempo demais.
Depois volto para casa, saudosa e ao mesmo tempo triste, no último comboio do dia. Cá me esperará uma noite de ramboia e folia... ou nem tanto assim!

Próximo fim de semana algarve. Visitar a amiguinha e seu rebento. Entregar as fotos da ultima visita, ja convenientemente photoshopadas, tirar fotos novas. Esperar que o rebento tenha calma com as cólicas para poder gozar a companhia dos amiguinhos e do seu rebento sem me estalar uma enxaqueca. A promessa de um sushi.

Fim de semana seguinte Aveiro. Curso de internos da sociedade. Festival de pilinhas e pipis, que clamam o seu direito à presença naquele evento. Degladiam-se, pilinhas e pipis (mas mais os pipis, por necessidade de afirmação), pelo respeito dos demais. odeio estas ocasiões, mas nas sessões aprende-se bastante e isso continua a ser o mais importante. Aproveitar uma das noites livres para estar com outra amiga que há não vejo há eras, desta feita em Aveiro.
Voltar para Lisboa para a segunda componente do curso, a mais carniceira, mas a mais apetecível (dependerá das perspectivas).

E dia santo, descansar...

Ainda a família

Através das ferramentas da globalização, combina-se um encontro... primos desgarrados, unidos por um sentido de self, fazem planos para almoçar juntos.
Algumas pessoas que conheço, outras que conheço apenas de histórias.
Engraçado, o entusiasmo inerente, inclusivamente de conhecer pessoas que pertencem ao lado negro da família e que por isso mesmo não nos merecem a total confiança.

O mesmo tipo de atracção que se tem por algo que nos faz mal, como uma borboleta a voar repetidamente contra uma lâmpada até que cai no chão incapaz de voltar a voar...

Ainda assim, espero poder comparecer... bzzz...

setembro 17, 2009

Ervilhinha ibérica

E ainda no mesmo tema, tinha eu 11 anos e estava em Paris numa pool de obstáculos com a S.H.P. (aka Jockey). Por um motivo qualquer alheio a uma criatura de 11 anos, agendado pelo jockey, comparecemos a uma recepção em casa do consul.
Lá, entre outros, encontrava-se o pai de umas das crianças luso-francesas que participavam nas provas. Terá reparado em mim, por motivos que só se tornaram claros um ano depois.

No ano seguinte, foram convidados para o Jockey e para uma nova pool os cavaleiros franceses com que competimos em Paris.
Num encontro de pais (o meu e o das crianças referidas), fiquei a saber que aquele pai era primo da minha mãe, irmão da sobejamente conhecida "Graça" e da "Tete". Mais familiares que apenas conheço de fotografia e de histórias várias...

Pensando nisto lembro-me que tenho que voltar a pressionar a minha mãe a escrever as histórias da família...

Aldeia global

Sempre imaginei que pudesse ter familiares perdidos pelo mundo. Conheço a existência dos sobrinhos da minha mãe (quer do lado da sua meia-irmã quer do lado do irmão)... todos um pouco distantes, uns tanto que não me recordo de alguma vez os ver.

Através de, espante-se, um site como o facebook, descobri que tenho dezenas de primos em vários graus, espalhados pelo globo. Descobri que alguns desses primos, que escrevem o nosso apelido de forma diferente da minha (dadas as variações da transição quase inventada pelo meu avô de um alfabeto para outro), moram ainda na ilha onde nasceu o meu avô.

Ao saber isso senti algo que nunca me passou pela cabeça sentir, que sempre encarei como puro melodrama: ligação às raízes. Descobri que tenho família que conhece a história da minha família, que me poderia dar a conhecer essa história. Descobri que em vários pontos do mundo há pessoas com fotografias do meu avô em jovem e que lhe chamam tio, primo, bisavô, etc...

Coisa estranha a família. Crava-nos as garras na carne e quando menos esperamos sentimos-lhes a presença, queremos senti-la para confirmar que existe.

setembro 14, 2009

Há palavras...

Por vezes escasseiam, por vezes são em demasia, raras vezes são as certas.

setembro 10, 2009

Pôr-do-sol

Não me sento a ouvir música vezes suficientes.

Lead I tell you, lead!

