Já tinha essa noção, mas tive agora a confirmação com um comentário de um colega de faculdade que está na mesma especialidade que eu... tive muita sorte/escolhi muito bem o sitio onde estou a tirar a especialidade.
Além do bom ambiente (muito embora com um ambiente algo sexista, mas acho que assim seria em qualquer lado para onde fosse), divertido e de companheirismo, da proximidade de casa, de ser uma casa que já conheço e central, tenho também o facto de estar a ter uma boa formação.
Dão-me oportunidade de fazer coisas que aos meus colegas ainda não foram dadas, e não que seja demasiado precoce, mas baseiam-se na táctica do "vais ter que fazer, portanto é bom que vejas e é bom que estudes para depois não estares feita parva sem saber o que fazer"... e resulta. Não vou para uma cirurgia sem saber o procedimento operatório, sem saber (ou pelo menos estudar de modo a tentar saber) a anatomia regional.
É claro que na neurocirurgia nada é tão linear, e mesmo quando pensamos que até sabemos alguma coisa, a mera transição do que é no papel para o acto operatória, com o posicionamento do doente e variantes do normal e sei lá mais o quê acaba por fazer com que muitas vezes fique tão à nora como se nada tivesse visto.
Mas fico feliz, porque já somo, como 1ª cirurgiã, uns hematomas sub-durais, um glioma, 2 canais estenóticos e um túnel cárpico... e fiquei a saber que isso é bom.
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