dezembro 19, 2008

Família

Recebi uma mensagem no hi5. Por entre as mensagens a anunciar festas nesta e naquela discoteca, quase passava despercebida.

Era de uma prima minha. Prima direita, com a qual convivi, pouco, mas em criança... lembro-me dela até frequentemente tendo em conta que não convivemos muito. Partilhamos o mesmo nome, pouco mais.

Sempre me custou que a minha família não desse valor à família. Não a acarinhasse. O meu pai não era assim... adorava os almoços de família em grandes salões no meio de Alcácer ou da Ericeira, onde 80 e tal pessoas da mesma família se reuniam para se verem de tempos a tempos. Achava isso lindo... apesar da minha eterna e intransigente timidez, ia sempre a esses almoços.
Era o par do meu pai... lá íamos os dois, em passeios que incluíam sempre as minhas náuseas automobilisticas (pouco compatíveis com as curvas do caminho para a ericeira, por exemplo). E o meu pai, inchado de orgulho por conseguir arrastar alguém para aqueles encontros nunca soube que eu inchava de orgulho por acompanhá-lo...

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