Estou com uma sinusite que não lembra a ninguém. Parece que tenho chumbo na cabeça...

setembro 09, 2009

Ao menos responde

Há amigos que nos desiludem. Uma e outra vez. Magoamo-nos, ressentimo-nos, afastamo-nos.
Damos-lhes uma nova oportunidade. Voltam ao mesmo, fazem pior...

O dilema é: dizer-lhes na cara o que sentimos em relação ao seu comportamento, quando sabemos à partida que o seu egocentrismo não deixará ver que não, não estão certos? Que o mundo não é como eles querem/crêem, que eles seres soberanos, não são a grande autoridade acerca do que é certo e aceitável numa relação interpessoal... ou simplesmente voltar a afastar, voltar a ignorar e depois logo se vê?

Estou farta de dar de mim a amigos que não têm nada para me dar em troca, nem sequer um agradecimento.

S. Pedro vai-te catar!

Já estou habituada a chover apenas no único dia que tenho livre e afins mimos... mas trovoada?!?...

Amanhã já está bom, mas amanhã tenho que provar o vestido.

Eu bato-lhe, juro que lhe bato...

setembro 08, 2009

Todos fodidos, estás a ver?!...

I gotta feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x4)

Tonight’s the night night
Let’s live it up
I got my money
Let’s spend it up

Go out and smash it
like Oh My God
Jump off that sofa
Let’s get it get it up

I know that we’ll have a ball
if we get down
and go out
and just loose it all

I feel stressed out
I wanna let it go
Lets go way out spaced out
and loosing all control

Fill up my cup
Mazel tov
Look at her dancing
just take it off
Lets paint the town
We’ll shut it down
Let’s burn the roof
and then we’ll do it again

Lets Do it (x3)
and live it up

i gotta feeling that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good night
that tonight’s gonna be a good good night (x2)

Tonight’s the night
let’s live it up
I got my money
Lets spend it up

Go out and smash it
Like Oh My God
Jump off that sofa
Lets get get crunk

Fill up my cup (Drink)
Mazel tov (l'chaim)
Look at her dancing (Move it Move it)
Just take it off

Lets paint the town
We’ll shut it down
Lets burn the roof
and then we’ll do it again

lets do it (x3)
let’s live it up

Here we come
here we go
we gotta rock

Easy come
easy go
now we on top

Feel the shot
body rock
Rock it don’t stop

Round and round
up and down
around the clock

Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday
Friday, Saturday, Saturday and Sunday

we keep keep keep keep on going
we know what we say
party everyday
p-p-p-party everyday

got a feeling
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good night
that tonights gonna be a good good nighte

setembro 06, 2009

Frescuras

Eu sabia que ia haver filmes com a casa.
Já começaram. Ainda aqui estamos e já mudei de empreiteiro.

Pobre senhor queixa-se da falta de emprego mas acha normal não aparecer/aparecer de fugida a um encontro marcado, não dizer nada e ir-se embora.. isto enquanto eu esperava por ele dentro da casa.

Não compreendo as pessoas, a sério. Cansam-me na sua estupidez.
Se passasse fome lavava escadas. Se a minha família passasse fome até me prostituía...

setembro 01, 2009

Lições de máquina de roupa

Fim do ciclo.
Segue-se em frente, caminho diferente, meio desamparada. Meio perdida. Quase que se perde o entusiasmo por algo que se anseia há muito tempo... os desejos eram diferentes, não era exactamente o que se tinha idealizado, não era este o molde perfeito.

Mas segue-se em frente, é isso que se tem que fazer... entre o stress e a pressão de tudo ter que ser para ontem, mas termos que andar a pedir a um pé para seguir adiante para que possamos pôr o nosso, há-de aparecer a felicidade do novo projecto. É uma questão de não ter tudo por fazer pela frente e de ir derrubando afazeres e obstáculos um a um.

Ontem fiquei uma boa maquia mais pobre. Questão de relatividade certamente, mas a mim o que me mói é a promessa de dinheiro que me sai da conta. Depois disto o orçamento das obras, a decisão por um dos bancos que se degladiam pelo meu sangue (sim sim... um deles até me fez propostas indecentes, verdadeiramente indecentes!), a atribuição do crédito e a escritura. Depois disso as obras, os dissabores nas mesmas (que certamente os haverá), as mudanças...

E o viver sozinha. Numa casa minha. Mais ou menos ao meu gosto, eventualmente completamente ao meu gosto.
Não posso ficar muito tempo às voltas, porque fico enrugada...